abril 13, 2017

SE PUDERES, AFASTA DE MIM ESSE CÁLICE


"O beijo de Judas Iscariotes, o beijo mais célebre da História, não foi de modo 
algum o beijo de um traidor: os emissários dos sacerdotes do Templo 
que vieram prender Jesus no final da Última Ceia não
 precisavam minimamente que Judas Iscariotes lhes apontasse o mestre." 
                                                                                                                       In Judas



Amos Oz, escritor israelita mais conhecido e lido do mundo, co-fundador do movimento pacifista Paz Agora,  nasceu em Jerusalém a 4 de maio de 1939. Em 1917 os seus pais fugiram de Odessa, na Ucrânia, para Vilnius, na Lituânia, e daí foram, em 1933, para o Mandato Britânico da Palestina. Em 1954 entrou para o Kibbutz Hulda.
Estudou Literatura e Filosofia na Universidade Hebraica de Jerusalém, entre 1960 e 1963, tendo publicado nessa altura os seus primeiros contos.
Amos Oz participou na Guerra dos Seis Dias e na Guerra do Yom-Kippur e fundou na década de 70, juntamente com outros elementos, o movimento pacifista israelita Schalom Achschsw- Paz Agora.
Atualmente dedica-se à militância a favor da paz entre palestinianos e israelitas e é professor de literatura na Universidade Ben-Gurion, no deserto do Neguev.
A sua vasta obra, que inclui romances e ensaios, está traduzida em mais de 30 línguas, alguns dos quais o Leitor pode encontrar na sua Biblioteca:
  • Uma Pantera na Cave
  • Não Chames à Noite Noite
  • O Mesmo Ar
  • Conhecer uma Mulher
  • Contra o Fanatismo
  • Uma história de Amor e Trevas

Os seus livros têm recebido as mais importantes distinções internacionais:
  • 1988 - Prémio Femina
  • 1992 - Prémio da Paz dos Livreiroa Alemães
  • 1998 - Prémio Israel de Literatura
  • 2005 - Prémio Goethe
  • 2007 - Prémio Príncipe das Asturias
  • 2013 - Prémio Franz Kafka


"Precisamos de líderes israelitas, palestinianos e árabes com coragem para tomar decisões
 vistas como "traição" pelo seu próprio povo. Se estes líderes vão aparecer, não sei. 
É difícil ser profeta na terra do profeta. 
Por aqui há muita competição no negócio das profecias". 
                                                                                                                     Amos Oz



O seu mais recente romance, e que hoje sugerimos para as suas mini-férias de Páscoa,
publicado o ano passado pela Dom Quixote, foi galardoado  com o
Prémio Internacional de Literatura  - Casa das Culturas do Mundo 2015 (Alemanha) 
e é um dos finalistas do Prémio Man Booker Internacional deste ano.


É um romance sobre traidores e amantes, pais e filhos, mulheres e homens. Numa prosa sensível e bem-humorada, evoca conflitos pessoais e políticos, teologia e heresia, lealdade e traição, explorando o lado sombrio da história judaico-cristã e o legado trágico da história judaico-árabe. Uma obra-prima perfeita e necessária, nas palavras de Alberto Manguel.


No inverno de 1959-1960, em Jerusalém, quando esta se encontra ainda dividida entre Israel e Jordânia - e uma cerca de arame farpado atravessa a terra de ninguém separando as duas metades inimigas -, a vida de Samuel Asch está prestes a sofrer uma reviravolta. Samuel é um rapaz tímido, sensível, socialista, de entusiasmo fácil e desilusão imediata, estudante da Universidade Hebraica. Ainda longe de terminar a sua tese de doutoramento, "Jesus visto pelos judeus", com particular fascínio pela personagem e o mistério de Judas, o seu mundo começa a desabar: a namorada abandona-o, os pais declaram falência e ele já não pode subsidiar os seus estudos.
Samuel encontra refúgio e emprego numa antiga casa de pedra situada num extremo de Jerusalém. Durante algumas horas diárias a sua função é servir de interlocutor a Gershom Wald, um septuagenário com uma vasta cultura. Mas aí mora também Atalia Abravanel, uma mulher enigmática e sensual.
Quem é realmente Atalia? O que a liga a Gershom? Quem é o dono da casa onde vivem? Que histórias escondem aquelas paredes? Ao mesmo tempo, Samuel retoma a pesquisa para a sua tese e a misteriosa e maldita figura de Judas Iscariotes - a suposta encarnação da traição e da maldade - vai absorvendo-o irremediavelmente e ganhando uma visão inovadora e impressionante. 


"A traição de Judas não ocorreu quando alegadamente beijou Jesus à chegada dos guardas. 
A sua traição, se é que existiu traição, aconteceu no momento da morte de Jesus na cruz. 
Foi nesse momento que Judas perdeu a fé.
 E ao perder a fé, perdeu igualmente o gosto de viver".
                                                                                                                    In Judas













abril 07, 2017

ESTE É UM LIVRO ALTAMENTE SUBVERSIVO...EM REGIMES TOTALITÁRIOS

"Luanda, junho de 2015: um grupo de ativistas angolanos estava reunido numa livraria a discutir um trabalho de Domingos da Cruz, baseado em Da Ditadura à Democracia. Por essa razão, foram presos em "flagrante delito", alega a justiça angolana."
                                                                                                In, Da Ditadura à Democracia


Luaty Beirão no julgamento por estar a ler O Livro

- Este é um livro altamente subversivo.
(António Luvualu de Carvalho - embaixador itinerante de Angola)
- Concordo consigo. É um livro altamente subversivo, mas em regimes totalitários.
 Não é subversivo em democracias. 
Este livro não leva ao derrube de democracias.
(José Eduardo Agualusa, escritor)


Mas que Livro é este que as 
"ditaduras temem como se de uma bomba atómica se tratasse"?

É um guia prático para a luta nãoviolenta.
Originalmente publicado em 1994, Da Ditadura à Democracia
tem inspirado dissidentes políticos de todo o mundo.
Foi traduzido em mais de 30 línguas e desempenhou
um papel central na Primavera Árabe, tornando-se a principal referência 
para os revolucionários nãoviolentos do século XXI

Caro Leitor, sem medo de ser preso, 
sugerimos a leitura deste livro para o seu fim de semana



Escrito por Gene Sharp
Da Ditadura à Democracia
Editado pela Tinta da China 
(cuja receita da venda do livro reverte para os presos políticos e respetivas famílias)



Gene Sharp nasceu a 21 de janeiro de 1928. É o fundador da Albert Einstein Institution, uma ONG que se dedica a promover o estudo da ação nãoviolenta, e foi professor de Ciências Políticas na Universidade Massachusetts Dartmouth, nos Estados Unidos. Foi indicado quatro vezes para o Prémio Nobel da Paz.
É conhecido pelos seus textos sobre luta nãoviolenta e tem influenciado movimentos de resistência pacífica em todo o mundo.
Também conhecido como o "pai das revoluções pacíficas", publicou este livro em 1994, com o objetivo de ajudar a derrubar a ditadura na Birmânia, na sequência da detenção da líder da oposição Aung San Suu Kyi pelos militares. Desde então, as suas palavras já fizeram cair autocratas da Sérvia ao Egito.
Gene Sharp ficou surpreendido quando soube que um dos argumentos para a detenção dos ativistas angolanos foi estarem na posse do seu livro: "O meu livro não tem mesmo nada a ver com golpes de estado. É um livro sobre formas pacíficas de mudança. Só é subversivo para quem defende ditaduras."



Bom Fim de Semana




março 29, 2017

MAS QUE "ESTADO" É ESTE?



No passado dia 22 de março, Londres foi palco de mais um atentado terrorista.
O passado, o presente e o futuro do chamado "Estado Islâmico", que em poucos meses tomou de assalto a atenção mundial, é a nossa proposta de leitura. Passe pela Biblioteca Municipal e tente encontrar resposta para estas perguntas.

Onde, como, por que e para que nasceu?
Quem o guarnece, representa e pilota?
Qual a sua estrutura, a sua capacidade, a sua dimensão?
Quais as suas formas de atuação e financiamento?
Quem são os seus amigos e inimigos, e que ações estão em curso para o destruir e proteger?
O que tem tudo isto a ver com Portugal?


Acredito que o mundo árabe atual, nas suas estruturas mais profundas, 
vive uma espécie de Idade Média. 
O que resta hoje no Médio Oriente são extremistas que sufocam o povo,
 aprisionam mulheres, destroem museus e outras belas criações da Humanidade.
                                                                                                           Adonis, poeta sírio



Nuno Rogeiro, investigador e analista político, nasceu a 13 de dezembro de 1957, em Lisboa. Mantém há 10 anos na SIC Notícias o programa "Sociedade das Nações" e "Relatório Minoritário" na revista Sábado.
Notabilizou-se como comentador de assuntos internacionais, nomeadamente em 1991 na Guerra do Golfo, em 2003, quando começou a Guerra no Iraque e é frequentemente convidado a participar em conferências e debates televisivos.
Foi conferencista do programa Euromed, sobre temas de terrorismo, em Marrocos e na Jordânia.
Entre 2002 e 2003, foi representante pessoal do MNE para as questões do terrorismo internacional.




Nada melhor que lermos a opinião de um especialista na matéria.

Escrito por Nuno Rogeiro

Publicado pela Verbo

O Mistério das Bandeiras Negras


Com base numa análise, reapreciação e reflexão com protagonistas e especialistas de vários países, do Médio Oriente à Ásia, e com a ajuda de novos dados, entrevistas e documentos desclassificados, Nuno Rogeiro tenta  ir mais fundo no entendimento deste fenómeno, que afetou, afeta e afetará muito mais do que aquilo que aparentemente domina.
O hastear de bandeiras negras no antes utópico "Siriraque", a criação de mapas de dominação do mundo, as decapitações e a barbárie perderão, com este livro, o ar de mistério. 












março 24, 2017

A VERDADE SÓ A DEVO A TI

"A verdade só a devo a ti, minha filha, ainda que porventura ela não possa proporcionar esclarecimentos. A natureza dos acontecimentos excede as simples contingências - a realidade dos nomes, dos rostos, das ações de luta e das prisões. (...) Em todo o caso, é verdade que também nevou fortemente no dia em que te deixei na União Soviética. Deveria ser temporário: ficarias no colégio seis meses; na pior das hipóteses, um ano."
                                                                                                     In, Cartas Vermelhas


Para o seu fim de semana sugerimos a leitura 
de um romance inspirado em factos reais. 

Inspirado na vida de Carolina Loff da Fonseca, uma militante do Partido Comunista que trabalhou nas mais altas esferas do Comintern, que viajou por toda a Europa, que viveu na clandestinidade, que foi presa, espia, mãe e que se apaixonou por um dos agentes da polícia política que a interrogou. 

Este romance foi selecionado como Livro do Ano pelo jornal Expresso (2012)
 e finalista do Prémio Literário Fernando Namora
É ainda recomendado pelo Plano Nacional de Leitura 
como sugestão de leitura na formação de adultos.


Editado pela Oficina do Livro
Escrito pela Ana Cristina Silva
Cartas Vermelhas


Nascida em Cabo Verde de uma família branca e abastada, Carol nunca se resignou à miséria das ilhas. E, movida pelo sonho de construir uma sociedade mais justa, ingressou ainda jovem no Partido Comunista. Não se importando de usar a beleza como arma ideológica, abraçou a luta revolucionária, apaixonou-se por um camarada e ficou grávida pouco antes de ser presa. Foi a sua mãe quem tratou de Helena nos primeiros tempos, mas, depois de libertada, Carol levou-a para Moscovo, onde trabalhou nas mais altas esferas do Comintern. Aí, o contacto com as purgas estalinistas não chegou para abalar as suas convicções, mas o clima de denúncia e traição catapultou-a para o cenário da Guerra Civil espanhola, obrigando-a a deixar Helena para trás; e, apesar de ter escapado aos fuzilamentos franquistas, a eclosão da Segunda Guerra Mundial impediu Carol de voltar à União Soviética para ir buscar a filha.
Será apenas vinte anos mais tarde que mãe e filha se reencontrarão em Berlim; a frieza e o ressentimento de Helena farão com que , na viagem de regresso a Lisboa, Carol decida escrever um romance autobiográfico com o qual filha possa, se não perdoar-lhe, pelo menos compreender as circunstâncias do abandono - a clandestinidade, a prisão, a guerra, a espionagem e o inconcebível casamento com um inspetor da polícia política.



Ana Cristina Silva nasceu a 14 de novembro de 1964 em Vila Franca de Xira, é docente universitária no ISPA-IU. Doutorada em Psicologia da Educação, especializou-se na área da aprendizagem da leitura e da escrita, desenvolvendo investigação neste domínio com obra científica publicada em Portugal e no estrangeiro.
Além do romance que hoje sugerimos, o Leitor encontra para leitura domiciliária os seguintes títulos:
  • As Fogueiras da Inquisição
  • A Segunda Morte de Anna Karénina
  • A Noite Não É Eterna.



BOM FIM DE SEMANA



março 15, 2017

E COM O MÊS DE MARÇO, CHEGARAM AS NOVIDADES

Em Itália, há uma expressão que reza assim: Non fare il Portoghese (Não faças de português). É uma deturpação de uma história antiga, que hoje tem conotação pejorativa de chico-esperto e mau pagador. Uma espécie de "Paga o que deves". A origem dessa deturpação tem dois "culpados" que, coitados, jamais conheceriam o resultado das suas ações. Os defeitos e vícios dos homens tratam de conspurcar até as intenções mais nobres.
Os protagonistas desta história foram El-Rei Dom Manuel I, pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e de Além-Mar, em África, Senhor do Comércio, da Conquista e da Navegação, da Arábia, Pérsia e Índia, e o Papa Leão X.
Em 1513, Dom Manuel I enviou a histórica e muito bem documentada Embaixada ao Papa Leão X, com o objetivo de mostrar a obediência do monarca português à Santa Sé e, ao mesmo tempo, impressioná-la. E conseguiu. Mais de cem pessoas compunham o séquito de representantes de El-Rei, chefiado por Tristão da Cunha, assessorado por Diogo de Pacheco e Diogo de Faria e secretariado por Garcia de Resende.
A 12 de março de 1514 desfilaram pelas ruas de Roma riquezas nunca vistas, que despertaram a atenção da população e foram lembradas durante muitos anos. Era uma embaixada faustosa, com todos os participantes luxuosamente trajados. Levavam ao Papa, que os recebeu no dia 20 de março no Castelo de Sant' Ângelo, pedrarias, tecidos, jóias, moedas de ouro, dois leopardos, um jaguar, papagaios, cavalos persas e Hanno, a grande estrela, um elefante albino que sabia fazer habilidades e se tornou mesmo na mascote de Leão X.

Hanno, o elefante oferecido por D. Manuel I ao Papa Leão X, por Rafael

O enorme paquiderme ajoelhou-se três vezes perante o Papa, em sinal de reverência, e depois cuspiu água sobre os cardeais, para grande divertimento do pontífice.
Este elefante, que morreu na presença de Leão X dois anos depois, foi sepultado por ordem da Papa no Pátio Belvedere, no Palácio Apostólico. O próprio pontífice escreveu o seu epitáfio.
A embaixada de El-Rei Dom Manuel impressionou de tal maneira os romanos e o Papa, que este decretou uma lei que isentava os portugueses do pagamento em hospedarias, restaurantes, teatros, entre outras benesses dali em diante gratuitas. O português não era "mau pagador", mas antes "não pagador". "Não pagador" por decreto papal, um privilégio concedido apenas aos portugueses.


Ora, Leão X, o Papa bon vivant, tão grato e tão benemérito para connosco, esqueceu-se que estava entre latinos. Obviamente que os italianos começaram a fazer-se passar por portugueses (Fare il Portoghese),  para obterem os descontos. A partir daí, nasceu uma outra expressão, que repreendia quem não pagava as suas contas: Non fare il Portoghese (Não faças de português), porque era sabido que os portugueses beneficiavam da gratuitidade do decreto papal. E assim, um privilégio tornou-se em algo pejorativo ao longo dos tempos.
Se alguma vez ouvirem um italiano dizer non fare il Portoghese, contem-lhe esta história e dêem-lhe um cascudo, não necessariamente por esta ordem.
                                                                                            In Curiosidades do Vaticano 
                                                                                            de Luís Miguel Rocha



Sabe qual era a alcunha do Papa João Paulo II?
Sabe quais foram as mulheres que influenciaram os papas?
Sabe qual é o vencimento do Santo Padre? 


Estas e outras curiosidades e novidades
encontrará o Leitor na nossa mostra bibliográfica, 
patente ao público no átrio da entrada da Biblioteca Municipal
durante todo o mês de março dedicada aos Autores Portugueses.






março 08, 2017

MULHERES QUE CONTRIBUIRAM PARA MUDAR O MUNDO


1905 - Bertha von Suttner a primeira mulher laureado com o Nobel da Paz

1907 - Annette Kellerman foi presa por usar este fato de banho em público

1926 - Gertrude Ederle, a primeira mulher a cruzar a nado o Canal da Mancha

1928 Amelia Earhat, a primeira mulher a sobrevoar o Oceano Atlântico
             
1937 - Sabiha Gökçen, turca, a primeira mulher a pilotar um caça

1962 - mulheres afegãs numa aula de medicina

Década de 1960, com Mary Quant, surge a minissaia e um novo conceito de moda,
tornando-se símbolo da emancipação e rebeldia das mulheres 

1967 - Kathrine Switzer, a primeira mulher a correr a Maratona de Boston,
mesmo depois dos organizadores a tentarem impedir de correr.

1985 Suécia - Sobrevivente de Campo de Concentração durante a 2ª Guerra Mundial
 atinge manifestante neo-nazi

2014 - Malala Yousafzai, Nobel da Paz,
 foi a pessoa mais nova a ser laureada com um Prémio Nobel





fevereiro 24, 2017

IR PARA A FOLIA OU FICAR NO SOFÁ?


Carnaval de Carybé (1911-1997)

É já este fim de semana que se vai "Brincar ao Carnaval".
Para quem gostar da Folia, não vale a pena falar em leitura de fim de semana.

Mas... há sempre um ou outro Leitor
ansioso pelo fim de semana para ficar no sofá, com uma bebida quente e ... UM LIVRO;
ou, então, sentar-se no sofá e ver uma "maratona" de Séries.

A Rainha do Sul diz-lhe alguma coisa?
Teresa Mendoza, sabe quem é?
Epifanio Vargas sabe o que faz?
Joaquim de Almeida consegue apanhar a agenda de Güero?

Joaquim de Almeida, no papel de Epifanio Vargas

Na série A Rainha do Sul, que é transmitida todas as quintas-feiras no canal Fox Life, pelas 23h05, Teresa Mendoza, interpretada pela atriz Alice Braga, sobrinha da nossa conhecida Sonia Braga, contracena com Joaquim de Almeida, no papel de Epifanio Vargas.
Foi baseada no romance do escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte, editado pelas Edições ASA, e que o Leitor pode requisitar para leitura do seu fim de semana.



Teresa Mendoza é uma mulher solitária que constrói um império a partir do nada num mundo implacável inteiramente dominado por homens, o mundo do narcotráfico.
Uma história de corrupção, amor e morte que nos revela o que de melhor e de pior existe no ser humano.
Teresa vê-se forçada a fugir do México quando o namorado, que trabalhava para um cartel de droga, é assassinado. Este vai ser o momento de viragem na sua vida. Pobre e analfabeta, estava longe de imaginar que acabaria por se converter numa lenda do narcotráfico espanhol.
No final, aquela que regressa à sua terra natal para ajustar contas com o passado será uma Teresa muito diferente da que fugiu doze anos antes.
Um romance onde não há bons nem maus, mas que é o reflexo de um universo cruel onde matar, morrer, enganar, corromper, trair, subornar e traficar faz parte do quotidiano. Um mundo em que a moralidade é em absoluto impraticável e onde a chave do sucesso reside, ironicamente, na falta de esperança.

"Não escrevo para que o mundo seja melhor.
Eu escrevo romances em legítima defesa."


Arturo Pérez-Reverte, nasceu em Cartagena a 24 de novembro de 1951. Antigo repórter de guerra, dedica-se exclusivamente à escrita desde 1980. O seu grande êxito, A Tábua de Flandres, foi publicado em 1990, foi um sucesso de vendas, mereceu o Grande Prémio francês para a categoria de romance policial, faz parte do Plano Nacional de Leitura como sugestão de leitura para o ensino secundário e,  pode ser requisitado pelo Leitor.
Em 2003 foi eleito membro da Real Academia Espanhola.
Da sua vasta bibliografia, para além dos romances acima mencionados, o Leitor encontra na Biblioteca Municipal, ainda, os seguintes títulos: Território Comache, Um Dia de Cólera, A Pele do Tambor, galardoado com o Prémio Jean Monnet para a Literatura Euripeia.
Como repórter de guerra, durante mais de vinte anos, esteve no Líbano, Nicarágua, Moçambique, Eritreia, Jugoslávia, entre  outros países em conflito.

"A História permite-nos compreender melhor o presente. O novo não é mais do que o passado que já esquecemos. Tudo já aconteceu. Quem não leu a Guerra de Tróia, não compreende Sarajevo, quem não leu Xenofonte não compreende a guerra dos mercenários em Angola, em 1978."

Tem uma visão pessimista do mundo, odeia o humanismo cristão, " O problema da Europa neste momento é que não tem líderes. O melhor que conseguimos é Merkel. Rajoy é um medíocre. Portugal está como está. (..) Dentro de 20 anos chegarão os fascismos. Haverá movimentos neonazis vitoriosos por toda a Europa. (...) Mas eu já não vou cá estar, já não me importa."



Ficou indeciso entre ir para a rambóia
ou ficar quentinho no sofá com a nossa sugestão de leitura.

Qualquer que seja a sua escolha
Tenha um bom fim de semana.




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