"Luanda, junho de 2015: um grupo de ativistas angolanos estava reunido numa livraria a discutir um trabalho de Domingos da Cruz, baseado em Da Ditadura à Democracia. Por essa razão, foram presos em "flagrante delito", alega a justiça angolana."
In, Da Ditadura à Democracia
Luaty Beirão no julgamento por estar a ler O Livro |
- Este é um livro altamente subversivo.
(António Luvualu de Carvalho - embaixador itinerante de Angola)
- Concordo consigo. É um livro altamente subversivo, mas em regimes totalitários.
Não é subversivo em democracias.
Este livro não leva ao derrube de democracias.
Este livro não leva ao derrube de democracias.
(José Eduardo Agualusa, escritor)
Mas que Livro é este que as
"ditaduras temem como se de uma bomba atómica se tratasse"?
É um guia prático para a luta nãoviolenta.
Originalmente publicado em 1994, Da Ditadura à Democracia
tem inspirado dissidentes políticos de todo o mundo.
Foi traduzido em mais de 30 línguas e desempenhou
um papel central na Primavera Árabe, tornando-se a principal referência
para os revolucionários nãoviolentos do século XXI
Caro Leitor, sem medo de ser preso,
sugerimos a leitura deste livro para o seu fim de semana
Escrito por Gene Sharp
Da Ditadura à Democracia
Editado pela Tinta da China
(cuja receita da venda do livro reverte para os presos políticos e respetivas famílias)
Gene Sharp nasceu a 21 de janeiro de 1928. É o fundador da Albert Einstein Institution, uma ONG que se dedica a promover o estudo da ação nãoviolenta, e foi professor de Ciências Políticas na Universidade Massachusetts Dartmouth, nos Estados Unidos. Foi indicado quatro vezes para o Prémio Nobel da Paz.
É conhecido pelos seus textos sobre luta nãoviolenta e tem influenciado movimentos de resistência pacífica em todo o mundo.
Também conhecido como o "pai das revoluções pacíficas", publicou este livro em 1994, com o objetivo de ajudar a derrubar a ditadura na Birmânia, na sequência da detenção da líder da oposição Aung San Suu Kyi pelos militares. Desde então, as suas palavras já fizeram cair autocratas da Sérvia ao Egito.
Gene Sharp ficou surpreendido quando soube que um dos argumentos para a detenção dos ativistas angolanos foi estarem na posse do seu livro: "O meu livro não tem mesmo nada a ver com golpes de estado. É um livro sobre formas pacíficas de mudança. Só é subversivo para quem defende ditaduras."
Sem comentários:
Enviar um comentário