julho 27, 2016

FAZ CALOR EM ISTAMBUL.




No passado dia 15 de julho decorreu uma tentativa de golpe de estado na Turquia levada a cabo por militares. Parte do exército rendeu-se e Recep Tayyip Erdogan, que se encontrava de férias, regressa ao país de urgência, garantindo que continua no poder.

Caro Leitor, não vamos fazer uma análise à situação politica que, atualmente, se vive na Turquia. Sobre a atualidade, nesse e noutros países, o Leitor poderá ficar a saber mais, ao ler os jornais que estão ao seu dispor, gratuitamente, na nossa Sala de Periódicos.

Mas para se chegar aos acontecimentos do passado dia 15 de julho, muitas ocorrências transformaram a Turquia.
Baseado numa história autêntica, propomos a leitura do romance histórico - Da Parte da Princesa Morta -   baseado em factos verídicos, com início em janeiro de 1918, em Istambul, capital do império otomano, que durante séculos fez tremer a Cristandade, terminando no final da Segunda Guerra Mundial em Paris.



Para relembrar a autora veja Aqui


Kenizé Mourad,  é filha da protagonista do livro, Selma.
"Mais tarde, muito mais tarde, quis compreender a minha mãe. Interrogando os que a tinham conhecido, consultando os livros de História, os jornais da época e os arquivos dispersos da família, demorando-me em todos os lugares onde vivera, tentei reconstruir os diversos cenários da sua existência, hoje irremediavelmente desfigurados, e tentei reviver o que ela viveu. Finalmente, para me aproximar ainda mais, para a encontrar, confiei na minha intuição e imaginação."


Da Parte da Princesa Morta
Escrito por Kenizé Mourad
Edições Asa



Selma tem sete anos quando vê desmoronar-se esse Império que fez tremer toda a Europa. Condenada ao exílio, a família imperial instala-se no Líbano. Selma, que perdeu ao mesmo tempo o seu pai e o seu país, crescerá em Beirute e aí encontrará o seu primeiro amor. Mais tarde aceitará casar com um rajá indiano que nunca vira. Levada para a Índia, conhecerá o fausto dos marajás, os últimos dias do Império Britânico e a luta pela independência travada por Gandhi.
Mas lá, como no Líbano, será sempre "a estrangeira". Rejeitada pelo povo que começara a amar, foge para Paris onde encontrará finalmente um verdadeiro amor. A guerra no entanto separa-os e Selma morrerá na miséria, com 29 anos, depois de ter dado à luz uma filha: precisamente a autora deste livro

Pintura de Jim Farrant


Boas Leituras



julho 19, 2016

OS DADOS DO 1º SEMESTRE

Terminado o primeiro semestre de 2016, vamos hoje apresentar alguns números, que refletem parte da atividade da Biblioteca Municipal e dos serviços por ela prestados.
Através do gráfico apresentado a seguir, podemos ver o número de livros emprestados para leitura domiciliária e a comparação com os meses análogos do ano anterior.



Comparativamente ao ano anterior, verificamos que houve um aumento na quantidade de livros emprestados. De 3.773 livros emprestados no 1.º semestre de 2015, passámos para 3.961 em 2016, significando um aumento de 188 livros requisitados.



Da totalidade de livros requisitados, cerca de 75% foram por leitores numa faixa etária acima dos 18 anos, 7% na faixa situada entre os 13 e os 17 anos e 18% dos livros emprestados pela Biblioteca Municipal destinaram-se a leitores até aos 12 anos.

Ao longo do 1º semestre de 2016 registamos novas adesões, com a inscrição de 133 novos leitores, distribuídos da seguinte forma: 78 inscrições de novos leitores com idade acima dos 18 anos, 19 com idade compreendida entre os 13 e os 17 anos e as restantes 36 inscrições pertencem a crianças até aos 12 anos.


TOP dos 6 mais requisitados
ao longo do primeiro semestre


Infanto-juvenil










julho 08, 2016

POR AMOR DA ÍNDIA

Todos sabemos, que fomos nós, portugueses, os primeiros a chegar à Índia por via marítima. É certo, que todos os dias vemos, ouvimos e lemos notícias de outras paragens, mais ou menos longínquas, cuja História e Cultura pouco conhecemos. Será que a Índia não será um destes exemplos? Será que, de imediato, quando falamos na Índia não a associamos apenas àquilo que recordamos da nossa História, às suas riquezas, às especiarias, aos tecidos, aos vice-reis e pouco mais?

1498 - A armada de Vasco da Gama chega à Índia por via marítima

Se a nossa História nos liga à Índia, 
seria interessante sabermos um pouco mais sobre ela.
Nós damos uma ajuda, 
sugerindo a leitura de um livro, 
onde o romance se cruza com a história recente deste país de contrastes.






POR AMOR DA ÍNDIA
de CATHERINE CLÉMENT
Edições ASA



1947: o último vice-rei das Índias Britânicas, Lord Mountbatten, sobe ao trono em Nova DEli; sua mulher, Lady Edwina, é uma das grandes damas da aristocracia inglesa; o pandita Nehru acaba de ser libertado da prisão - tornar-se-à em breve o primeiro-ministro da Índia independente.
Tudo parece opor Edwina e Nehru e, no entanto, entre o rebelde indiano e a lady inglesa desponta uma paixão impossível, que Lord Mountebatten, o marido, aceitará com nobreza. Decorrem os sangrentos acontecimentos que se seguiram à divisão das Índias em dois países, o Paquistão e a Índia: em poucas semanas, massacres religiosos e epidemias fazem mais de quinhentos mil mortos nas aldeias e nas estradas.
Só um velho homem de setenta e quatro anos compreende a iminência do desastre: o Mahatma Gandhi, que morrerá assassinado depois de ter apaziguado as guerras religiosas no seu país, mas sem ter podido impedir a divisão das Índias. Alguns meses mais tarde, os Mountbatten regressam a Inglaterra. Porém, o amor entre Edwina e Nehru continua: durante doze anos escrever-se-ão todas as noites e viverão juntos um mês por ano. Até à morte de Edwina.
Esta incrível história, lendária na Índia de hoje, faz entrar Nehru e Edwina — casal mítico no coração de uma epopeia contemporânea — no limbo magnífico dos amantes separados.


CATHERINE CLÉMENT, filósofa e romancista, nasceu em 1939, em Paris. Depois de ter publicado obras de filosofia, antropologia e psicanálise, converteu-se, com sucesso, à ficção. É autora de mais de trinta livros. Entre as suas obras mais populares, contam-se A Senhora, Por Amor da Índia, A Valsa Inacabada, A Rameira do Diabo, A Viagem de Théo e O Último Encontro.




Na nossa Biblioteca Municipal,

pode encontrar e requisitar estes livros da autora.














junho 28, 2016

TINHA DE CONTAR AS SUAS HISTÓRIAS

No próximo dia 1 de julho, Luis Sepúlveda irá receber, 
na cidade da Guarda, o Prémio Eduardo Lourenço 2016.


Instituído em 2004, o Prémio Eduardo Lourenço destina-se a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica.
O júri entendeu premiar o autor pela "sua vastíssima obra, que sendo uma obra universal, também tem dentro dela o iberismo, no fundo, que é o espírito do Prémio Eduardo Lourenço".
A sua bibliografia é bem conhecida dos portugueses, é estudada nas nossas escolas, no 2º e 3º ciclos de ensino básico, fazendo parte do Plano Nacional de Leitura.


Luis Sepúlveda nasceu a 4 de outubro de 1949 em Ovalle, Chile. Em 1970, publica uma coletânea de contos intitulada Crónicas de Pedro Nadie, vence o Prémio Casa das Américas e ganha uma bolsa de estudos de cinco anos na Universidade Lomonosov em Moscovo. No entanto só lá ficou cinco meses por ter sido expulso da universidade por "atentado à moral proletária", devido a manter contactos com alguns dissidentes soviéticos. De volta ao Chile é expulso da Juventude Comunista, adere ao Partido Socialista Chileno e torna-se membro da guarda pessoal do presidente Salvador Allende. A 11 de setembro de 1973, Luis Sepúlveda encontrava-se no Palácio de la Moneda a fazer a guarda ao presidente Allende. É preso e julgado em fevereiro de 1975, sob a acusação de traição à pátria e conspiração subversiva, e é enviado para o estabelecimento prisional de Temulo, para cumprir uma sentença de 28 anos.
Sob pressão da Amnistia Internacional, a sua sentença é atenuada para 8 anos e para um exílio na Suécia. É então, exilado na Europa, que regressa à escrita e o seu primeiro romance O Velho Que Lia Romances de Amor, publicado em 1989 é um sucesso internacional.
Vive atualmente em Gijon, Espanha.


"A escrita de Luis Sepúlveda não tem fronteiras. 
Viaja por territórios distintos, inspira-se em pequenos acontecimentos, 
descobre conexões com todo o sentido."
                                                                                               Jornal de Negócios



Veja AQUI a bibliografia do autor,
que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário.


As Histórias Esperam Por Si 




junho 22, 2016

A LITERATURA NÃO TEM FRONTEIRAS


"Sinto que isto é um engano, mas mesmo assim sinto-me muito honrado por ter sido incluído na lista, ainda que por erro. Vou continuar a fazer o que fazem os escritores. Sempre que alguém ganha um prémio prestigiante penso que é um dia bom para a literatura. Sinto-me dessa forma agora".

Foi assim que o escritor norte-americano, 
Richard Ford
reagiu ao saber que tinha sido o vencedor do 
Prémio Princesa das Astúrias de Literatura 2016.

Os elementos do júri, reunidos em Oviedo, consideraram que a obra de Richard Ford se inscreve na grande tradição da novela norte-americana do século XX e recorre a uma épica "irónica e minimalista" para definir as sua personagens, enredos e argumentos.
Refere ainda o júri que o autor é um "narrador profundamente contemporâneo" e ao mesmo tempo "o grande cronista do mosaico de histórias cruzadas que é a sociedade norte-americana".
Richard Ford é "considerado por alguns o herdeiro legítimo de Hemingway, influenciado, como ele mesmo reconheceu, por Faulkner e segundo Raymond Carver o melhor escritor em atividade nos Estados Unidos" afirmou o júri.

"If loneliness is the disease, the story is the cure."
                                                                           Richard Ford


Richard Ford nasceu a 16 de fevereiro em Jackson, Mississipi, em 1944, onde viveu até aos 18 anos. A seguir, na Universidade de Michigan, estudou Literatura e Direito e, depois, na Universidade Washington, em S. Luís, Missouri, novamente Direito, embora não chegasse a concluir nenhum dos dois cursos, dado que decidiu em 1968 dedicar-se exclusivamente à literatura.
E começou bem a sua carreira de escritor, em 1976, com a publicação do romance Um Pedaço do Meu Coração, que conseguiu o reconhecimento da sua qualidade pela crítica literária americana. Seguiu-se, em 1986, O Jornalista Desportivo (que a Biblioteca Municipal tem para empréstimo domiciliário) que o consagrou definitivamente como um dos melhores escritores norte-americanos contemporâneos. O próprio Raymond Carver, de quem foi amigo, chamou-lhe "um escritor magistral" a propósito deste romance. Nesse mesmo ano o Times considerou-o um dos cinco melhores romances do ano.
Richard Ford é o único escritor distinguido com os prémios Pulitzer e Pen/Faulkner para uma mesma obra - Dia da Independência, também disponível para empréstimo domiciliário e que foi considerado pelo Times como "nada menos que a história do século XX" é inquestionavelmente um dos livros mais inteligentes e mais expressivos das duas últimas décadas  e o seu autor uma das vozes mais eloquentes da literatura americana atual.




Duas Boas Razões Para Nos Visitar.

Esperamos Por Si.




junho 17, 2016

DEVEMOS VOLTAR AO LUGAR ONDE FOMOS FELIZES?


"Penso que viajar é a única realidade e que a internet é uma distorção da realidade.
 Tem que se ver, ouvir e cheirar um sitio para o conhecer."
                                                                                                  Paul Theroux


Paul Theroux nasceu a 10 de abril de 1941 em Medford, no Massachusetts, filho de mãe italiana e pai canadiano de origem francesa. Frequentou a Universidade no Maine e no Massachusetts, mas foi o curso de escrita que fez com o poeta Joseph Langland, que o levou a descobrir que escrever era tudo o que queria fazer na vida.
Viveu em Itália, onde foi leitor, no Malawi, onde também ensinou e esteve envolvido no golpe de Estado, que tentou depor o então ditador Hastings Banda, no Uganda, onde conheceu a sua futura mulher e encontrou, pela primeira vez, V. S. Naipul, que viria a ser seu grande amigo e mentor, e, também, em Singapura e em Inglaterra. A par das colaborações regulares que manteve ao longo dos anos com as revistas Playboy, Esquire e Atlantic, escreveu dezenas de romances (alguns adaptados ao cinema por Peter Weir e Peter Bogdanovich - com atores como Harrison Ford, River Phoenix, Michael Caine, Helen Mirren, Sigourney Weaver ou Patrick Kavanagh), ensaios e alguns dos melhores livros de viagens de sempre, como, O Velho Expresso da Patagónia, O Grande Bazar Ferroviário ou Comboio-Fantasma para o OrienteO autor vive atualmente entre Cape Cod e o Havai.



Agora que o Leitor já conhece o autor 
Paul Theroux
só falta vir à Biblioteca Municipal e requisitar o seu mais recente romance, 
editado pela Quetzal, para 
leitura no seu fim de semana.


"Theroux tece uma tensa trama de ficção e um comentário
sobre a natureza humana  e sobre a forma 
- brutal- como esta lida com o que acredita ser o "outro"."
                                                                                                              The Telegrah



Ellis Hock nunca acreditou que voltaria a África, à isolada aldeia em que fora tão feliz. Enquanto gere o seu antiquado negócio de pronto-a-vestir masculino, Ellis Hock sonha ainda com o seu paraíso africano e os quatro anos que passou no Malawi com o Corpo de Paz, interrompidos quando foi obrigado a regressar a casa para tomar conta do negócio de família.
Mas quando a mulher o deixa, privando-o da casa de família e da filha, e exigindo partilhas, Ellis Hock percebe que não tem lugar para onde possa ir, a não ser a remota região de Lower River, onde poderá reencontrar momentos felizes.
Ao chegar à poeirenta aldeia, Hock descobre-a profundamente transformada: a escola que ele próprio construíra é agora uma ruína; a igreja e a clínica desapareceram; e a pobreza e apatia instalaram-se nas pessoas, que se lembram dele - do estrangeiro que tinha medo de cobras - e lhe dão as boas-vindas.
Mas esta nova vida de Ellis Hoch, este retorno, será uma evasão ou antes uma armadilha?
Alternando memória e desejo, esperança e desespero, salvação e condenação, este é um emocionante regresso a um terreno, sobre o qual ninguém escreveu com tanto brilhantismo como Theroux.


"O meu personagem quer voltar a um lugar onde foi feliz 
e poder ser feliz de novo. Mas é um erro".
                                                                                                           Paul Theroux





BOM FIM DE SEMANA



junho 09, 2016

TEMOS O QUE PROCURA . . .

Temos Escolhas para Si no átrio da entrada da Biblioteca. Assim, pode escolher os livros para leitura no fim de semana sem perdas de tempo. Nós já escolhemos um conjunto de livros a pensar em si. Mas se preferir, pode visitar as salas de leitura e fazer as suas próprias escolhas. 

Basta passar por cá e levar. 



E se passar por cá, vai ter oportunidade de visitar a exposição de trabalhos dos alunos frequentadores da Universidade Sénior da Marinha Grande. São trabalhos de desenho e pintura,  realizados ao longo deste ano letivo, sob a coordenação do pintor marinhense Carlos Reys. 

Foi o que fizeram os nossos amigos das fotos. 
Faça o mesmo.



Mas se preferir algo diferente, pode fazer a sua escolha na sala de áudio/vídeo e passar alguns momentos descontraídos a visualizar um filme. Pode fazê-lo sózinho ou acompanhado, como preferir. 

A escolha será sempre sua.


A qualquer momento pode assistir a uma sessão de leitura em voz alta, feita pelas funcionárias da Biblioteca Municipal ou, quem sabe, por um qualquer dos nossos amigos. 

Estão sempre a acontecer coisas novas. 
Será sempre muito bom.






Se ao fim desta mensagem não o conseguimos convencer a vir à Biblioteca Municipal, porque prefere ficar a acompanhar o Euro 2016, saiba que, também, nós vamos "torcer" pela nossa Seleção.

Que vençam os melhores. 
[ De preferência ] Nós.














LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...