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março 08, 2024

QUEM FOI MARY WOLLSTONECRAFT?




"No dia 10 de setembro de 1797 morria em Londres, aos 38 anos (tão nova...), a escritora e pioneira do feminismo Mary Wollstonecraft. Mary nasceu em 1759, também em Londres, numa família com algum conforto financeiro, que se foi dissipando com os negócios  ruinosos do pai, um bêbedo violento que batia na mãe e nas filhas. Desde muito cedo que Mary tomou para si o papel de defender as irmãs dos ataques daquela besta. (...) 
Mary, que entretanto começa a trabalhar como governanta numa casa - queixando-se das poucas opções de emprego para mulheres que eram instruídas mas não tinham meios de fortuna - publica então observações sobre a educação de crianças.


Será com dois outros livros, Os Direitos dos Homens - resposta a uma polémica com um membro do Parlamento - e A Vindicação dos Direitos das Mulheres - publicado em 1792, um verdadeiro tratado feminista antes de isso sequer existir -, que Mary estabelece a sua notoriedade. Além de reclamar igualdade de tratamento, reflete ainda sobre a diferença de oportunidades, sobretudo no que diz respeito à educação que serve apenas para perpetuar o patriarcado. Este último livro torna-se uma sensação em Inglaterra e Mary decide dedicar-se exclusivamente à escrita, realidade impensável para uma mulher da sua época. (...)
Só no final do século XX, e com a consolidação do movimento feminista, é que a sua obra será redescoberta e lhe seria reservado o lugar que merece, como uma das pioneiras da luta pela igualdade entre homens e mulheres. "Uma Vindicação dos Direitos das Mulheres" é uma obra fundamental e inspiração para as e os feministas modernos. Não menos interessante é o seu relato da Revolução Francesa, a que se juntam romances, poesia, livros de viagens e até um manual de boas maneiras. E tudo isto em apenas 37 anos. 
Mary acabaria por morrer de complicações do parto, onze dias depois de nascer a sua segunda filha, também chamada Mary. Esta filha casaria com o poeta Percy Shelley, e é a própria da Mary Shelley, autora do Frankenstein. Bons genes, vá."

In, Vamos Todos Morrer, de Hugo van der Ding
pág. 206 


Josephine Baker, Simone de Beauvoir, Estée Lauder, Maya Angelou, 
Sophia, Frida Kahlo, Isadora Ducan, Oriana Fallaci, 
Wangari Maathai, Amália, Rosa Parks, Olympe De Gouges,
 Ada Lovelace, Severa, Natália Correia, ... : Todas mortas

Não vale a pena esperar outra coisa da vida a não ser o seu fim. 
Porém, como dizia Camões, há aqueles que se vão da lei da morte libertando e, 
em vez de irem fazer tijolo, fazem História - nem sempre pelas razões mais nobres, 
mas, provavelmente, é para o lado que dormem melhor.

Com as suas notas necrológicas dignas de antologia, Hugo van der Ding demonstra, 
que nem a História tem de ser um relato aborrecido e soporífero dos grandes feitos e acontecimentos, nem o entretenimento tem de ser um atentado a todos os nossos neurónios.




Das 141 almas que foram desta para melhor e cujas venturas são descritas neste livro,
 que sugerimos para leitura do seu fim de semana
nem uma reclamou do obituário que lhe calhou em sorte.








fevereiro 02, 2024

PODES EXPLICAR-ME A SITUAÇÃO DE ISRAEL EM, DIGAMOS, DEZ MINUTOS OU MENOS?




"Este livro demorará mais de dez minutos a ser lido, mas não será uma tarefa desencorajadora ou intimidante. Será, espero, interessante e envolvente, e, depois de o lerem, serão capazes de manter a vossa posição em qualquer conversa sobre Israel, durante qualquer jantar.
Haverá algum outro tema a propósito do qual tantas pessoas inteligentes, instruídas e sofisticadas expressam convicções que defendem de modo tão firme e apaixonado, mas sobre o qual, na verdade, sabem tão puco? O problema está a agravar-se porque estas pessoas de todos os lados da questão pensam que sabem o que dizem. Acreditam sinceramente no que pensam ser verdade. (...)
E estamos habituados a ver Israel nas manchetes, onde ocupa um espaço completamente desproporcional em relação ao tamanho físico, à população e à pegada global que realmente tem.
Não acreditam em mim? Experimentem fazer este pequeno exercício: pesquisem "conflito da Ucrânia" no Google. Eu obtenho cerca de 107 milhões de resultados. De seguida, experimentem "conflito da Coreia do Norte". Aparecem-me 95 milhões. Agora , pesquisem "conflito de Israel". Resultados: 181,8 milhões. (...)
É um país de 8,7 milhões de pessoas mergulhadas num conflito com todos os 4,75 milhões de palestinianos."


O dia 7 de outubro de 2023 
ficará para a história como um dos  marcos mais dramáticos 
do conflito entre Israel e o Hamas.
A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana, 
é uma "tentaria de explicar as razões por que Israel e o conflito Israel-palestiniano 
parecem levar tantas pessoas de outro modo sãs à loucura total".




Israel - Um guia sobre o conflito Israel-Palestiniano para os Curiosos, os Confusos e os Indecisos é a história desse conflito e uma tentativa de partilhar os factos de uma disputa centenária entre dois povos, na qual ambos os lados se veem como vítimas (e de facto são-no). 
É ainda uma tentativa de explicar porque é que as pessoas têm emoções tão fortes acerca deste tema, mesmo quando sabem pouco sobre ele.



Daniel Sokatch é o CEO do New Israel Fund (NIF), a principal organização dedicada à igualdade e à democracia para todos os israelitas (e não apenas para os judeus).
Em 2002, 2005, 2008 e 2010, foi nomeado para a lista "Forward 50" da Forward, uma lista anual de judeus que se destacaram como principais decisores e formadores da opinião pública.
Os seus textos foram publicados no New York Times, no Washington Post, no Los Angeles Times e noutras publicações.
Fez um doutoramento na Faculdade de Direito na Faculdade de Boston, um mestrado na Faculdade Fletcher de Direito e Diplomacia da Universidade Tufts e uma licenciatura na Universidade Brandeis


"Acredito que todos, tanto israelitas como palestinianos, 
devem ter direito iguais e a sua segurança garantida."
                                                                                     Daniel Sokatch


Cidade Velha, Jerusalém

"Entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, existem duas nações, um povo judaico e um povo palestiniano. Não iremos atirar os palestinianos para o deserto e eles não nos irão atirar para o mar. 
Quanto mais depressa aceitarmos o facto de que não temos outra escolha senão vivermos juntos, melhor será para ambos os lados."


"Há lugar na jangada para todos os que vivem
 entre o rio e o mar"






janeiro 19, 2024

CHOPIN ... MAS PORQUÊ CHOPIN?


Piano Schiedmayer

"(...) A minha irmã, abatida, fixava de soslaio o Schiedmayer, que nunca lhe dera a honra de soar assim. Os meus pais entreolhavam-se, assombrados por aquele baú sombrio e ventripotente, familiar há um século, proporcionar tais encantos. Quanto a mim, friccionei os antebraços cujos pêlos se tinham eriçado e perguntei à tia Aimée:
- O que era?
- Chopin, evidentemente.
Naquela mesma noite, exigi ter lições e, uma semana depois, comecei a aprender a tocar piano."




E a nossa sugestão de leitura para este fim de semana é o romance
A Professora Pylinska e o Segredo de Chopin
do autor Éric-Emmanuel Schmitt
com tradução do maestro Miguel Graça Moura


"Li-o numa tarde e fiquei tão deliciado 
que decidi logo traduzi-lo, por puro prazer". 
                                                                                                          Miguel Graça Moura





A intransigente e excêntrica Professora Pylinska tiraniza Éric-Emmanuel Schmitt, o seu jovem aluno, que quer ficar a conhecer o segredo de Frédéric Chopin.
No decurso das sua lições, o aprendiz irá ouvir o silêncio, colher flores de madrugada, seguir os efeitos do vento nas árvores e o movimento das ondas e aprender muito mais do que música, aprender a fazer amor, ou melhor ainda, a amar.
Poderá a obra de um músico genial dar sentido a uma vida?
Irá esta ajudar o narrador a compreender o chocante segredo que envolve um ente querido?


Uma fábula terna e cómica, cheia de gatos snobes, aranhas apaixonadas 
pela música, uma tia querida e, sobretudo, 
as melodias de Chopin, num texto repleto de inteligência e humor, 
em que a música nos ensina a viver e amar.



Éric-Emmanuel Scmitt é um dos 10 autores de língua francesa mais lidos em todo o mundo e está traduzido em mais de 45 línguas. As suas peças de teatro foram levadas à cena em mais de 50 países. A 25 de novembro de 2023, o  Teatro Stephens exibiu a peça "O Sr. Ibrahim e a Flores do Alcorão", pela companhia Teatro Meridional, numa interpretação de Miguel Seabra e Rui Rebelo.
O Livro que deu origem a essa peça pode ser requisitado para empréstimo domiciliário na nossa Biblioteca. 
O autor recebeu inúmeros galardões, entre eles o prestigiado Prémio Goncourt e o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa.
Nasceu a 28 de março de 1960 em Sainte-Foy-lès-Lyon, em França.


"- Percebes melhor agora, meu querido Éric, porquê Chopin?
Fixava-me com tanta esperança que, sem coragem para abalroar o seu otimismo, fiz sinal de aprovação com a cabeça. 
- Chopin, evidentemente...
Pareceu feliz por partilharmos a mesma opinião. Dissimulei a vergonha que senti por tê-la iludido. Chopin... Mas porquê Chopin."



Visite-nos, requisite este livro e descubra...
Chopin... mas porquê Chopin?








novembro 24, 2023

UMA MULHER SEM PERFUME É UMA MULHER SEM FUTURO

 
Paris 1919


Paris, 1919. A cidade vive rendida ao estilo de Gabrielle "Coco" Chanel. A sua moda revolucionária tornou a sua criadora num verdadeiro símbolo da elegância. Mas, quando Coco perde o grande amor da sua vida num acidente de viação, sucumbe à tristeza. Muitos temem que seja o fim da sua carreira.
No entanto, um novo e ambicioso projeto arranca-a do profundo estado de depressão e angústia em que vivia: a ideia de criar um perfume que junte uma fragância misteriosa, moderna e o cheiro do amor.
Gabrielle parte, então, numa verdadeira aventura em busca do perfume perfeito, capaz de imortalizar o amor que vivera. Enquanto procura a essência certa, Gabrielle visita Veneza, onde encontra Dimitri Romanov, um grão-duque russo exilado, e fica a conhecer a história do perfume criado em honra da Catarina, a Grande.
E estas serão duas das inspirações que marcarão o antes e o depois da vida de Coco e o aroma do seu perfume: o icónico Chanel nº 5, que se tornará o perfume mais famoso do mundo até aos dias de hoje.



Baseado em factos reais, o romance que hoje divulgamos e que 
sugerimos para leitura do seu fim de semana, 
conta a história do mítico Chanel Nº 5 e a mulher por trás da criadora.
O seu lado sensível, apaixonado e generoso num período
fascinante e ainda misterioso da vida de Coco Chanel



Michelle Marly, é pseudónimo da escritora alemã, nascida a 29 de julho de 1956 em Hamburgo, Micaela Jary.
O seu romance Mademoiselle Chanel e o Perfume do Amor está publicado em mais de 18 países e só na Alemanha vendeu mais de 300 mil exemplares, tendo-se mantido no Top 20 da Spiegel bestseller por mais de 50 semanas.
"(...)Abordei a história de uma outra perspetiva e mergulhei na leitura de livros sobre pessoas que acompanharam Coco Chanel: Misia Sert, Igor Stravinsky, Pablo Picasso e a sua esposa, François Coty, Maria Pavlovna Romanova, entre outros. Pouco a pouco foi-se formando uma imagem que, aliada aos factos mais ou menos fiáveis da vida de Gabrielle, representa a base da trama do meu livro. 
(...) a história do perfume Chanel nº 5 começou na realidade com o fim do seu primeiro amor, que jamais deveria cair no esquecimento."





"- A amostra número cinco contém as matérias-primas mais luxuosas do mundo. Não será por acrescentar uma molécula artificial. Na corte de Sampetersburgo não se olhava a despesas, mademoiselle, não o fazíamos no fabrico de Le Bouquet de Catherine e não o fizemos com os ensaios para criar a sua Eau de Chanel."






novembro 17, 2023

A RELIGIÃO WOKE

"Os homens estão grávidos", "as mulheres têm pénis", "as mulheres trans são mulheres", "todos os brancos são racistas", "todos os negros são vítimas", "se afirmares que não és racista, isso significa que és", "a biologia é virilista", "a matemática é racista", "Churchill é racista", "Schoelcher é esclavagista", etc. Este tipo de proclamações surpreende pela sua faceta absurda. Todavia, são elas que formam os enunciados de base de pensamento woke, aquele pensamento "iluminado" que tende a impor-se em todas as sociedades ocidentais. Assenta em teorias como a "teoria de género", a "teoria crítica da raça" ou a "teoria interseccional", que se tornam verdades puras nas nossas universidades. Os woke explicam que o género "se escolhe" e que tudo o que conta é a nossa consciência de sermos homem ou mulher ou qualquer outra coisa que seja."




Uma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental.
Esta religião propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos. 
O objetivo dos wokes é "desconstruir" todo o património cultural 
e científico e pôr-se a postos para instauração de uma ditadura 
em nome do "bem" e da "justiça social"
O Wokismo é uma religião sem perdão.
Mas de onde vem e quais os seus fundamentos?


É tudo isto e muito mais que Jean-François Braunstein explica no livro que estamos a divulgar
A Religião Woke
Apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que explica detalhadamente 
para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.



Jean-François Braunstein nasceu em Marselha, França, a 4 de novembro de 1953.
Licenciou-se em Literaturas Modernas e Literaturas Clássicas e, posteriormente, em Filosofia, sendo mestre em Literaturas Clássicas e doutorado em Filosofia. É membro da Sociedade Francesa de Filosofia e especialista em História e Filosofia das Ciências.
É, atualmente, professor titular de Filosofia Contemporânea na Sorbonne e investigador no laboratório EXeCO (Experiência e Conhecimento).
Historiador do pensamento médico e da filosofia francesa dos séculos XIX e XX, Braunstein é um dos principais estudiosos, em todo o mundo, de epistemologia histórica e metodologia da história das ciências.
Escreveu livros polémicos, como La philosophie devenue folle: Le genre, l'animal, la mort, em que contesta vigorosamente as teses da teoria de género de Judith Butler e do animalismo de Peter Singer, que visariam apagar o que biologicamente diferencia homens e mulheres, humanos e animais.
A Religião Woke, que hoje divulgamos e que sugerimos como leitura para o seu fim de semana é o seu mais recente livro.



"Para resistir aos wokes, 
basta simplesmente um mínimo de coragem, 
a de ousar erguer-se contra as suas propostas 
aberrantes ou abjetas, 
dizer com clareza não."
                                                                                                          Jean-François Braunstein



novembro 03, 2023

PARABÉNS MIGUEL ESTEVES CARDOSO

Decorreu no passado mês de outubro, de 23 a 29, 
na cidade de Penafiel, o Festival Literário Escritaria.

Este ano o homenageado foi o escritor Miguel Esteves Cardoso,
 "cuja liberdade de pensamento e visão crítica influenciaram uma geração de escritores e não só."

"Penafiel é mais bonito do que dizem. Faz lembrar Oxford" MEC

"Esta será uma edição muito emotiva, como todas, em especial para aqueles
 que fazem parte de uma geração que se habitou a encontrar em MEC
 uma fonte de inspiração para olhar e interpretar Portugal
 de uma forma crítica e não conformista."
                                                           António de Sousa, Presidente da Câmara de Penafiel


Miguel Esteves Cardoso nasceu em Lisboa a 25 de julho de 1955.
Fez os seus estudos secundário na Saint Julian's School e os superiores no Reino Unido. Licenciou-se em Estudos Políticos, em 1979, na Universidade de Manchester. Doutorou-se em 1983 em Filosofia Política, com uma tese que relacionava a Saudade e o Sebastianismo no Integralismo Lusitano e mais tarde, em Oxford fez um pós-doutoramento em Filosofia Política.
Em 1982 entrou para o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa como investigador auxiliar. Mais tarde foi professor auxiliar de Sociologia Política no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa da Universidade de Lisboa.
Abandonou a carreira académica, para em 1988 se dedicar à Comunicação Social, assumindo a direção do jornal O Independente, um projeto que  influenciou o jornalismo português da época.
Foi crítico literário e cinematográfico no Jornal de Letras, Artes e Ideias. Na rádio foi autor e coautor de diversos programas.  Na RTP, foi o argumentista do programa do Herman José, Humor de Perdição e mais tarde, em 2017-2018 no programa Fugiram de Casa dos Seus Pais em parceria com Bruno NogueiraAinda na televisão, desta vez na SIC, participou na Noite da Má Língua.
Na década de 1980 MEC funda, com Pedro Ayres Magalhães, Ricardo Camacho e Francisco Sande e Castro, uma das primeiras editoras independentes, a Fundação Atlântica, produzindo discos dos Xutos e Pontapés, Sétima Legião, Delfins, Anamar.
Estabeleceu polémicas com alguns intelectuais e escritores, como Fernando Namora ou Eduardo Prado Coelho.
Voltou em 2006 à comunicação social com o semanário Expresso e, desde 2009, escreve uma crónica diária no jornal Público.
Em 2013 a Porto Editora reeditou todas a sua obras. Venceu o Grande Prémio de Crónica e Dispersos da APE 2022.


Esta é a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana









outubro 20, 2023

PARABÉNS, ATINGIU UM BILIÃO DE LIVROS VENDIDOS


Tem 50 anos de carreira, cerca de 200 títulos publicados e 
acaba de atingir a marca de um bilião de livros vendidos em todo o mundo.


Vendeu mais livros do que o escritor Paulo Coelho com 320 milhões de exemplares e
 J. K. Rowling com 600 milhões juntos.

" Um autor que vende mil milhões de exemplares
 é um autor absolutamente esmagador, obriga-nos a fazer a nossa vénia."
                                                                     Eduardo Boavida, diretor da Bertrand


Escreve romances sobre os dramas da realidade quotidiana, das relações conturbadas, da traição, da separação, das conquistas e desejos, mas sempre com o desejado final feliz. Além de literatura para adultos, escreveu também livros juvenis. Mais de 20 dos seus romances foram adaptados a séries e filmes televisivos. 
Os seus livros estão publicados em 43 línguas, são bestsellers em 69 países e é um dos autores mais requisitados na Biblioteca Municipal da Marinha Grande.

O Leitor já adivinhou que hoje divulgamos a obra de Danielle Steel



Nasceu em Nova Iorque a 14 de gosto de 1947. O seu pai, John Schuelein-Steel, era o herdeiro da Löwebbräu, a famosa marca de cerveja alemã cujas origens remontam à Idade Média. A mãe, Norma da Câmara Stone Reis, embora nascida em Cambridge, era portuguesa, filha de um diplomata açoriano.
Publicou o seu primeiro romance em 1973 e começou a ser publicada em Portugal, pelo Círculo de Leitores, em 1980.
Consegue publicar sete romances por ano e escreve quatro ou cinco em simultâneo, na sua velha máquina de escrever Olympia de 1946. 

"Cada livro começa com uma imagem, 
personagem ou situação qualquer que me diz muito."


Em 2014, Danielle Steel foi condecorada pelo governo francês com a Ordem Nacional da Legião de Honra, a condecoração máxima da nação francesa, com o grau de Chevalier, pelo contributo para a cultura mundial.
É fundadora de duas instituições de solidariedade inspiradas e em memória do seu filho Nick : a Nick Traina Foundation, que apoia doentes do foro psiquiátrico e crianças vítimas de maus-tratos, e a Yo! Angel! que presta auxílio aos sem-abrigo.




Venha à Biblioteca Municipal, requisite um romance da nossa autora de hoje para leitura do seu fim de semana.











setembro 22, 2023

TODA A LUZ QUE NÃO PODEMOS VER

O livro que hoje divulgamos teve as seguintes distinções: 
  • Em 2014 foi um dos melhores livros do ano, segundo a Amazon.com
  • Em 2014 foi finalista do National Book Award
  • Foi considerado, em 2014, um dos 10 melhores livros do ano para o New York Times Book Review
  • Foi o melhor livro de 2014 segundo a Barnes and Noble, Entertainment Weekly, The Washington Post, The Guardian e Kirkus Review
  • Em 2015 foi o vencedor do Prémio Pulitzer
  • Em 2017 foi o livro mais lido na Biblioteca Municipal da Marinha Grande



Marie-Laure é uma jovem cega que vive com o pai, o encarregado das chaves do Museu Nacional de História Natural em Paris. Quando as tropas de Hitler ocupam a França, pai e filha refugiam-se na cidade fortificada de Saint-Malo, levando com eles uma joia valiosíssima do museu, que carrega uma maldição. 
Werner Pfenning é um órfão alemão com um fascínio por rádios, talento que não passou despercebido à temida escola miliar da Juventude Hitleriana. Seguindo o exército alemão por uma Europa em guerra, Werner chega a Saint-Malo na véspera do Dia D, onde, inevitavelmente, o seu destino se cruza com o de Marie-Laure, numa comovente combinação de amizade, inocência e humanidade num tempo de ódio e de sofrimento.


A 2 de novembro deste ano vai estrear na Netflix uma minissérie de 4 episódios, realizada por Shawn Levy, com argumento de Steven Knight, e com a participação, entre outros, dos atores Mark Ruffalo, Hugh Laurie e Louis Hofman, baseada no romance que hoje sugerimos para o seu fim de semana: 




"Saint-Malo: Água rodeia a cidade dos quatro lados. A sua ligação ao resto da França é ténue: uma passagem sobre o mar, uma ponte, uma língua de areia. Somos de Saint-Malo em primeiro lugar, dizem os habitantes da cidade. Bretões a seguir. Franceses se mais houver a dizer. 
À luz de tempestade, o seu granito emite um brilho azul. Nas marés mais altas, o mar infiltra-se nas caves do centro da cidade. Nas marés mais baixas, as costelas pejadas de cracas de mil navios naufragados assomam da água.
Ao longo de três mil anos, este pequeno promontório conheceu cercos. Mas nunca como este."




Anthony Doerr nasceu a 27 de outubro de 1973 em Cleveland, Ohio.
Autor de vários livros, recebeu alguns dos mais prestigiados prémios nos Estados Unidos da América.
Em 2007, a revista literária Granta considerou-o um dos melhores romancistas americanos.
Os direitos de Toda A Luz Que Não Podemos Ver foram vendidos para cerca de 40 países.








agosto 25, 2023

LEIA O LIVRO, VEJA O FILME

 




Fiona Maye é uma juíza proeminente do Supremo Tribunal, que julga casos do Tribunal de Família. É reconhecida pela inteligência arguta, o rigor e a sensibilidade. Mas o seu sucesso profissional tem atrás de si a mágoa privada e o combate doméstico. Além do remorso latente por nunca ter tido filhos, o seu casamento de trinta anos está em crise.
É neste contexto que é chamada a julgar um caso urgente: por razões religiosas, um bonito rapaz de dezassete anos, Adam, está a recusar o tratamento médico que lhe podia salvar a vida, e os pais, devotos, comungam do seu desejo. O tempo urge. Enquanto procura tomar uma decisão, Fiona visita Adam no hospital - um encontro que agita nela sentimentos há muito enterrados e no rapaz novas e poderosas emoções. O julgamento dela terá consequências tremendas para ambos...






"- Vou dizer-te porque estou aqui, Adam. Quero ter a certeza de que sabes o que estás a fazer. Algumas pessoas pensam que és novo demais para tomar uma decisão como esta e que és influenciado pelos teus pais e pelos anciãos. E outras pensam que és extremamente inteligente e capaz e que devemos deixar-te levar a tua avante."



A decisão da juíza Fiona Maye é 
a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana. 

Leia o livro e veja o filme







Em 2017, o filme, com argumento do próprio autor, 
foi realizado pelo britânico Richard Eyre, 
tendo nos principais papeis a atriz Emma Thompson 
e os atores Stanley Tucci e Fionn Whiehead.






Ian McEwan nasceu a 21 de junho de 1948, em Aldershot, Inglaterra.
Passou parte da sua infância no Extremo Oriente, na Alemanha e no Norte de África, dado que o seu pai era oficial do Exército Britânico e foi colocado sucessivamente nesses locais.
Estudou na Universidade de Sussex e na Universidade de East Anglia, tendo como professor o escritor Malcom Bradbury.

Iniciou a sua carreia na escrita em 1975, tendo sido agraciado ao longo dos anos com diversos prémios:
  • Em 1976 - Prémio Somerset Maugham
  • Em 1993 - Prémio Femina Estrangeiro
  • Em 1998 - Prémio Man Booker com Amesterdão (que pode ser requisitado na Biblioteca)
  • Em 2002 - National Book Critics Circle Award
  • Em 2005 - James Tait Black Memorial Prize 
  • Em 2011 - Prémio Jerusalém - uma honra concedida a escritores cujos trabalhos versem a liberdade individual na sociedade.






agosto 11, 2023

AS FLORES PERDIDAS DE ALICE HART






Estreou dia 4 de agosto na Amazon Prime Vídeo a primeira temporada da minissérie "As Flores Perdidas de Alice Hart", com adaptação de Sarah Lambert, realizada por  Glendyn Ivin e protagonizada entre outras por Sigourney Weaver.



A série televisiva foi baseada num romance homónimo, 
As Flores Perdidas de Alice Hart,
de Holly Ringland
que o Leitor poderá requisitar na sua Biblioteca e, 
é a nossa Sugestão de Leitura para o seu fim de semana







Alice tem nove anos e vive num local isolado, idílico, entre o mar e os canaviais, onde as flores encantadas da mãe e as suas mensagens secretas a protegem dos monstros que vivem dentro do pai.
Quando uma enorme tragédia muda a sua vida irrevogavelmente, Alice vai viver com a avó na quinta de cultivo de flores que é também um refugio para mulheres sozinhas ou destroçadas pela vida. Ali, Alice passa a usar a linguagem das flores para dizer o que é demasiado difícil transmitir por palavras.
À medida que o tempo passa, os terríveis segredos da família, uma traição avassaladora e um homem que afinal não é quem parecia ser, fazem Alice perceber que algumas histórias são demasiado complexas para serem contadas através das flores. 
E para conquistar a liberdade que tanto deseja, Alice terá de encontrar coragem para ser a verdadeira e única dona da história mais poderosa de todas: a sua.



"O tempo passado no jardim deveria ser calmo e silencioso.
Como numa biblioteca, murmurara-lhe um dia a mãe, 
envolvida pelos seus tão amados fetos"







Holly Ringland cresceu, rebelde e de pés descalços, no jardim tropical da mãe, no norte da Austrália. Quando tinha nove anos, a sua família viveu numa caravana durante dois anos, viajando de parque em parque natural, na América do Norte, uma experiência que despertou em Holly o interesse pelas culturas e histórias dos lugares. Na casa dos vinte anos, trabalhou durante quatro anos numa comunidade remota indígena no deserto central australiano. Mudou-se para Inglaterra em 2009 e fez uma especialização em Escrita Criativa na Universidade de Manchester em 2001. Presentemente vive entre o Reino Unido e a Austrália.
A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana foi o seu primeiro romance, publicado em mais de 30 países e em 2019 venceu o Australian Book Industry Award.




"As Flores Perdidas de Alice Hart é um livro pelo qual nos vamos apaixonar, 
guardar e recordar durante muito tempo."
                                                                                                                                   Kate Leaver










junho 16, 2023

PRÉMIO EUROPEU DE PATRIMÓNIO CULTURAL EUROPA NOSTRA

 



No dia 13 de junho, trinta projetos de 21 países foram distinguidos com os Prémios Europeus do Património Cultural Europa Nostra. Quatro são portugueses.

Entre os vencedores, está o projeto de investigação da "Arte-Xávega", promovido pela Câmara Municipal de Cantanhede. Este projeto dá a conhecer as práticas exemplares da salvaguarda da "Arte-Xávega", um dos últimos exemplos da pesca artesanal e sustentável na União Europeia.

No próximo dia 28 de setembro, os vencedores deste prémio serão homenageados na cerimónia europeia, no Palazzo del Cinema, em Veneza, Itália.


A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana mostra-nos a 

História e Imagens da Arte-Xávega na Praia da Vieira 




Este livro revela-nos uma das mais características formas de pesca do litoral português, a arte-xávega e que ainda hoje se pratica no nosso concelho, mais precisamente na Praia da Vieira.
A partir da coleção fotográfica de Dora Landau, e do vieirense Vergílio Guerra Pedrosa e outros, este livro representa um esforço no sentido de compreender as transformações por que passou o exercício da pesca com artes de xávega ao longo dos séculos XIX e XX.





"(...) Muitas gerações ficaram marcadas pela valentia e bravura que os pescadores mostravam quando, mesmo em condições de mar adverso, se arriscavam a ir procurar o seu ganha pão no mar.
E quem não se lembra da azáfama da recolha das redes com a correria das juntas de bois, dos gritos dos pescadores e, também, de populares ajudando nessa recolha e da alegria de todos quando viam na praia, por entre reflexos prateados saltarem quintais e quintais de sardinha e carapau."
Álvaro Neto Órfão
Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande de 1993 a 2005



Bom Fim de Semana


março 24, 2023

AS PESSOAS INVISÍVEIS



José Carlos Barros nasceu a 19 de julho de 1963, em Boticas.
É licenciado em Arquitetura Paisagista pela Universidade de Évora. Vive e trabalha no Algarve, em Vila Nova de Cacela. Tem exercido atividade profissional no âmbito do ordenamento do território e da conservação da natureza e foi diretor do Parque Nacional da Ria Formosa. Foi também técnico superior do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e da Direção Regional do Ambiente do Algarve. Foi ainda vereador municipal na Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e deputado na Assembleia da República de 2015 a 2019.

Recebeu vários Prémios Literários:
  • Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama
  • Prémio Guerra Junqueiro
  • Prémio Literário Vila de Fânzeres
  • Prémio de Poesia Fernão de Magalhães
  • Prémio Leya 2021 por unanimidade e numa prova cega.

"Este livro foi escrito em dez anos. Se não tivesse ganho este prémio, como diria aos meus netos que o avô tinha estado dez anos da sua vida a escrever um livro que ninguém ia ler. Fico contente que por causa do prémio o livro seja falado, mas principalmente lido."


E é o romance vencedor do Prémio Leya 2021, 
As pessoas Invisíveis 
a nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana


Em 1980, é encontrado em Berlim um caderno que relata a descoberta, em terras portuguesas, de uma jazida de ouro, segredo que levará o leitor aos anos da Segunda Guerra Mundial, à exploração de volfrâmio e à improvável amizade de um engenheiro alemão com o jovem Xavier Sarmiento, que descobre ter o dom de curar e se fascina com a ideia de Poder. É a sua história, de curandeiro e mágico a temido chefe das milícias, que acompanharemos ao longo do romance, assistindo às suas curas e milagres, bem como aos amores clandestinos e à fuga para África.
Percorrendo episódios da vida portuguesa ao longo de cinco décadas - das movimentações na raia transmontana, durante a Guerra Civil de Espanha, à morte de Francisco Sá Carneiro, As Pessoas Invisíveis é também a revisitação de um dos eventos mais trágicos e menos conhecidos da nossa história colonial: o massacre de um grande número de nativos forros, mostrando como o fim legal da escravatura precedeu, em muitas dezenas de anos, a sua efetiva abolição.



"E este pensamento unia-o à jovem magricela numa cumplicidade que não estava ainda preparado para compreender, embora lhe parecesse cada vez mais certo que há muitas pessoas no mundo que são invisíveis e que quase nenhuma sabe da invisibilidade das outras."








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