O Grande Prémio da Literatura é um concurso nacional, promovido pelo grupo DST há quase 25 anos, que distingue, rotativamente, livros de prosa e poesia publicados nos dois anos anteriores.
Este ano, a 14 de junho, O Grande Prémio da Literatura,
foi atribuído à escritora Lídia Jorge,
com o seu romance Estuário, publicado em maio de 2018.
O júri, composto pelos escritores Vítor Aguiar e Silva, José Manuel Mendes e Carlos Mendes de Sousa, decidiram atribuir o prémio ao romance da escritora "pela elevada qualidade da sua escrita, absorvendo e reelaborando fragmentos de um quotidiana mutacional, com fortes sequências efabulatórias e personagens com notória densidade social e psicológica".
O prémio, no valor de 15 mil euros, será entregue no dia 28 de junho, no Theatro Circo, no âmbito da inauguração da Feira do Livro de Braga.
Estuário é um livro sobre a vulnerabilidade de um homem, de uma família, de uma sociedade e do próprio equilíbrio da Terra, relatados pelo olhar de um jovem sonhador que se interroga sobre a fragilidade da condição humana.
Edmundo Galeano andou pelo mundo, esteve numa missão humanitária e regressou à casa do pai sem parte da mão direita. Regressou com uma experiência para contar e uma recomendação a fazer por escrito, e na elaboração desse testemunho passou a ocupar por completo os seus dias. Porém, ao encontro deste irmão mais novo da família, vem ter sem remédio as vicissitudes diárias que desequilibram a grande casa do Largo do Corpo Santo. Edmundo vai-se, então, apercebendo que as atribulações longínquas mantêm uma relação directa com as batalhas privadas travadas a seu lado. E a sua mão direita, desfigurada, transforma-se numa defesa da invenção literária perante a crueza da realidade.
"Iria começar, no dia seguinte,
um livro antigo, de muitas páginas..."
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