junho 28, 2016

TINHA DE CONTAR AS SUAS HISTÓRIAS

No próximo dia 1 de julho, Luis Sepúlveda irá receber, 
na cidade da Guarda, o Prémio Eduardo Lourenço 2016.


Instituído em 2004, o Prémio Eduardo Lourenço destina-se a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica.
O júri entendeu premiar o autor pela "sua vastíssima obra, que sendo uma obra universal, também tem dentro dela o iberismo, no fundo, que é o espírito do Prémio Eduardo Lourenço".
A sua bibliografia é bem conhecida dos portugueses, é estudada nas nossas escolas, no 2º e 3º ciclos de ensino básico, fazendo parte do Plano Nacional de Leitura.


Luis Sepúlveda nasceu a 4 de outubro de 1949 em Ovalle, Chile. Em 1970, publica uma coletânea de contos intitulada Crónicas de Pedro Nadie, vence o Prémio Casa das Américas e ganha uma bolsa de estudos de cinco anos na Universidade Lomonosov em Moscovo. No entanto só lá ficou cinco meses por ter sido expulso da universidade por "atentado à moral proletária", devido a manter contactos com alguns dissidentes soviéticos. De volta ao Chile é expulso da Juventude Comunista, adere ao Partido Socialista Chileno e torna-se membro da guarda pessoal do presidente Salvador Allende. A 11 de setembro de 1973, Luis Sepúlveda encontrava-se no Palácio de la Moneda a fazer a guarda ao presidente Allende. É preso e julgado em fevereiro de 1975, sob a acusação de traição à pátria e conspiração subversiva, e é enviado para o estabelecimento prisional de Temulo, para cumprir uma sentença de 28 anos.
Sob pressão da Amnistia Internacional, a sua sentença é atenuada para 8 anos e para um exílio na Suécia. É então, exilado na Europa, que regressa à escrita e o seu primeiro romance O Velho Que Lia Romances de Amor, publicado em 1989 é um sucesso internacional.
Vive atualmente em Gijon, Espanha.


"A escrita de Luis Sepúlveda não tem fronteiras. 
Viaja por territórios distintos, inspira-se em pequenos acontecimentos, 
descobre conexões com todo o sentido."
                                                                                               Jornal de Negócios



Veja AQUI a bibliografia do autor,
que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário.


As Histórias Esperam Por Si 




junho 22, 2016

A LITERATURA NÃO TEM FRONTEIRAS


"Sinto que isto é um engano, mas mesmo assim sinto-me muito honrado por ter sido incluído na lista, ainda que por erro. Vou continuar a fazer o que fazem os escritores. Sempre que alguém ganha um prémio prestigiante penso que é um dia bom para a literatura. Sinto-me dessa forma agora".

Foi assim que o escritor norte-americano, 
Richard Ford
reagiu ao saber que tinha sido o vencedor do 
Prémio Princesa das Astúrias de Literatura 2016.

Os elementos do júri, reunidos em Oviedo, consideraram que a obra de Richard Ford se inscreve na grande tradição da novela norte-americana do século XX e recorre a uma épica "irónica e minimalista" para definir as sua personagens, enredos e argumentos.
Refere ainda o júri que o autor é um "narrador profundamente contemporâneo" e ao mesmo tempo "o grande cronista do mosaico de histórias cruzadas que é a sociedade norte-americana".
Richard Ford é "considerado por alguns o herdeiro legítimo de Hemingway, influenciado, como ele mesmo reconheceu, por Faulkner e segundo Raymond Carver o melhor escritor em atividade nos Estados Unidos" afirmou o júri.

"If loneliness is the disease, the story is the cure."
                                                                           Richard Ford


Richard Ford nasceu a 16 de fevereiro em Jackson, Mississipi, em 1944, onde viveu até aos 18 anos. A seguir, na Universidade de Michigan, estudou Literatura e Direito e, depois, na Universidade Washington, em S. Luís, Missouri, novamente Direito, embora não chegasse a concluir nenhum dos dois cursos, dado que decidiu em 1968 dedicar-se exclusivamente à literatura.
E começou bem a sua carreira de escritor, em 1976, com a publicação do romance Um Pedaço do Meu Coração, que conseguiu o reconhecimento da sua qualidade pela crítica literária americana. Seguiu-se, em 1986, O Jornalista Desportivo (que a Biblioteca Municipal tem para empréstimo domiciliário) que o consagrou definitivamente como um dos melhores escritores norte-americanos contemporâneos. O próprio Raymond Carver, de quem foi amigo, chamou-lhe "um escritor magistral" a propósito deste romance. Nesse mesmo ano o Times considerou-o um dos cinco melhores romances do ano.
Richard Ford é o único escritor distinguido com os prémios Pulitzer e Pen/Faulkner para uma mesma obra - Dia da Independência, também disponível para empréstimo domiciliário e que foi considerado pelo Times como "nada menos que a história do século XX" é inquestionavelmente um dos livros mais inteligentes e mais expressivos das duas últimas décadas  e o seu autor uma das vozes mais eloquentes da literatura americana atual.




Duas Boas Razões Para Nos Visitar.

Esperamos Por Si.




junho 17, 2016

DEVEMOS VOLTAR AO LUGAR ONDE FOMOS FELIZES?


"Penso que viajar é a única realidade e que a internet é uma distorção da realidade.
 Tem que se ver, ouvir e cheirar um sitio para o conhecer."
                                                                                                  Paul Theroux


Paul Theroux nasceu a 10 de abril de 1941 em Medford, no Massachusetts, filho de mãe italiana e pai canadiano de origem francesa. Frequentou a Universidade no Maine e no Massachusetts, mas foi o curso de escrita que fez com o poeta Joseph Langland, que o levou a descobrir que escrever era tudo o que queria fazer na vida.
Viveu em Itália, onde foi leitor, no Malawi, onde também ensinou e esteve envolvido no golpe de Estado, que tentou depor o então ditador Hastings Banda, no Uganda, onde conheceu a sua futura mulher e encontrou, pela primeira vez, V. S. Naipul, que viria a ser seu grande amigo e mentor, e, também, em Singapura e em Inglaterra. A par das colaborações regulares que manteve ao longo dos anos com as revistas Playboy, Esquire e Atlantic, escreveu dezenas de romances (alguns adaptados ao cinema por Peter Weir e Peter Bogdanovich - com atores como Harrison Ford, River Phoenix, Michael Caine, Helen Mirren, Sigourney Weaver ou Patrick Kavanagh), ensaios e alguns dos melhores livros de viagens de sempre, como, O Velho Expresso da Patagónia, O Grande Bazar Ferroviário ou Comboio-Fantasma para o OrienteO autor vive atualmente entre Cape Cod e o Havai.



Agora que o Leitor já conhece o autor 
Paul Theroux
só falta vir à Biblioteca Municipal e requisitar o seu mais recente romance, 
editado pela Quetzal, para 
leitura no seu fim de semana.


"Theroux tece uma tensa trama de ficção e um comentário
sobre a natureza humana  e sobre a forma 
- brutal- como esta lida com o que acredita ser o "outro"."
                                                                                                              The Telegrah



Ellis Hock nunca acreditou que voltaria a África, à isolada aldeia em que fora tão feliz. Enquanto gere o seu antiquado negócio de pronto-a-vestir masculino, Ellis Hock sonha ainda com o seu paraíso africano e os quatro anos que passou no Malawi com o Corpo de Paz, interrompidos quando foi obrigado a regressar a casa para tomar conta do negócio de família.
Mas quando a mulher o deixa, privando-o da casa de família e da filha, e exigindo partilhas, Ellis Hock percebe que não tem lugar para onde possa ir, a não ser a remota região de Lower River, onde poderá reencontrar momentos felizes.
Ao chegar à poeirenta aldeia, Hock descobre-a profundamente transformada: a escola que ele próprio construíra é agora uma ruína; a igreja e a clínica desapareceram; e a pobreza e apatia instalaram-se nas pessoas, que se lembram dele - do estrangeiro que tinha medo de cobras - e lhe dão as boas-vindas.
Mas esta nova vida de Ellis Hoch, este retorno, será uma evasão ou antes uma armadilha?
Alternando memória e desejo, esperança e desespero, salvação e condenação, este é um emocionante regresso a um terreno, sobre o qual ninguém escreveu com tanto brilhantismo como Theroux.


"O meu personagem quer voltar a um lugar onde foi feliz 
e poder ser feliz de novo. Mas é um erro".
                                                                                                           Paul Theroux





BOM FIM DE SEMANA



junho 09, 2016

TEMOS O QUE PROCURA . . .

Temos Escolhas para Si no átrio da entrada da Biblioteca. Assim, pode escolher os livros para leitura no fim de semana sem perdas de tempo. Nós já escolhemos um conjunto de livros a pensar em si. Mas se preferir, pode visitar as salas de leitura e fazer as suas próprias escolhas. 

Basta passar por cá e levar. 



E se passar por cá, vai ter oportunidade de visitar a exposição de trabalhos dos alunos frequentadores da Universidade Sénior da Marinha Grande. São trabalhos de desenho e pintura,  realizados ao longo deste ano letivo, sob a coordenação do pintor marinhense Carlos Reys. 

Foi o que fizeram os nossos amigos das fotos. 
Faça o mesmo.



Mas se preferir algo diferente, pode fazer a sua escolha na sala de áudio/vídeo e passar alguns momentos descontraídos a visualizar um filme. Pode fazê-lo sózinho ou acompanhado, como preferir. 

A escolha será sempre sua.


A qualquer momento pode assistir a uma sessão de leitura em voz alta, feita pelas funcionárias da Biblioteca Municipal ou, quem sabe, por um qualquer dos nossos amigos. 

Estão sempre a acontecer coisas novas. 
Será sempre muito bom.






Se ao fim desta mensagem não o conseguimos convencer a vir à Biblioteca Municipal, porque prefere ficar a acompanhar o Euro 2016, saiba que, também, nós vamos "torcer" pela nossa Seleção.

Que vençam os melhores. 
[ De preferência ] Nós.














LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...