março 26, 2025

O FIM DO MUNDO EM CUECAS

 

 
Podem ser ameaças cósmicas, aliens 👽, 
vírus, supervulcões ou simplesmente a estupidez humana.
Mas uma coisa é certa: O mundo vai acabar.
Seria triste se não fosse tão giro!

Será que a humanidade vai continuar a evoluir e a descobrir os segredos do Universo, ou desaparece já no próximo século? Perigos para acabar connosco não faltam! As alterações climáticas já chegaram, a IA pode escravizar-nos em três tempos, um supervulcão pode tornar o mundo inabitável em menos de nada, a terceira guerra mundial pode estar ao virar da esquina. Isto para não falar de superpandemias, de vírus alienígenas, de homenzinhos verdes 👽 com más intenções ou de coisas tão simples como a estupidificação massiva da população através da desinformação.


O Fim do Mundo em Cuecas é uma coletânea de textos organizada por Hugo van der Ding, onde diversos especialistas e divulgadores de ciência em Portugal exploram, de forma científica e divertida, diferentes cenários apocalípticos. São abordados temas como alterações climáticas, inteligência artificial, pandemias, desinformação, acompanhado com ilustrações do próprio Hugo van der Ding. Entre os colaboradores encontram-se nomes como Joana Lobo Antunes, Fátima Viveiros, Pedro Ferreira, Miguel Gonçalves, Adriano Cerqueira e David Marçal. Cada um contribui com a sua perspetiva sobre possíveis ameaças ao futuro da humanidade, combinando rigor científico com humor. 


Hugo van der Ding é o pseudónimo de Hugo Sousa Tavares, um multifacetado criador português que se destaca como ilustrador, escritor, locutor e humorista. Ganhou notoriedade através de personagens digitais como a "Criada Malcriada" e "Cavaca a Presidenta", que conquistaram o público nas redes sociais.
Além do seu trabalho nas plataformas digitais, Hugo van der Ding é coautor do podcast "Vamos Todos Morrer", um dos mais ouvidos em Portugal, onde apresenta breves biografias históricas com um toque de humor negro. Esse projeto foi adaptado para livro, que pode ser requisitado para empréstimo domiciliário.
Na rádio, integrou a equipa das manhãs da Antena 3, contribuindo com a sua visão humorística e crítica sobre os mais diversos temas. Recentemente aventurou-se na televisão, apresentando o programa "Duas Pessoas a Fazer Televisão" na RTP, em parceria com Martim Sousa Tavares. 
Hugo van der Ding é reconhecido pela sua capacidade de abordar assuntos sérios com leveza e inteligência, utilizando como ferramenta o humor para a reflexão e crítica social.


O fim do mundo já foi anunciado inúmeras vezes por todo o tipo de profetas.
 E, no entanto, o mundo ainda cá está. Parece estar para lavar e durar,
 resistindo a epidemias, guerras e alterações climáticas. 
Os profetas do fim do mundo é que têm morrido.






março 18, 2025

APRESENTAÇÃO DE LIVRO | RUI CARIA | SÁBADO, 23 DE MARÇO




A Biblioteca Municipal da Marinha Grande recebe, no próximo dia 22 de março, às 15h30, a apresentação do livro "Palavras que Gritámos ao Mar", da autoria de Rui Caria.


Este romance transporta os leitores para a história de Umbro e os seus amigos, um grupo de jovens unidos pelo abandono e pela necessidade de contar a sua própria narrativa. Entre sonhos, desafios e a ameaça de um destino traçado, Umbro luta para proteger aqueles que ama e encontrar a Luz Secreta que pode salvar a todos.


Rui Caria é natural da Marinha Grande, sítio que permanece, até hoje, o epicentro da sua vida. Na Escola Secundária Calazans Duarte, sobreviveu à adolescência e partiu para levar o percurso académico até ao doutoramento na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e descobrir a sua paixão pelo ensino na Faculdade de Economia da mesma Universidade. Pelo caminho, apagou fogos e transportou doentes com a farda dos Bombeiros, nadou quilómetros em águas abertas pela académica de Coimbra, criou um curso para ensinar os alunos da universidade de Coimbra a estudar, falou com jovens reclusos da prisão escola de Leiria e, claro, contou histórias através dos seus livros.





março 14, 2025

CAMILO CASTELO BRANCO - 1825/2025

As comemorações do bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco, que ocorrerá a 16 de março, estão a ser organizadas em diversas instituições, em especial na região Norte, onde o escritor teve uma presença marcante.

A Biblioteca Municipal da Marinha Grande não poderia deixar passar em claro as comemorações do bicentenário e, para assinalar a data, preparámos uma mostra bibliográfica, destacando algumas das suas obras mais emblemáticas.





Camilo Castelo Branco (1825-1890) foi um dos maiores romancistas portugueses do século XIX, autor de obras marcantes como Amor de Perdição, A Queda de um Anjo e A Brasileira de Prazins.
Camilo escreveu mais de 260 obras, incluindo romances, contos, peças de teatro, ensaios e traduções. A sua obra influenciou as gerações posteriores e continua a ser estudada e adaptada para cinema, teatro e televisão. Foi um dos primeiros escritores portugueses a viver exclusivamente da escrita, apesar das dificuldades financeiras constantes.

Data de 1861 o seu romance mais conhecido, Amor de Perdição, inspirado na sua própria história de amor proibido com Ana Plácido, tornou-se um clássico do romantismo português.
Em 1860 envolveu-se num escândalo ao viver um romance extraconjugal com Ana Plácido, que era casada. Os dois foram presos por adultério na Cadeia da Relação do Porto. Após um ano, foram absolvidos e passaram a viver juntos em Seide, onde Camilo escreveu grande parte dos seus livros.
Nos últimos anos de vida enfrentou problemas de saúde, incluindo cegueira progressiva, o que o impedia de continuar a escrever. A 1 de junho de 1890, desesperado com a impossibilidade de continuar a sua vida de escritor, suicidou-se na sua casa de Seide, em Famalicão.

"Como poucos autores portugueses canónicos (num espectro que vai de Gil Vicente
 a Alexandre O'Neill), Camilo era um escritor divertido, hilariante mesmo,
 como nem os comediógrafos portugueses conseguiram ser"
                                                                       Pedro Mexia, Expresso de 07/03/2025



Porquê ler os Clássicos?

É essencial para compreender as raízes culturais e literárias de um povo. No caso da literatura portuguesa, essa importância torna-se ainda mais evidente quando nos debruçamos sobre a obra de Camilo Castelo Branco, um dos maiores expoentes do romantismo em Portugal.
Os clássicos não são apenas registo de uma época. Eles permitem-nos conhecer a sociedade do seu tempo, as transformações históricas e, principalmente, a essência do ser humano.
Um dos aspetos mais fascinantes da sua obra é a forma como retrata a sociedade portuguesa do século XIX, expondo os seus costumes, valores e contradições.
Camilo Castelo Branco, com a sua prosa envolvente e a sua capacidade de explorar as emoções humanas, deixou um legado inestimável para literatura.
Ao valorizarmos os clássicos, garantimos que a riqueza da nossa literatura continue viva e acessível para as futuras gerações.



Os nossos Leitores estão convidados a (re)descobrir um
 dos maiores escritores da literatura portuguesa






março 07, 2025

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


PARA TODAS AS MULHERES E MENINAS: 
DIREITOS. IGUALDADE. EMPODERAMENTO




O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, é uma data que homenageia as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres ao longo dos anos.
Este ano, o tema escolhido é "Para TODAS as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento."
Este tema vem reforçar a necessidade de garantir que todas as mulheres, sem exceção, tenham acesso aos seus direitos, que sejam tratadas com igualdade e autonomia.
A celebração deste ano é especialmente significativa, pois marca o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, um marco global na luta pelos direitos das mulheres e meninas em todo o mundo.
Ainda há muitos desafios a enfrentar: a desigualdade salarial, a violência de género, a falta de representatividade feminina em espaços de poder e decisão, o preconceito baseado na idade.



Que este dia seja um dia de reconhecimento e valorização, mas, acima de tudo, um dia para reforçarmos o nosso compromisso com um futuro mais justo, igualitário e inclusivo.
Porque igualdade de género não é um privilégio, é um direito.



A Sala de Leitura está de portas abertas para si!

Venha explorar a nossa Mostra Bibliográfica sobre
 Mulheres que fizeram História 
e deixe-se inspirar pelas suas vidas fascinantes, cheias de conhecimento e cultura.
Não perca a oportunidade de mergulhar no universo dos livros.


Visite-nos e surpreenda-se!



fevereiro 26, 2025

TRÊS ANOS DE GUERRA NA UCRÂNIA

 


26 de fevereiro [2022]
Lviv, 322760 refugiados

"(...) A cidade inteira já está a trabalhar para esta guerra e a guerra não tem 48 horas. "Estamos em guerra há oito anos", é a frase que toda a gente diz. Mas também diz: "Mas nunca pensei, nunca pensei.". Sirenes.
(...) A história da cidade é tempestuosa. Em 1349 é polaca. Em 1648 é brevemente tomada pelos cossacos, camponeses que lutaram contra o feudalismo; democráticos para os padrões da época, elegiam já os seus próprios chefes militares. Os ucranianos, principalmente no oeste, dizem-se orgulhosamente descendentes deles. Em 1704, Lviv passa para as mãos dos suecos e é entregue à Áustria na primeira divisão da Polónia, em 1772. A Rússia chega em 1914. Os alemães invadem em 1941 e os russos voltam depois da vitória sobre os nazis, em 1945. Entre 1914 e 1945, Lviv foi de oito países, impérios, poderes e entidades diferentes. (...)


Lviv

Os russos só abandonam o país, oficialmente, em 1991, quando a Ucrânia se torna independente, mas um tratado nada pode contra as velhas redes de influência e compadrio. Muitos ucranianos consideram que, até 2004, quando o povo se revolta contra o que muitos consideram a eleição-fantoche de Viktor Yanukovich, apoiado por Moscovo, não tinha ainda havido um momento de unidade nacional contra a influência do Kremlin nos destinos da Ucrânia."



Para assinalar esta triste data, divulgamos hoje o relato das experiências 
da jornalista Ana França durante a Guerra da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. 
A autora permaneceu no país cerca de um mês, 
percorrendo diversas cidades (Lviv, Bucha, Kyiv e Mykolaiv), 
documentando os acontecimentos e conversando com os habitantes locais.
Esse mês deu origem a este livro.


A 23 de fevereiro de 2022, um dia antes do início da guerra na Ucrânia, Ana França, jornalista, estava de férias em Trieste. E é nesse dia, o último antes de o mundo mudar irremediavelmente, que começa este livro. A 26 de fevereiro já a repórter chegava a Lviv e se adentrava no terreno, conversando com as pessoas, seguindo de cidade em cidade para contar o que via, numa sequência de reportagens que agora se transformam em livro e testemunho vivo de uma guerra ainda em curso.


O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa lêem apenas uma página.
                                                                                        Agostinho de Hipona




fevereiro 21, 2025

NA REALIDADE, OS ALIMENTOS NUNCA PARARAM DE VIAJAR

 


"A comida é uma coisa cheia de passado - de temperos e técnicas que passaram de avós para netos, de tias para sobrinhas, de chineses para portugueses, de peruanos para espanhóis, de filipinos para americanos, de mães para filhos, de turcomanos para eslavos do norte, de antepassados para vindouros. E de acasos, circunstâncias (vejam-se o sucesso da batata frita, do molho de soja ou do döner Kekab) (...)
Além da enorme lista de benefícios para a humanidade, isto é útil por dois motivos. Em primeiro lugar, as fronteiras diluíram-se e não é necessário ir à Coreia para provar Kimchi ou à China para reconhecer a invenção do ramen; basta irmos até ao fundo da rua, ao outro lado da cidade. Em segundo lugar, deixaram de existir cozinhas puras (o que é um festim de melancolia) e reconhecemos que, sendo conveniente conhecermos bem as nossas raízes, tudo o resto é empréstimo, troca e renovação. A cozinha dos portugueses sabe isso pelo que beneficiou e pelo que enriqueceu a mercearia do mundo."  
                                                                                                              Francisco José Viegas,
                                                                                                              In Posfácio A Mercearia do Mundo


Com uma feijoada, um churrasco, um caril, 
uma chávena de chá de rooibos, 
um copo de cerveja
 ou uma taça de champanhe, 
vamos levá-lo a viajar pelo mundo.
É a nossa 
sugestão de leitura para o seu fim de semana


Num país em que todos falam de comida e se apaixonam pela "cozinha do mundo" (do sushi ao poke, dos dim sum ao ramen, do Vinho do Porto ao melhor azeite e ao ceviche ou às especiarias mais raras), estas páginas explicam segredos de cada ingrediente e o modo como cada prato nos chegou à mesa, do século XVIII até hoje.
Se a popularidade do ramen não atinge ainda as proporções da do döner kebab ou do hambúrguer, já o azeite, a pizza, a pimenta, a margarina, o chá, o chili com carne, o sal, a vodca ou o açúcar e o champanhe fazem parte da história da humanidade como nós a conhecemos - a comer dim sum ou cuscuz, feijoada ou sardinhas de conserva, ostras ou corn flakes, mas também beber gin ou whisky, laranjada ou cerveja.
Todas as primeiras frases de cada capítulo incluem uma data e um lugar: são o ponto de partida para fazer a história de 88 produtos (molhos, bebidas, queijos, pratos tradicionais, ingredientes, frutos e sementes) que temperam, iluminam, alimentam ou satisfazem os apetites, as papilas de um mundo sem fronteiras, desejoso de saborear e inventar. Eis como mudámos o nosso mundo e o tornámos mais saboroso.



"A história da globalização também passa pelo estômago.
O livro faz com que o gin, os bagels ou o sushi falem para contar
a história da sua globalização de uma forma acessível.
É a aposta bem-sucedida dos dois historiadores."
                                                            24 Heures








fevereiro 12, 2025

ELA ACHA QUE SABE A VERDADE


A VERDADE É QUE ELA NÃO SABE NADA




Gosta de livros policiais, de mistério, de suspense?
O romance que hoje apresentamos é um thriller viciante, bem ao estilo do seu autor: capítulos curtos, com uma narrativa que o vai prender até à ultima página, com reviravoltas chocantes, onde nos questionamos sobre o que é real ou não.

Este thriller viciante deu origem a uma minissérie que estreou a 1º de janeiro de 2024 na Netflix, com o título A Grande Ilusão (Fool Me Once), chegando rapidamente ao Top das mais vistas. 
Criador e produtor executivo de vários sucessos da Netflix, foi o primeiro autor a vencer os três mais prestigiados prémios da literatura policial nos Estados Unidos da América - o Edgar Award, o Shamus Award e o Anthony Award.
Com mais de 75 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, viu mais de 30 dos seus livros tornarem-se bestsellers e a sua obra ser traduzida em 45 línguas.

De quem falamos nós?

Harlan Coben




Ex-piloto de operações especiais, Maya voltou recentemente para casa. Um dia, vê uma imagem impensável, capturada pela câmara escondida em sua casa: a filha de dois anos a brincar com Joe, o seu falecido marido, brutalmente assassinado duas semanas antes. Tentando manter a sanidade, Maya começa a investigar, mas as descobertas só levantam mais dúvidas.
Conforme os dias passam, ela já não sabe em quem confiar, até que se pergunta: é possível acreditar em tudo o que vemos com os próprios olhos, sobretudo quando é algo que desejamos desesperadamente?
Para encontrar a resposta, Maya vai ter de lidar com os segredos profundos e as mentiras do seu passado antes de encarar a impensável verdade sobre o seu marido ... e sobre si mesma.



"Harlan Coben é como um mágico: deixa o melhor e mais surpreendente truque para o final. Atordoante"
                                                                        Publishers Weekly









fevereiro 04, 2025

MARIA TERESA HORTA, 1937-2025

 
"Sou uma pessoa extremamente triste, mas não sou frágil.
Sempre lutei pela liberdade, desde os 15 anos"


Poeta, escritora e jornalista, Maria Teresa Horta é um dos nomes incontornáveis da literatura portuguesa contemporânea e a sua obra confunde-se com a luta pela liberdade de expressão e pelos direitos das mulheres. 
Foi uma das "Três Marias", juntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, autoras em 1972,  da obra "Novas Cartas Portuguesas", um livro que denunciava a repressão e a desigualdade de género durante o Estado Novo. O livro foi censurado e as suas autores foram a julgamento, num caso de grande repercussão internacional.
Ao longo da sua carreira foi amplamente premiada, destacando-se O Prémio Autores 2017, a Medalha de Mérito Cultural em 2020, O Prémio Literário Casino da Póvoa em 2021 e em 2022 foi condecorada pelo presidente da República com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.
Em dezembro de 2024 foi incluída numa lista elaborada pela estação britânica BBC das 100 mulheres mais influentes e inspiradoras de todo o mundo. 
Nasceu em Lisboa a 20 de maio de 1937 e faleceu hoje aos oitenta e sete anos.





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