janeiro 23, 2018

TODAS AS TERRAS TÊM A SUA HISTÓRIA



"(...) Todas as terras têm a sua história, e a Marinha Grande não é exceção. Mas esta história é diferente, pois é feita com o suor e lágrimas de famílias onde nasciam verdadeiros artistas, numa arte tão própria tal como o foi tardiamente reconhecida. E foi à custa do esforço de homens, mulheres e crianças (sim, crianças!), que lutaram por si e pelos seus, bem como em prol de uma melhor vida para toda um profissão - a de vidreiro."
Alexandra Luz,
In, prefácio de Marinha Grande em Carne Viva



"(...) alguém tentava fazer alguma coisa pela indústria do vidro, nomeadamente pela Nacional. Era o Engenheiro Acácio Calazans Duarte, que tinha sido poucos anos antes nomeado pelo Estado para seu diretor, e procurava modernizar a atividade, de acordo com o que aprendera ao formar-se na Suíça, e dar melhores condições aos seus trabalhadores.
Manteve durante bastante tempo uma acérrima discussão (...) com o Engenheiro António Arala Pinto, que chefiava a 3º Circunscrição Florestal (Mata de Leiria), e que era contrário à manutenção da indústria vidreira na Marinha Grande, principalmente no caso da Nacional, argumentando com a má qualidade do vidro que era então produzido."


Caro Leitor, ficou curioso? 
Todos os factos descritos neste romance fazem parte da História da nossa cidade.
Para ficar a saber um pouco mais sobre a Marinha Grande,
só tem que nos visitar e requisitar o Livro. 


Marinha Grande em Carne Viva
Escrito por Fernando Luz
Editado pela Textiverso



As famílias Sousa e Ferreira acompanham a história da Marinha Grande entre a 1º Grande Guerra e a mortal gripe pneumónica que se lhe seguiu, até à revolta dos vidreiros desempregados que em 1931 trabalhavam na abertura das estradas do pinhal, face às terríveis condições em que se encontravam. Pelo meio, nasce uma improvável amizade entre dois jovens de condições sociais e económicas completamente diferentes.




Fernando de Jesus da Luz é Procurador-Geral Adjunto jubilado. Fez a sua formação académica na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. É natural de Maceira, Leiria, mas desde 1979 que tem a sua residência habitual na Marinha Grande. 
Devido à sua profissão esteve por várias vezes deslocado noutros pontos do país, mas mantendo sempre uma ligação próxima à Marinha Grande. Foi sócio fundador do Clube de Ténis da cidade.
Um dos seus passatempos preferido é a leitura, sendo um leitor assíduo da Biblioteca Municipal.
Na Marinha Grande receita da venda deste livro reverteu para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da cidade e, em Leiria, a receita foi para a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral.


Boa Semana Boa Leitura






janeiro 17, 2018

FRAGMENTOS







FRAGMENTOS é a denominação de uma nova página, que passará a encontrar nos nossos blogues. No ano em que se assinala o Ano Europeu do Património Cultural, a Biblioteca Municipal irá publicar 12 fragmentos do nosso património concelhio, um por mês. Desta forma, pretendemos dar o nosso contributo para incentivar a pesquisa e o conhecimento, dando a conhecer ou relembrando acontecimentos, lugares, memórias, daquilo que nos identifica e que, historicamente, nos une enquanto comunidade. 
O presente vive-se, o futuro há-de vir, mas o passado fica sempre: é o nosso Património.

Não deixe de passar todos os meses por AQUI







dezembro 22, 2017

AS TRADIÇÕES SÃO PARA SE CUMPRIREM : AQUECEM-NOS POR DENTRO

Ilustração de Stevan Dohanos

"Quando chega dezembro, parece que, de repente, as pessoas endoideceram. É uma estranha loucura de inverno, um ritmo de vida frenético, uma má disposição com que se acorda, mas uma má disposição diferente de todas, e sem qualquer razão aparente, que nos faz andar com um estúpido sorriso nos lábios enquanto nos acotovelamos nas lojas, com licença, com licença, desculpe mas eu vi primeiro este urso de pilhas, com licença, com licença que estou na minha hora de almoço e esta é a única altura em que posso vir às compras, e eu?, se calhar julga que ando aqui a brincar, não?, tivesse vindo mais cedo se não queria atrapalhações, mais cedo?, qualquer dia começamos a fazer as compras de Natal em agosto, e por que não?

Ilustração de Norman Rockwell
Pois é. Todos os anos pela mesma altura fazemos as mesmas tristes figuras, e todos os anos prometemos que para o ano é que tudo vai ser diferente, e todos os anos refilamos que o Natal não é isto, que o Natal está a perder toda a sua espiritualidade, o Menino a nascer nas palhinhas, a mensagem de fraternidade e humildade e essas coisas - ouvimos logo o marido a perguntar se já comprámos a prenda para a mulher do patrão, "Olha que tem de ser coisa que se veja, aí não se pode poupar" ou então é a mãe que nos telefona a saber se já comprámos a prenda para ela dar aos netos, sim porque nós estamos folgadas e cheias de tempo, ela é que não tem um minuto livre, e além do mais nós é que sabemos do que as crianças precisam, que o tempo não vai para gastar dinheiro em presentes inúteis.
Com tudo isto, palavra que me faz uma confusão tremenda que ainda haja crianças que acreditem no Pai Natal. Elas acompanham os pais em intermináveis excursões de compras aos hipermercados, esperam horas infindas na bicha da caixa registadora com carrinhos ajoujados de compras (à vista desarmada empilham-se Nenucos - raio de nome que foram dar ao boneco - Meus Pequenos-Póneis, Sega Mega Drives, Barbies e Kens, ursos de peluche de três metros de altura) e elas ainda têm a força e a inocência q.b. para acreditarem  que tudo aquilo lhes vai parar às mãos no dia 25, por obra e graça do Pai Natal.
Que está lá muito longe, num sítio que elas ainda não perceberam bem se é o céu ou um país cheio de neve, mas seja onde for as novas tecnologias já lá chegaram, pois elas ainda há dias o viram na televisão a falar directamente com crianças de vários países. Neste momento até já deve estar na internet."
                                                                         
 In, Pezinhos de Coentrada, de Alice Vieira


Aproveite o tempo livre da quadra natalícia para ler. 
Requisite o livro na sua Biblioteca Municipal.








dezembro 15, 2017

NÃO SOU O ÚNICO



"Os Stones foram a banda que me levou a ser músico e me levou a tocar guitarra"




"Aprendi e experimentei muitas coisas. Tive algumas relações amorosas importantes, que me ensinaram muito e me fizeram crescer. Tenho orgulho na minha carreira profissional e gosto do que faço. Sou um homem feliz e apaixonado pela vida. Para além disso, tive uma sorte incrível por tudo o que vivi, o que faço e a família que tenho. Não tenho queixa nenhuma."
                                                                             
Entrevista a Inês Mestre em julho de 2004


A partir da próxima semana e até ao fim do mês,a nossa mostra bibliográfica
no átrio de entrada da Biblioteca Municipal será dedicada a biografias.

Assim, sugerimos-lhe ler a biografia de Zé Pedro
guitarrista dos Xutos & Pontapés,
escrita pela sua irmã Helena Reis,
editado pela Presença.




Neste livro somos convidados a entrar no mundo de Zé Pedro, dos seus sonhos, das suas paixões. Viajamos à sua infância festiva e luminosa, aos verões intemporais na praia do Vau, aos anos de adolescência nos Olivais, ao estonteante começo dos Xutos & Pontapés, aos amores vividos e sonhados, às conversas lânguidas e intermináveis no alpendre da casa de Melides, aos grandes sucessos da banda e ao fervor dos fãs, ao Johnny Guitar e ao panorama musical da época, às incontáveis tournées pelo país e estrangeiro... e sempre às muitas e belíssimas histórias que o acompanharam e nos encantaram.
É uma viagem apaixonante e irresistível que este livro nos propõe e uma oportunidade única de ficarmos a conhecer por dentro o sonho inabalável de um homem que mudou para sempre a história do rock português e que nos deixou no passado dia  30 de novembro.




"Foi ele que me fez imaginar que afinal era possível. Não só era possível, estava a acontecer!"
                                                                                                            Tim













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