setembro 15, 2017

PARA SEMPRE É MUITO TEMPO

Para a sua leitura de fim de semanasugerimos uma das autoras de maior sucesso a nível mundial e também uma das preferidas dos nossos leitores.


"Alma ia ter pela frente muitos anos para analisar com serenidade os seus atos de 1955. Nesse ano teve consciência da realidade e as tentativas para atenuar a vergonha imensa que a atormentava foram inúteis. A vergonha da irresponsabilidade de ficar grávida de Ichimei, de amar Ichimei menos do que a si mesma, do seu horror à pobreza, de ceder à pressão social e aos preconceitos raciais, de aceitar o sacrifício de Nathaniel, de não se sentir à altura da amazona moderna que fingia ser, do seu carácter pusilânime, convencional e mais meia dúzia de epítetos com os quais se castigava."
                                                                                                                In, O Amante Japonês




O Amante Japonês percorre diversas épocas e lugares, que fizeram história no século XX. A Segunda Guerra Mundial, o genocídio judeu, os campos de concentração americanos para os japoneses e nipo-americanos, a sida, a homossexualidade, woodstock, as drogas...

Mas voltemos ao princípio ...
Em 1939, quando a Polónia capitula sob o jugo dos nazis, os pais da jovem Alma Belasco enviam-na para casa dos tios, uma opulenta mansão em São Francisco. Aí, Alma conhece Ichimei Fukuda, o filho do jardineiro japonês da casa. Entre os dois brota um romance ingénuo, mas os jovens amantes são forçados a separar-se. Na sequência do ataque a Pearl Harbor, Ichimei e a família - como milhares de outros nipo-americanos - são declarados inimigos e enviados para campos de internamento.
Alma e Ichimei voltarão a encontrar-se ao longo dos anos, mas o seu amor permanece condenado aos olhos do mundo.
Décadas mais tarde, Alma prepara-se para se despedir de uma vida emocionante. Instala-se na Lark House, um excêntrico lar de idosos, onde conhece Irina Bazili, uma jovem funcionária com um passado igualmente turbulento. Irina torna-se amiga do neto de Alma, Seth, e juntos irão descobrir a verdade sobre uma paixão extraordinária que perdurou por quase setenta anos.



"- Para sempre é muito tempo, Alma. 
Creio que voltaremos a encontrar-nos em circunstâncias mais adequadas ou noutras vidas."                                                                                                                                                                              
                                         


Isabel Allende nasceu a 2 de agosto em Lima, no Peru.
Viveu no Chile entre 1945 e 1975, com largos períodos de residência noutros locais, na Venezuela até 1988 e, desde então, na Califórnia. Começou por trabalhar como jornalista, no Chile e na Venezuela. Em 1982, o seu primeiro romance, A Casa dos Espíritos, baseada nas recordações da sua infância, converteu-se num dos títulos míticos da literatura latino-americana. Seguiram-se muitos outros, todos eles êxitos internacionais.
A sua obra está traduzida em trinta e cinco línguas. Já foi galardoada, em 2010, com o Prémio Nacional de Literatura do Chile e homenageada, em 2014, pelo antigo Presidente dos EUA, Barack Obama, com a Medalha Presidencial da Liberdade.


"Ninguém conta histórias sobre mulheres fortes de um modo tão apaixonante como Isabel Allende"
                                                                                                                    Cosmopolitan


Pintura de Didier Lourenço



Bom Fim de Semana e Boas Leituras 




setembro 06, 2017

SE ALGO PODE CORRER MAL, CORRERÁ MAL

No século XXI muitas coisas podem vir a correr mal.
Mais uma vez se aplica, a já sobejamente conhecida e confirmada ad nauseam, lei de Murphy: "Se algo pode correr mal, correrá mal". Não adianta nada ficar ansioso, porque podemos ter a certeza de que "se sabemos que algo pode correr mal e tomamos as devidas precauções, correrá mal outra coisa qualquer" e, para cúmulo, esta é uma lei que se concretiza sempre na pior das alturas.
Mas não desanimemos, porque "a experiência permite-nos reconhecer um erro sempre que o voltamos a fazer" e tem também a vantagem de "nos levar a cometer erros novos em vez dos antigos".
Além disso "existe sempre uma solução fácil para qualquer problema humano - clara, plausível e ... errada". Mas podemos sempre optar por não fazer nada, pois "quanto menos se faz, menos coisas podem correr mal".
Resta-nos aguardar, sem pressas, por todos os males que aí vêm, pois "ser pontual significa apenas que o nosso erro será cometido a tempo".

  • A política é arte de obter votos dos pobres e fundos de campanha dos ricos prometendo a ambos protegê-los uns dos outros.
  • Se dois homens concordam em tudo, é porque só um deles está a pensar.
  • A probabilidade de um computador bloquear é diretamente proporcional à importância do documento em que se está a trabalhar.
  • Estamos a fazer progressos. As coisas estão a piorar mais devagar.




Aqui estão as leis de Murphy, ao seu dispor na Biblioteca Municipal, que o irão acompanhar no seu dia a dia no século XXI  e que o vão ajudar a perceber que não está sozinho em maré de azar.
Informática, engenharia, comunicação, desporto, etc, etc...nada escapa.
E lembre-se que o "sujeito a quem acabou de tirar o lugar no parque de estacionamento será de certo aquele que o irá entrevistar para o seu novo emprego".



Arthur Bloch, autor norte americano, é um dos autores mais lidos do mundo, conseguindo, através de uma escrita inventiva e inteligente, transmitir sentido de humor partindo de situações que nada têm de engraçado. Arthur Bloch reúne princípios de Murphy e adapta-os a situações da vida real, introduzindo-lhes sempre muito humor e boa disposição, conduzindo os leitores à gargalhada. Talvez por isso, os seus livros sejam bestsellers mundiais. 





E já agora, 
sabe o leitor quem foi Murphy?




Edward A. Murphy (11/01/1918 - 17/07/1990) foi um engenheiro aeroespacial da NASA, que criou, em 1960, um princípio que atribui significados matemáticos às circunstâncias catastróficas, destacando que se houver a probabilidade de ocorrer uma catástrofe, ela vai certamente acontecer. Formulou a sua "lei" na sequência de testes feitos para medir os efeitos da aceleração e desaceleração em pilotos e baseia-se na nossa memória seletiva perante factos ocorridos, que explica a tendência que temos para a negatividade, dando especial ênfase aos pontos negativos em detrimento dos positivos ou neutros.


Os seres humanos são os únicos animais capazes de voltar atrás 
e cometer os erros que antes tinham evitado.



Não cometa o erro de não ler este livro




agosto 23, 2017

CONSEGUE ADIVINHAR?



"Entre as melhores pessoas da minha vida, estão alguns livros"
                                                               Valter Hugo Mãe





Caro Leitor, junte a família e ao som dos AC/DC  tente adivinhar o nome dos filmes
 que se passam nestas fantásticas Bibliotecas!







"Para você, eu era um capítulo.
Para mim, você era o livro"
                                                                                    Charles Bukowski



Boa Semana com Boas Leituras e Bons Filmes

agosto 18, 2017

O SEGREDO DA MINHA IRMÃ


               

Um segredo com mais de 20 anos


Entre uma bolacha e um chá, as nossas leitoras reuniram-se
para tentar decifrar o segredo da irmã da Riley.
Uma história misteriosa que nos prende a cada virar de página,
com personagens apaixonantes e reviravoltas inesperadas.


Para ficar a saber qual é o segredo...
O Leitor só tem que se deslocar à Biblioteca Municipal e requisitar este livro,
que faz parte das nossas escolhas (A)Gosto,
para a sua leitura de fim de semana.


Escrito por Diane Chamberlain
Publicado pela Topseller
O Segredo da Minha Irmã





Depois da morte do pai, Riley MacPherson regressa a casa para organizar as cerimónias fúnebres e tratar da divisão dos bens. No entanto, em vez de conseguir fechar um ciclo doloroso e encontrar a tranquilidade de que tanto precisa, Riley depara-se com a possibilidade de, afinal, ter sido adotada.
Teria, realmente, vivido 25 anos a acreditar numa mentira? que outras revelações estariam ali, prontas para serem descobertas?
Confusa e sedenta de respostas, inicia uma investigação arriscada para encontrar toda a verdade sobre a sua origem. Uma busca emocionante que acaba por desenterrar informações e factos misteriosos acerca da sua irmã Lisa, uma violinista-prodígio que, supostamente, teria cometido suicidio há mais de 20 anos.
À medida que as peças do puzzle se encaixam, Riley percebe que nada é o que parece. Resta saber se estará preparada para a verdade e se será capaz de a aceitar de braços abertos.



"- Conseguiste a tua liberdade, Lisa, mas eu e o Danny apanhámos prisão perpétua, 
sendo obrigados a viver numa casa cheia de mentiras"





Diane Chamberlain é uma autora bestseller norte-americana, com 23 títulos publicados em mais de 20 línguas. Apaixonada pela leitura e pela escrita desde criança, viu o seu primeiro romance publicado em 1989, título esse que lhe valeu um prémio RITA, atribuído pela Associação Americana de Escritores de Romance.
É licenciada em Serviço Social pela Universidade de San Diego, ainda que não exerça a sua profissão para poder dedica-se inteiramente à escrita e aos livros. Para a autora, a verdadeira magia da escrita está na possibilidade de tocar os leitores com as suas palavras.
Atualmente, vive na Carolina do Norte com o seu marido e os seus dois cães, Keeper e Jet.



Ilustração de C.F. Payne


BOM FIM DE SEMANA E BOAS LEITURAS



agosto 09, 2017

PRECISO QUE VÁ AO ESTRANGEIRO NUMA MISSÃO



"- E para onde é que eu vou exatamente? (...)
 - Birmânia? - sussurrou. (...)
 - Sim. Mas hoje em dia chama-se Myanmar, sabe disso? (...)
A visita à Birmânia era uma viagem demasiado cara para as suas posses, mas, mais do que isso, durante muito tempo o país tinha sido uma zona interdita por motivos políticos. Eva lera sobre a agitação entre as tribos das montanhas, o governo repressivo, e a prisão domiciliária de Aung San Suu Kyi, a mulher que todos adoravam e que sacrificara a sua vida pessoal para lutar pela democracia para o seu povo."





Caro Leitor, caso não possa ir em missão ao estrangeiro,
propomos-lhe uma leitura irresistível com excelentes descrições
que servem uma história intrigante que emociona do princípio ao fim.
Com paisagens, aromas inebriantes dos mercados,
das ruas e das fragrâncias dos jardins,
somos transportados para os cenários mágicos da Terra Dourada



Rosanna Ley escreveu
Porto Editora editou
Regresso a Mandalay




Eva Gatsby interrogou-se inúmeras vezes sobre o passado do avô, Lawrence Fox, e o que teria exatamente acontecido na Birmânia, quando ele ainda jovem ali viveu. Eva dedica-se à restauração de antiguidades e os patrões propõem-lhe uma viagem de trabalho àquele país - sobre o qual a avô desde sempre lhe contara histórias fascinantes. É então que Lawrence decide quebrar o silêncio e finalmente falar-lhe do grande amor da sua vida, Maya, a mulher que nunca esqueceu. Numa tentativa de sarar as feridas do passado, confia a Eva uma missão que se revelará de contornos imprevisíveis.
Eva inicia, assim, uma jornada que irá reconstruir o mosaico da história da família e que em simultâneo a obrigará a confrontar-se com a sua capacidade de voltar a acreditar no amor.



"- Há uma coisa que deveria ter sido feita há muito , muito tempo - murmurou ele. - Eu já não posso, claro, é demasiado tarde para mim. Talvez tenha cometido um erro terrível. Não sei bem se é esse o caso. Mas se tu..."
                                                                                                                 





Rosanna Ley é professora de escrita criativa e é autora de inúmeros artigos e histórias publicados em diversas revistas no Reino Unido. Os seus romances estão editados em 15 países. 
A autora passa férias em locais que lhe servem de inspiração e quando não está a viajar, vive no West Dorset, junto ao mar.






Boa Semana e Boas Leituras




agosto 04, 2017

PASSE E ESCOLHA . . . [A]GOSTO

Faça as suas escolhas (a)gosto e leia, . . . da forma que mais gostar.


Assim, . . . no sofá:



Ou assim, . . . na praia:



Ou assim, . . . com companhia:


Ou assim, . . . de uma forma mais fresca:






Na Biblioteca Municipal pode fazer as suas escolhas.













Escolha (a)gosto . . . a melhor forma e o melhor livro.












julho 28, 2017

DESCULPE, SENHOR INSPETOR HOUVE UM CRIME.


É sexta-feira, vem aí mais um Fim de Semana que, para muitos de nós, é também o começo das tão desejadas Férias, mas . . . não se está a esquecer de nada, Caro Leitor?

Ilustração de Denis Zilber


Para que o Leitor não tenha de se preocupar com a leitura, 
aceite a nossa sugestão de leitura de fim de semana que tem como 
pano de fundo o Portugal contemporâneo, um país traído por uma elite política corrupta, 
que sofre sob o peso dos seus próprios erros históricos.



A SENTINELA
Escrito por Richard Zimler
Editado pela Porto Editora


6 de julho de 2012. Henrique Monroe, inspetor-chefe da Polícia Judiciária, é chamado a um luxuoso palacete de Lisboa para investigar o homicídio de Pedro Coutinho, um abastado construtor civil. Depois de interrogar a filha da vítima, Monroe começa a acreditar que Coutinho foi assassinado ao tentar defender a perturbada adolescente do violento assédio sexual de algum amigo da família. Ao mesmo tempo, uma pen que o inspetor descobre escondida na biblioteca da casa contém alguns ficheiros com indícios de que a vítima poderá também ter sido silenciada por um dos políticos implicados na rede de corrupção que o industrial montara para conseguir os seus contratos.


"Todo o assassinato é um sinal de fracasso - fracasso em perdoar, em compreender, em conseguir justiça de outra maneira. Em encontrar uma porta de saída.
Por isso pergunto-me que fracasso se esconderá ensopado em sangue no tapete de Coutinho.
O mais provável é que um dos seus amigos ou conhecidos, com cuja mulher ou namorada Coutinho ..."


Para chegar ao desfecho deste crime, 
só tem que vir à Biblioteca Municipal e requisitar o livro.



Richard Zimler nasceu a 1 de janeiro de 1956 em Roslyn, um subúrbio de Nova Iorque. Fez um bacharelato em Religião Comparada na Duke University e um mestrado em jornalismo na Stanford University. Trabalhou como jornalista durante oito anos, principalmente na região de São Francisco.
Em 1990 foi viver para o Porto, onde lecionou jornalismo, primeiro na Escola Superior de Jornalismo e depois na Universidade do Porto. No últimos 19 anos, publicou 10 romances, uma coletânea de contos e dois livros para crianças, que rapidamente entraram nas listas de bestsellers de vários países (Portugal, Brasil, EUA, Inglaterra, Itália, ...).
O autor tem atualmente dupla nacionalidade, americana e portuguesa.
A 9 de julho deste ano recebeu a Medalha Municipal de Honra da Cidade do Porto e confere ao agraciado o título de "Cidadão do Porto".


Richard Zimler já ganhou diversos prémios:
  • Em 1994 o National Endowment of the Arts Fellowship in Fiction (EUA)
  • Em 1998 o Prémio Herodotus (EUA) para o melhor romance histórico
  • Em 2009 o Prémio literátio Alberto Benveniste 
  • Em 2009 o seu livro Os Anagramas de Varsóvia foi nomeado o Melhor Livro de 2009 pela revista LER e pelos alunos das escolas secundárias de Portugal - Prémio Marquês de Ouro
  • Ainda em 2009, o autor escreveu o guião para a curta-metragem O Espelho Lento, baseado num dos seus contos. O filme foi realizado nesse mesmo ano pela realizadora sueco-portuguesa Solveig Nordlund e venceu o Prémio de Melhor Filme Dramático no Festival de Curtas-Metragens de Nova Iorque em maio de 2010.



" Richard Zimler é um escritor emblemático e de indispensável leitura"
                                                                   Helena Vasconcelos



Ilustração de Iban Barrenetxea


Boas Leituras





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