maio 03, 2013

SUGESTÃO DE FIM DE SEMANA

O fim de semana aproxima-se e com ele mais um dia dedicado a todas as mães.

 
Então, a nossa sugestão de leitura de fim de semana vai ser este livro de cartoons:
 
 



MAMÃ
 
de Cathy Guisewite
Editora Gradiva
 
"Uma terna e sensível homenagem à relação mais forte e importante das nossas vidas, MAMÃ celebra os conflitos irresistíveis e a espantosa ligação afectiva entre mães e filhas de todo o mundo. MAMÃ é como um álbum de recordações - um álbum de sonhos esquecidos, conselhos ignorados, choques de personalidade e pequenas conversas cheias de ternura e compreensão. Para colocar tudo isso na perspectiva certa, mantenha este livro sempre à mão."


 
 
 
 
 
Cathy Guisewite
"O fenómeno Cathy nasceu no final dos anos 70, quando Cathy Guisewite enviou algumas tiras à Universal Press para não ter de passar pela vergonha de ser a mãe a fazê-lo. Quando poucos dias mais tarde, recebeu um contrato pelo correio, o que Cathy fez foi «telefonar à mãe, comprar um estirador e comer uma caixa de donuts». Hoje as tiras de Cathy são publicadas me mais de 350 jornais e revistas em todo o mundo. O talento de Cathy Guisewite para apresentar as angústias e as ambições de uma geração numa perspectiva humorística acabou por tornar a protagonista dos seus cartoons numa espécie de porta-voz das mulheres modernas. A autora, que vive na Califórnia, passa grande parte do seu tempo no sótão da sua casa a desenhar tiras e pranchas que se destinam «a todos aqueles cuja vida gira em torno da comida, do amor, da mãe e da carreira, os quatro grupos básicos da culpa».
Fonte: site da editora



TENHA UM BOM FIM DE SEMANA
 



 
 

abril 29, 2013

DIA MUNDIAL DA DANÇA






"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."
                                                                                                        Friedrich Nietzsche



Hoje celebra-se o Dia Mundial da Dança.

Criado em 1982 pelo Comité Internacional da Dança da UNESCO como uma homenagem ao criador do ballet moderno, Jean Georges Noverre (1727-1810), este dia tem por objectivo chamar a atenção do público em geral para a importância da dança e incentivar o apoio por parte das entidades governamentais para esta arte.
 
 
 
"A maior função da dança, é a de ajudar o homem a formar um conceito mais nobre de si próprio".
                                                                                                 Ruth Saint-Denis
 
Celebração da independência do Zimbabwe, 1980
 
 
A dança é uma das expressões artísticas mais antigas. Em todas as épocas e em todos os países, o homem dançou.

Na pré-história dançava-se pela vida, pela sobrevivência. O homem evoluiu e a dança obteve características sagradas, os gestos eram místicos e acompanhavam rituais. Na Grécia, a dança ajudava nas lutas e na conquista da perfeição do corpo, já na Idade Média a dança tornou-se profana, ressurgindo no Renascimento.
A dança tem história e essa história acompanha a evolução das artes visuais, da música e do teatro.
 
Mahatma Gandhi a dançar

 


Dançar, dançar, dançar...basta querer, é só começar!
 
Não sabe como?
 
 
Na sua biblioteca encontrará bibliografia que o vai ajudar a
começar com alguns passos de dança.

 
O exercício é benéfico para o corpo e para a mente. Fá-lo sentir com mais energia e melhor preparado para os desafios da vida.
Ao dançar o leitor irá notar uma melhoria na sua pose, na graciosidade, no alinhamento e na coordenação, assim como um melhor entendimento do ritmo, mais capacidade de memória e de concentração, uma auto-estima mais elevada e um maior proveito da música.
 

"Antes de o homem aprender a voar é necessário
ensiná-lo a andar, correr e dançar".
                                                                                                        Friedrich Nietzsche
 

 
Tenha uma Boa Semana e Dance!


abril 26, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA


Livro cheio de jogos de espionagem, intriga de bastidores, Gestapo, MI6, PIDE,
todos a conspirarem e tudo passado em Portugal,
enquanto na Europa havia uma Guerra.
 
1940, refugiados judeus a chegarem a Portugal
 
É a nossa sugestão de leitura de fim de semana
 
Enquanto Salazar Dormia...
Domingos Amaral
Editora Leya
 
 

Lisboa, 1941. Um oásis de tranquilidade numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial. Os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários e actrizes, judeus e espiões. Portugal torna-se palco de uma guerra secreta que Salazar permite, mas vigia à distância. Jack Gil Mascarenhas, um espião luso-britânico, tem por missão desmantelar as redes de espionagem nazis que actuavam por todo o país, do Estoril ao cabo de São Vicente, de Alfama à Ericeira. Estas são as suas memórias, contadas 50 anos mais tarde.
Recorda os tempos que viveu numa Lisboa cheia de sol, de luz, de sombras e de amores. Jack Gil relembra as mulheres que amou; o sumptuoso ambiente que se vivia no Hotel Aviz, onde espiões se cruzavam com embaixadores e reis; os sinistros membros da polícia política de Salazar ou mesmo os taxistas da cidade.
Um mundo secreto e oculto, onde as coisas aconteciam "enquanto Salazar dormia", como dizia ironicamente Michael, o grande amigo de Jack, também ele um espião do MI6.



Domingos Freitas do Amaralfilho do político Diogo Freitas do Amaral,  nasceu a 12 de Outubro de 1967, em Lisboa. Depois de se ter formado em Economia, pela Universidade Católica Portuguesa, e de ter feito um mestrado em Relações Internacionais na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, Estados Unidos, decidiu seguir uma carreira como jornalista.
Trabalhou no extinto jornal O Independente durante onze anos, além de ter colaborado com várias outras publicações, como o Diário de Notícias, Grande Reportagem, City, Invista e Fortuna. Colaborou também com a Rádio Comercial e com a estação televisiva SIC. Foi o director da revista portuguesa GQ e da Maxmen. Colabora também com o Diário Económico e colaborou igualmente com a revista Grazia.




Como no fim de semana
o tempo não vai estar bom para passeios, o melhor é ficar em casa com um bom livro cheio de intrigas e ação na companhia do seu gato.

Bom fim de semana 



abril 25, 2013

25 DIAS, 25 POEMAS

 
Hoje chega ao fim a nossa iniciativa
25 DIAS, 25 POEMAS
com aquele que é o poema mais
emblemático do
25 de ABRIL de 1974
 



GRÂNDOLA, VILA MORENA 

Grândola vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti ó cidade
 
Dentro de ti ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola vila morena
 
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola vila morena
Terra da fraternidade
 
Terra da fraternidade
Grândola vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
 
À sombra de uma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
 
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra de uma azinheira
Que já não sabia a idade.
 
Zeca Afonso
 
 
 
 

abril 23, 2013

25 DIAS, 25 POEMAS DE LIBERDADE




O QUE AQUELA NOITE ME QUIS DAR

 
Eu não estava em casa nessa noite, filho,
nem podia estar. Estava nas ruas com os soldados
que rumavam às rádios e aos quarteis, engalanados
de sombra e de júbilo, a ver o que aquela noite
ia dar, o que a nossa liberdade prometia ser.
E tu, filho, tinhas a idade rumorejante
desse Abril embalado por uma canção do Zeca.
Como posso eu explicar-te tudo aquilo
que tu nasceste para aprender, para viver?
Eu estava aquartelado no meu silêncio
de pétalas, sílabas e marés, no dédalo
de vozes embriagadas pelo vento,
na coragem errante das pelejas da infância
e pouco ou nada sabia do mistério desse mês
capaz de transformar em assombro as nossas vidas.
Sim, sou eu neste retrato antigo,
a receber em festa os exilados, os que chegavam
com grinaldas de cantigas e a flor de uma ilusão
bordada a sangue e espuma no capote das nocturnas caminhadas.
Sim, sou eu a escrever a primeira reportagem
do primeiro de muitos dias em que o tempo
deixou de contar, em que os relógios
se tornaram corolas de paixão e riso
na lapela larga da alegria desta pátria.
 
Eu não estava em casa nessa noite, filho,
estava a afinar o coração pelo tom
das mais belas melodias que alguém pode aprender
para dar a quem ama a paz de um sono
sem tormento.
 
                                         José Jorge Letria,
in Abril 30 Anos Trinta Poemas
 
 
 
 


abril 22, 2013

ONDE É QUE VOCÊ ESTAVA NO 25 DE ABRIL?

 
0.30 Transmissão do Programa "Limite"
da Rádio Renascença da Canção "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso, que constituiu a senha para o desencadear das operações do Movimento Militar.
 
 
 
 
 
As comemorações do 25 de Abril de 1974, estão à porta.
 
Neste livro, o leitor encontrará uma recolha de testemunhos de algumas pessoas bem conhecidas, feita por Gilda Nunes Barata. Este livro fala de coisas íntimas, de memórias daquele dia tão especial e que refletem um tempo e uma época. Já passaram 39 anos!
 
 
O leitor sabe onde estava Francisco Louçã em 1974?
 
O leitor sabe que Odete Santos tinha um julgamento marcado para esse dia?
 
E que Diogo Freitas do Amaral tinha 32 anos nessa altura e estava no Hotel do Mar em Sesimbra a preparar as provas de agregação na Universidade de Lisboa?
 
E onde estava Jorge Sampaio?, Maria Teresa Horta?, Maria de Lourdes Pintassilgo?
 
 
 
 
 
Em 1974, Miguel Sousa Tavares tinha 22 anos, era estudante-trabalhador.
"(...) "Acabou no Largo do Carmo", onde estava o seu pai em cima de uma guarita frágil e um cunhado seu que fazia parte da coluna de Salgueiro Maia como "atacante".
Ainda hoje guarda as cápsulas de G3 de tiros disparado para o ar, nesse dia radical todo passado na rua, "atrás das tropas, de um lado para o outro".(...).
No dia seguinte, o pai, Francisco Sousa Tavares, telefonou-lhe e disse: "Vamos libertar os nossos clientes a Caxias!" É que pai e filho trabalhavam num escritório de advogados e tinham clientes que eram presos políticos. (...)
O conceito de liberdade não nasceu comigo por ser filho de uma poetisa. Nasceu já comigo. Eu sempre fui uma pessoa revoltada contra a autoridade. Os meus pais apenas exacerbaram isso. "A grande lição de vida dos pais foi "o ser livre. As pessoas aprenderem a pensar pelas suas cabeças e não terem medo de fazer aquilo que pensam que está certo". E acrescenta: "Ainda hoje acho que não há melhor valor que a liberdade. E digo e hei-de morrer a dizer que o dia mais feliz da minha vida foi o 25 de Abril de 74."
 
 
 
"Tenho medo que a liberdade se torne um vício"
                                                                        
Miguel Sousa Tavares, in Rio das Flores
 
 
 
***************************************************
 
 
 
 
25 de ABRIL
 
 
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
 
                                                 Sophia de Mello Breyner Andresen,
in O Nome das Coisas
 
 
 
 
 


abril 21, 2013

25 DIAS, 25 POEMAS



10.º POEMA DE ABRIL


acolher maio com punhos
de metal

repartir orvalhadas rosas
bagos de coral

agitar bandeiras espigas
ruivas
na luz fria

alagar as ruas do límpido cantar
como semeando faias na penumbra
da alegria

dizer íris com verdes asas
povo com mica dum clamor
fabril

gritar este dia com agulhas
de cristal
e fecundar Abril

José Manuel Mendes,
in Abril 30 anos




Escritor português, José Manuel Mendes nasceu em setembro de 1948, em Luanda. Elegeu a cidade de Braga para viver, onde, desde a adolescência, se destacou como um lutador contra o poder ditatorial instituído pelo Estado Novo, no seio dos movimentos estudantis, associativos e políticos. Fez o ensino superior em Coimbra, licenciando-se em Direito.
Escritor prestigiado no meio intelectual, com cerca de 30 títulos publicados, desde a poesia ao ensaio, o autor manifestou, desde muito jovem, o seu pendor criativo, tendo publicado o seu primeiro livro de poesia aos 15 anos. Caracterizados por um grande rigor estético e formal, os seus textos deixam transpirar as profundas preocupações sociais.
O reconhecimento da sua obra saltou as fronteiras do nosso país e muitos dos seus livros foram traduzidos em várias línguas e incluídos em antologias de literatura portuguesa, publicadas na Bulgária, República Checa, Alemanha e Bélgica.
Em 1995 foi condecorado pelo Presidente da República Mário Soares como Grande Oficial da Ordem do Mérito.

abril 19, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA


 "Portugal é meu porque o herdei,
 porque o paguei e porque o conquistei."
 

Sabe o leitor de quem é esta frase?
Será da Troika?, do FMI?, do Deutsche Bundesbank?
 
 
"Uma nação que não merece
usufruir pátria tão deliciosa."
 
O autor desta frase vai mais longe ao dizer que "Portugal é um dos mais belos, dos melhores e mais agradáveis países do mundo, habitado, porém, por uma nação que não merece usufruir pátria tão deliciosa".

 
Sabe o leitor quando e por quem foi dita aquela frase?
 
 
"As moscam mudam mas a merda é a mesma."

 
Sabe quem inventou a mais repetida frase da política portuguesa?
 
Frase "(...) que caiu no goto do espírito dos portugueses, sempre desconfiados do arranjinho que "eles", os de cima, combinaram contra os de baixo".
 
 
 
 
 
"O povo unido jamais será vencido"
 
O leitor sabe que este slogan foi importado do Chile?
 
"O slogan de apoio aos militares insurretos gritado no 25 de Abril. Tornou-se o grito "oficial" de então em diante em todas as manifestações de apoio ao Movimento das Forças Armadas (MFA) e ao novo regime democrátito. Foi inspirado na palavra de ordem da Frente Popular que apoiou a eleição do socialista Salvador Allende para Presidente do Chile, em 1970, e gritada por toda a Europa nas manifestações contra o golpe do general Augusto Pinochet. Como o "no pasarán", dos derrotados republicanos espanhóis, gritado enquanto os franquistas passavam a caminho de Madrid, o novo grito também não era de bom augúrio: Allende fora assassinado há menos de um ano, em setembro de 1973, e a democracia chilena afogada em sangue. (...). 
 
 *****
 
Numa altura que estamos a caminhar para as comemorações de uma data tão importante para o nosso país, estas e outras frases emblemáticas da nossa história  e que fizeram história, fazem parte do livro que hoje vos sugerimos para leitura de fim de semana.
 
 
 
Frases que fizeram a
História de Portugal
De Ferreira Fernandes e João Ferreira
da Editora A Esfera dos Livros
 
Obra inédita e surpreendente que tráz à luz do dia esta espécie de senhas e contra-senhas da nossa identidade, lhes atribui um autor, quando possível, uma data e o contexto em que foram ditas. A matéria-prima é inesgotável.
Um livro indispensável pra melhor ficar a conhecer a História de Portugal.
É um livro para todos, desde os curiosos da História, iniciados ou leigos, até aos simplesmente interessados... em coisas interessantes. Livro escrito a pensar nos leitores.
 
 

 
"Um livro fantástico de leitura empolgante"
Francisco José Viegas

 
 
Ferreira Fernandes é jornalista do Diário de Notícias.
Recebeu diversos prémios de reportagem, dos quais destacamos o Prémio Fernando Pessoa de Jornalismo, o Prémio de Reportagem da Fundação Luso-Americana, o Prémio Bordalo - Jornalista do Ano, do Clube de Jornalistas do Porto.
É autor de coletâneas de reportagens e dos livros Os Primos da América, Sampaio- Retratos de uma Vitória, Lembro-me que..., e Madeirenses Errantes.
 
 
 


João Ferreira é jornalista e diretor da NS, revista do Diário de Notícias.
Mestre em História Cultural e Política, é investigador do Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa e professor convidadoda European University.
Colaborou no Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses.
 
 
 
 
 

 
 
BOM FIM DE SEMANA
 COM MUITA HISTÓRIA
 
********************************************
 
 
 
 
 
SONETO IMPERFEITO DA CAMINHADA PERFEITA
 
 
Já não há mordaças, nem ameaças, nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
em que os poetas são os próprios versos dos poemas
e onde cada poema é uma bandeira desfraldada.
 
Ninguém fala em parar ou regressar.
Ninguém teme as mordaças ou algemas.
- O braço que bater há-de cansar
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
 
Versos brandos... Ninguém mos peça agora.
Eu já não me pertenço: Sou da hora.
E não há mordaças, nem ameaças, nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
onde cada poema é uma bandeira desfraldada
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
 
                                                                      Sidónio Muralha, in Poemas de Abril
 
 
 



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