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novembro 13, 2015

A GRANDE DISCÓRDIA




"As pessoas que fogem de atrocidades não deixarão de vir se deixarmos de lhes atirar bóias de salvamento. Embarcar num barco frágil na Líbia vai continuar a parecer uma decisão racional se foges para salvar a vida e o teu país está em chamas. O único resultado de se retirar ajuda será testemunhar as mortes vergonhosas e desnecessárias à porta da Europa"
Maurice Wren
Conselho Britânico para os Refugiados



Todos os dias vemos imagens destas nas nossas televisões e queremos perceber 
o Como e o Porquê.


"Quem são os autores desta desalmada violência? Em que acreditam? Alguém os comanda? Quem? O que leva a esta orgia de sangue e violência, a lembrar crónicas concentracionárias, cenas da Antiguidade, limites da perversidade humana? (...)
De que fundas histórias e raízes vêm tão complexas divisões e seitas? Onde está a realidade e onde está o mito; onde está a verdade e onde está o cliché? Como é que uma religião monoteísta, que defende o Bem e a Justiça, que produziu no passado longínquo uma civilização que se estendeu em maravilhas de Bagdad a Córdova, que inventou a Álgebra e transmitiu a Filosofia grega à Europa cristã, está hoje reduzida no imaginário ocidental a este grande desatino de destruição e medo?"


Numa narrativa histórica e sintética, desde o nascimento de Maomé
até às crueldades do recém-criado Estado Islâmico,
é o que nos explica o livro de 

Jaime Nogueira Pinto
publicado em abril deste ano pelas Publicações Dom Quixote,

e que sugerimos como leitura para o seu fim de semana

 O ISLÃO E O OCIDENTE
 A Grande Discórdia


"O ataque ao semanário Charlie Hebdo, em 7 de janeiro, moveu e comoveu mais os europeus do que a chacina das crianças e jovens do Colégio Militar de Pashawar, do que as mulheres escravizadas ou massacradas pelo Boko Haram na Nigéria, do que os egipcios coptas decapitados ritualmente, do que cristãos crucificados às centenas no Iraque ou na Síria.(...)
Numa operação em que a verdade e propaganda se misturam, o ISIS recriou o clima do Grande Medo.(...)
O Estado Islâmico está apostado em reunir nas suas fileiras os muçulmanos de todo o mundo. O "belo-horrível" das execuções rituais, as paradas dos todo-o-terreno com armas e bandeiras, as declarações e proclamações inflamadas dos seus emires barbudos, a força das profecias e reencenação rigorosa dos sinais que antecedem o seu cumprimento, tudo é posto em marcha para fazer crescer a ameaça e para que se reproduza na vida real uma mítica batalha final entre o Crescente e a Cruz. (...)
Comecemos pelo princípio, pela religião do Islão e pelo seu fundador".


Jaime Nogueira Pinto nasceu no Porto a 4 de fevereiro de 1946, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa e é doutorado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Foi diretor do jornal O Século, administrador da Bertrand e é atualmente acionista e administrador de empresas na área da consultoria estratégica e da segurança privada.
Colabora regularmente na imprensa portuguesa e escreve sobre Ciência Política e História Contemporânea.

Na nossa Biblioteca e do mesmo autor, além deste livro, pode o Leitor encontrar também os seguintes títulos:
- "António de Oliveira Salazar: O outro retrato", ed. A Esfera dos Livros, 2007
- "Portugal, os anos do fim: A revolução que veio de dentro", ed. D. Quixote, 2014


Aleppo, Siria
Fotografia do ano (2014) na Suécia, tirada pelo
 fotojornalista Niclas Hammarstrom

"Jihad significa combate, mas, no Corão, o combate é sobretudo um combate individual, o esforço pessoal do crente com vista ao aperfeiçoamento ou a uma prática da fé que o leve pelo caminho certo e o aproxime de Deus: "O verdadeiro combatente é o que trava um combate consigo mesmo", diz o Profeta.





outubro 23, 2015

"VIVA A FRANÇA! JURO QUE ESTOU INOCENTE."



"Ao passarmos por aí, vejo de relance uma manchete em letras garrafais, "J'Accuse...!", e digo ao coronel: - Se é permitido um último desejo a um condenado, seria possível pararmos para eu comprar um jornal?
In, O Oficial e o Espião


A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana 
foi distinguida com o prestigiado prémio britânico
 The Specsavers National Book:  Melhor Livro de Ficção.

Do autor  já seu conhecido, Robert Harris, 
editado pela Editorial Presença,
sugerimos desta vez
O Oficial e o Espião


"A ideia de recontar a história do caso Dreyfus surgiu durante um almoço em Paris com Roman Polanski, em inícios de 2012. O presente livro tem como propósito recontar, através do recurso às técnicas do romance, a história verídica do caso Dreyfus, porventura o maior escândalo político e erro judicial da História, que na década de 1890 viria a tornar-se uma obsessão para a França e, em última análise, para o mundo."
Robert Harris


Alfred Dreyfus
O famoso "caso Dreyfus", causador de grande agitação na época que se seguiu à derrota da França na guerra franco-prussiana, tem tudo para despertar o seu interesse. Alfred Dreyfus, oficial francês e judeu, considerado traidor e acusado de ter vendido informações aos serviços secretos alemães, foi condenado e deportado para a Ilha do Diabo, na Guiana Francesa.
" A ilha do Diabo? Julgava que estávamos à beira do século XX e não do século XVIII..."
George Picquart, um jovem oficial descobre a inocência de Dreyfus e apesar dos avisos para se manter afastado, persiste na reposição da verdade e acaba por se encontrar em circunstâncias semelhantes às do homem que tenta defender, ao lutar contra preconceitos xenófobos e anti-semitas.



Sobre o nosso autor de hoje, Robert  Harris, 
o Leitor encontrará mais informação AQUI.




Bom Fim de Semana com Boas Leituras


outubro 16, 2015

PROMETO FALHAR


PEDRO CHAGAS FREITAS escreve. Publicou 22 das mais de 150 obras que já criou. Foi, ou ainda é, jornalista, redactor publicitário, guionista, operário fabril, barman, nadador-salvador, jogador de futebol, e muitas outras coisas igualmente desinteressantes. Orienta desorientadas sessões de escrita criativa por todo o país e arredores. Gosta de gatos, de cães e de pessoas. Não gosta de eufemismos e de bacalhau assado.

E de Pedro Chagas Freitas, 
sugerimos-lhe a leitura de um dos seus mais recentes livros, publicado em abril de 2014. 
Para isso, só tem de passar pela Biblioteca Municipal.



"Trinta mil dias a olhar-te dormir, a saber o frio ou o calor do teu corpo, a perceber o que te doía por dentro, a amar cada ruga a mais que ia aparecendo. Trinta mil dias de eu e tu, desta casa que um dia dissemos que seria a nossa (que será de uma casa que nos conhece tão bem quando já aqui não estivermos para a ocupar?), das dificuldades e dos anseios, dos nossos meninos a correr pelo corredor, da saudade de nos sabermos sempre a caminho de sermos só nós. Trinta mil dias em que tudo mudou e nada nos mudou, das tuas lágrimas tão bonitas e tão tristes, das poucas vezes em que a vida nos obrigou a separar. Trinta mil dias, minha velha resmungona e adorável. Eu e tu e o mundo, e todos os velhos que um dia conhecemos já se foram com a velhice. Nós ainda aqui estamos, trinta mil dias depois, juntos como sempre. Juntos para sempre. Trinta mil dias em que desaprendi tanta coisa, meu amor. Menos a amar-te." 











outubro 09, 2015

LEITURA DE FIM DE SEMANA

Os dias frescos, calmos e lentos do outono estão a chegar e com eles o ambiente ideal para se deixar ficar em casa, confortavelmente, acompanhado por um livro. Se a dificuldade está na escolha, então nada melhor do que aceitar a sugestão que lhe deixamos.


Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de Nova Iorque a um rapaz misantropo que chega a Lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros.

Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo. Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance - três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar.

Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens. Mas, enquanto os seus contemporâneos se deixaram atravessar pela visão trágica dos cometas, estes foram tocados pelo génio e condenados, por isso, a transformar o mundo. Cem anos depois, ainda não esquecemos nenhum deles.

Escrito numa linguagem bela e poderosa, que é a melhor homenagem que se pode fazer à literatura, No Meu Peito Não Cabem Pássaros é um romance de estreia invulgar e fulgurante sobre as circunstâncias, quase sempre dramáticas, que influenciam o nascimento de uma autor e a construção das suas personagens.




NUNO CAMARNEIRO nasceu em 1977. Natural da Figueira da Foz, licenciou-se em Engenharia Física pela Universidade de Coimbra, onde se dedicou à investigação durante alguns anos. Foi membro do GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra) e do grupo musical Diabo a Sete, tendo ainda integrado a companhia teatral Bonifrates. Trabalhou no CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) em Genebra e concluiu o doutoramento em Ciência Aplicada ao Património Cultural em Florença. Em 2010 regressou a Portugal, onde exerce a atividade de investigação na Universidade de Aveiro e é professor na Licenciatura em Conservação e Restauro na Universidade Portucalense do Porto. Começou por se dedicar à micronarrativa, tendo alguns dos seus contos sido publicados em coletâneas e revistas. No Meu Peito Não Cabem Pássaros é a sua estreia no romance. Um ano depois, foi o autor vencedor do Prémio Leya 2012 com o romance Debaixo de Algum Céu.







setembro 25, 2015

HOJE SUGERIMOS


Está tudo no livro que propomos para leitura de fim de semana.

"Um romance para adultos sobre a sabedoria das crianças
a irreverência dos idosos e a magia do quotidiano."


A MENINA PERDIDA & ACHADA
Brooke Davis
Editora Asa

Millie Bird tem sete anos quando se apercebe de que tudo à sua volta tem um fim. Para não esquecer, começa um Livro de Coisas Mortas, no qual regista todas as coisas que lhe tocam o coração e desapareceram. Não podia imaginar que a Coisa Morta número 28 seria o seu pai. Pouco tempo depois, a mãe abandona-a na secção de roupa interior de uma loja e não volta mais.

Karl, o Datilógrafo tem oitenta e sete anos quando o filho lhe dá um beijo de despedida e o deixa num deprimente lar de idosos. Em tempos, Karl escrevia as mais românticas "cartas" de amor à mulher. Agora, mais só do que nunca, passa os dias a pensar numa forma de começar a viver de novo. Num rasgo de lucidez e euforia, consegue fugir.

Agatha Pantha tem oitenta e dois anos e não sai de casa desde a morte do marido. A coberto das cortinas e da hera da sua janela, gosta de gritar aleatoriamente com os vizinhos e mantém uma rotina diária tão rigorosa quanto desnecessária. Até ao dia em que avista uma menina solitária do outro lado da rua. 

Millie, Agatha e Karl são três almas perdidas que um acaso do destino vai unir. Juntos, partem em busca da mãe de Millie e, pelo caminho, vão descobrir que as crianças podem ser sábias, que a velhice não equivale à morte e que quebrar as regras de vez em quando pode ser a chave para a felicidade.


"Com o seu estilo simultaneamente sóbrio e exuberante, melancólico e extravagante, 
Brooke Davis escreveu uma história arrebatadora."
Miami Herald


Brooke Davis é australiana. Já foi escritora de viagens, editora e livreira. Este foi o romance de estreia. 
A Menina Perdida & Achada é fruto de um episódio trágico da vida da autora, que quis escrever sobre a tristeza não como um processo com princípio e fim, mas como algo que faz parte da vida. Completou recentemente o doutoramento em escrita criativa pela Curtin University, na Austrália. 
A Menina Perdida & Achada foi um sucesso retumbante por todo o mundo, tendo sido vendido para mais de vinte países.










setembro 04, 2015

O REGRESSO

Com o fim do período de férias, já se começa a perspectivar o regresso à vida escolar e às habituais rotinas diárias, tão bem conhecidas por todas as famílias. Se durante as férias ainda alimentamos a esperança de virmos a conseguir conviver serenamente com essas rotinas, mantendo a calma e o otimismo, a realidade, mais cedo ou mais tarde, acaba por vir a revelar-se menos idílica e, quantas vezes, bastante cruel. Todos sabemos, o quanto é difícil conciliar a vida pessoal e profissional, com a manutenção de um ambiente de calma e serenidade, indispensável ao bom funcionamento da vida familiar. Quando o equilíbrio entre todos os factores, que fazem parte da nossa vida diária, não se consegue alcançar, então podem surgir situações de conflito, das quais os filhos raramente saem ilesos.

Super - Mom

Com a nossa sugestão de leitura para o fim de semana
pretendemos dar uma pequena ajuda para se conseguir encontrar "aquele equilíbrio", 
que nos pode trazer dias mais calmos.



Este livro, "Parentalidade positiva - Pais otimistas, filhos felizes", do pedopsiquiatra Pedro Strecht, de narrrativa cativante e com testemunhos reais, propõe uma atitude otimista centrada no reforço das nossas qualidades e competências enquanto pais.
Afinal, o que todos queremos é que os nossos filhos cresçam seguros, felizes e com autoestima elevada, para virem a ser adultos equilibrados e confiantes, aptos a responder a uma sociedade em profunda e constante mudança.
A editora


Deixamos-lhe aqui algumas passagens, extraídas do livro, para que se sinta tentado a lê-lo:


"(...) Não despacha os trabalhos de casa a tempo ... Fica horas a brincar com tudo, borrachas, lápis, o que for preciso, tudo serve para se distrair ... Não sei se entrou para a escola cedo demais (o aniversário é no início de dezembro), mas em comparação com a irmã, não tem responsabilidade nenhuma ... Não lhe vemos nenhum lado sério! (...)"

* * *

"(...) Quando estamos especialmente disponíveis para observar determinadas realidades, parece que tudo nos entra pelos olhos dentro ... Na mesa ao lado, um casal também com três filhos. À frente da mais pequenina, que não deveria ter mais de 2 anos de idade e parecia visivelmente cansada e com sono, um tablet onde ela se fixava nas imagens de um desenho animado infantil ... Entretanto, a massa era-lhe servida à colher pela mãe, enquanto a criança parecia submersa na imagem. Ao mesmo tempo, o pai, ainda não desligado da azáfama tecnológica, atendia até telefonemas (ouvimos conversas alheias que também invadiam a nossa privacidade) como se continuasse no local de trabalho. O filho do meio parecia comer com apetite uma pizza de tamanho generoso e guarnição viçosa (talvez fosse o mais saudável) e o mais velho, já pré-adolescente, enviava sucessivas mensagens no telemóvel, usando apenas uma mão (genial !), enquanto a outra levava a comida à boca.(...)"

* * *

"(...) A criança, quando brinca, pode ser tudo. (...) Não há nada mais saudável para o crescimento emocional do seu filho do que os momentos em que brinca. (...)"

* * *


Pedro Strecht, médico de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, trabalhou no Departamento de Pedopsiquiatria do Hospital de D. Estefânia em Lisboa, foi professor do Ensino Secundário Oficial e Particular e Supervisor da Comissão Regional de Lisboa do Projeto de Apoio à Família e à Criança. Fez breves estágios na Tavistock Clinic, Brent Adolescent Centre, em Londres, e na Mulberry Bush School, uma comunidade terapêutica que acolhe e trata crianças vítimas de privações emocionais múltiplas. Para além da actividade privada, é médico do Centro de Estudos Dr. João Santos "Casa da Praia" e da Cooperativa "A Torre". Colabora na revista "Pais e Filhos".
Trabalhou e colaborou com Teresa Ferreira e Daniel Sampaio, entre outros.
Começou a publicar em 1993. Dos seus vários livros destacamos Crescer VazioPreciso de Ti - Perturbações Psicossociais em Crianças e AdolescentesRecados do Tempo do Menino Jesus - Histórias de Natal para CriançasInteriores - Uma Ajuda aos Pais sobre a Vida Emocional dos FilhosQuero-te Muito - Crónicas para pais sobre filhos, Ser adolescente e Para que servem os avós. O livro que lhe propomos é a sua mais recente obra, publicada em março 2015.


" Há sempre filhos à espera dos pais. Há sempre pais à espera dos filhos. Ambos estão ávidos de um (re)encontro que os confirme na mais sólida ligação que sempre pode existir: o amor. (...) Olhe então para ele (filho) como uma criança em crescimento e que precisa e espera de si uma posição compreensiva de amor parental, amplo, uno, indivisível. 
Amor amor amor onde andarias
talvez um dia amor amor tu venhas
salvar quem sempre e só amor reclama."










agosto 21, 2015

"ACREDITO QUE ESSE FOI O MAIOR MILAGRE DA NOSSA VIDA"



"Stephen ainda é vivo e é provavelmente o maior cientista vivo"
                                                        Jane Hawking




O Leitor ainda estará lembrado da noite de 22 de fevereiro deste ano.
Recorda ainda que nessa noite o ator britânico Eddie Redmayne 
ganhou o Oscar de Melhor Ator Principal 
no filme A teoria de Tudo (nomeado para 5 Oscares) ao interpretar Stephen Hawking.





Não é Uma Breve história do Tempo, de Stephen Hawking 
que lhe vamos sugerir como leitura de fim de semana,
 mas sim as memórias da sua primeira mulher, 
Jane Hawking que a Marcador editou com o título Viagem ao Infinito.




Nestas fascinantes memórias, Jane Hawking, a primeira mulher de Stephen Hawking, apresenta-nos a história do seu extraordinário casamento vista por dentro. Enquanto o prestígio académico de Stephen disparava, o seu corpo cedia aos assaltos da doença ELA (esclerose lateral amiotrófica).
"O pai dele avisou-me que ele ia viver no máximo quatro anos, e senti que me podia comprometer com o Stephen porque o amava e queria fazer o melhor por ele naquele pouco tempo.".


Família Hawking em 1977
O relato da autora, em que descreve como tentava equilibrar os cuidados constantes que o marido exigia com as necessidades de uma família em crescimento, é uma inspiração para todos.
" Havia quatro parceiros no nosso casamento: Stephen, eu, ELA, e a Deusa da Física".
A força interior de Jane e o caráter e feitos do seu marido dão corpo a uma história incrível, apresentada com uma honestidade inabalável; continuando presente quando o casamento chega ao fim, em que é trocada por uma das enfermeiras do seu marido.
O resultado é um livro sobre otimismo, amor e mudança que encontrará eco em leitores de todo o mundo.

A mente dele mudou o nosso mundo
O amor dela mudou o mundo dele




Jane Hawking nasceu a 29 de março de 1944. Foi mulher de Stephen Hawking durante mais de 25 anos e juntos tiveram três filhos. É escritora e conferencista. Ensina literatura e canto coral. Vive e trabalha em Cambridge.





Ilustração de Barry Ross Smith



agosto 07, 2015

NÃO, NÃO FORAM NO COMBOIO...


Óscar, um dos cães sortudos que não vai ser abandonado estas férias.


A família Ferreira e o Óscar foram de férias de carro.

No comboio, vai a Rachel, uma das personagens do livro da nossa
sugestão de leitura para o seu fim de semana
Thriller com mais de 2 milhões de exemplares vendidos
 em todo o mundo em apenas 3 meses 
e já em processo de vir a ser adaptado ao cinema pela DreamWorks. 

E enquanto isso acontece
pode o Leitor requisitar, na sua Biblioteca, 
este thriller arrepiante,

A Rapariga no Comboio
editado pela Top Seller e escrito pela autora Paula Hawkins.


"A policia está convencida de que sou uma tarada.
 Acham que não passo de uma obcecada, de uma maluca desequilibrada".


Todos os dias, Rachel apanha o comboio...
No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.


Paula Hawkins, nascida e crida no Zimbabué, mudou-se para Londres em 1989, onde vive atualmente. Foi, durante 15 anos jornalista na área financeira, antes de se dedicar inteiramente à escrita de ficção. 
A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana é o seu primeiro romance e manteve acordado toda a noite Stephen King.

Pintura de Karin Jurick


De Férias ou de Fim de Semana
Não deixe de Ler na companhia do seu amigo

Esperamos por si...




julho 03, 2015

CÓDIGO PENAL OU OS MAIAS?



Leitura para Férias

"Eu, que pertenço àquela desgraçada, e decerto traumatizadíssima, geração que fez exames desde a terceira classe, ando fascinada a ler as declarações aos jornais de muitos jovens que, de repente, se vêem confrontados com esse bicho de sete (ou mais) cabeças.
Há quem fale de "ditadura" porque - ó céus! - não se pode sair da sala enquanto a prova decorre.
Há quem precise que lhe ensinem que, durante o tempo que durar o exame, não podem levantar-se, falar, enfim, têm de estar quietos e comportar-se civilizadamente.
Mas, palavra que o que mais me surpreendeu foi a desenvolta resposta de um jovem que se preparava para fazer o exame de Português do 12º ano, e confessava estar um pouco aflito por não ter conseguido ler Os Maias. Aquilo - explicava ele - era uma chatice. Aquilo eram descrições atrás de descrições, quem é que podia aguentar uma coisa daquelas, sem diálogos, sem nada. Tive receio que ele acrescentasse "e sem bonecos", mas não, vá lá!
Remata apenas dizendo que ele - que ia tentar entrar para Direito - até já tinha lido, e sem nenhuma dificuldade, o Código Penal.
Agora Os Maias? Isso é que era mesmo uma seca, isso é que ele não tinha conseguido.
Desde então - juro - tenho andado com uma vontade imensa de ler o Código Penal. Pelos vistos tenho-me privado de um romance divertidíssimo, cheio de diálogos de uma ponta à outra, o artigo 56 em amena cavaqueira com o artigo 73, casarão, não casarão?, com quem andará a dormir o artigo 35 que, praticamente já dormiu com todos, enfim, assim uma coisa levezinha, uma mistura de Margarida Rebelo Pinto e Nicholas Spark.
Quando finalmente puder ir de férias, já tenho leitura escolhida: aterro no areal da Costa Nova com o Código Penal dentro do saco, entre a toalha e o protetor solar. E não se admirem se as minhas gargalhadas se ouvirem no farol da Barra. É tudo por causa do Código Penal".

Alice Vieira
In, Pezinhos de Coentrada




Caro Leitor, não precisa de ir tão carregado.
Já chega ter de carregar com o chapéu de sol, a cadeira,
 a toalha, o protetor solar, ...
1226 páginas tem o Código Penal, imagine o peso!!! 



E de certeza que a sua leitura não é tão interessante como
 as nossas sugestões escolhidas a pensar em si.

Pintura de Brian Cameron

Faça como ela, 
vá de férias, mas antes passe por cá!!




junho 05, 2015

FELIZ ANIVERSÁRIO KEN FOLLETT



Estas são as reações dos nossos leitores aos livros do aniversariante de hoje, o autor galês 
Ken Follett
que em 39 anos de atividade literária, escreveu 30 romances, 
traduzidos em mais de 30 idiomas e cujas vendas superam os 150 milhões de exemplares.

O Leitor encontrará na nossa Biblioteca os seguintes títulos, 
que poderá requisitar para a sua leitura de fim de semana:


Os filhos do paraíso
O preço do dinheiro
O escândalo Modigliani
O homem de Sampetersburgo
Os pilares da terra
Um mundo sem fim
Noite sobre as águas
Trilogia do século


autor com a estátua em sua homenagem

Ken Follett nasceu a 5 de junho de 1949, em Cardiff, País de Gales e licenciou-se em filosofia no University College, em Londres. Começou a sua carreira como jornalista no South Wales Echo, e mais tarde no Evening Standard de Londres. Trocou a profissão de jornalista pela de editor e escrevia nos seus tempos livres.
Em 1978 lançou o seu primeiro livro, um thriller, "O estilete assassino", que venceu o Prémio Edgar Award e foi adaptado ao cinema.
A espionagem é um dos temas principais da sua obra, que se caracteriza por ter ritmos rápidos e várias situações de clímax, que tendem a prender os leitores da primeira até à última página, criando um público fiel.

"The thriller is the most popular literary genre of the 20th century."

Ken Follet como ator na série "Os Pilares da Terra"
Em 1989 é editado o seu maior sucesso, "Os Pilares da Terra", que por se tratar de um romance histórico, passado na Idade Média, foge à regra dos seus temas habituais. Na altura do seu lançamento não teve grande aceitação, só ganhando popularidade na década de noventa ao entrar nos círculos e clubes de leitura. Em 2007, com o título "Um Mundo sem Fim", o romance teve a sua sequela. Em 2010 foi adaptada à televisão, com grande sucesso, e onde podemos ver o autor como ator na mini-série.

"Without books i would not have become a vivacious reader, 
and if you are not a reader you are not a writer".

Leitora no Parque da Cerca (Marinha Grande), com um dos livros de Ken Follett,
enquanto espera pelas Festas da Cidade.






maio 22, 2015

ERNESTINA


"Ernestina conseguiu escapar sem arranhões de maior aos perigos dos primeiros anos daquela vida dura, talvez porque o Sapateiro tinha juntado aos deveres de pai as funções de anjo da guarda. Além de mimos e cuidados para que nada lhe faltasse, servia-lhe ainda de escudo permanente contra as fúrias irracionais da mãe. (...)
Teimosa, desastrada, desobediente, repontona, com queda para transformar em calamidade as coisas simples - um dia à janela deixou escapar das mãos uma jarra de vidro que por pouco ia ferindo um vizinho, doutra vez pegou fogo à casa, a brincar com uma faca cortou a boca até à bochecha - Ernestina tornou-se no seio da família uma espécie de risco permanente. (...)
Ernestina aprendeu a ler e a escrever em menos de um ano, mas quando a escola fechou para as férias grandes a professora avisou os pais de que era melhor que a não voltassem a matricular, porque nem mesmo obrigada a aceitaria. Que a rapariga era o diabo feito gente, refilona de primeira, desobediente, sem ponta de respeito por nada nem por ninguém. Melhor seria até se a metessem num asilo, antes que fosse tarde".


Fotografia de Artur Pastor
Trás-os-Montes, década 50

O que o futuro reservou para Ernestina?

Descubra no livro que lhe deixamos como 
sugestão de leitura de fim de semana.
Hoje, dia 22 de maio, por ser o Dia do Autor Português
 deixamos-lhe um romance, que é considerado por muitos como uma das
 obras máximas da literatura portuguesa.

de



"Mãe de um só filho, a sua vida, que foi uma tristeza, amargura e terrível solidão, dava um livro. Escrevi-lho eu".

Ernestina, nome da mãe do autor, é mais do que um romance autobiográfico ou um volume de memórias de família ficcionadas. É um retrato do norte de país, entre os anos 1930 e os anos 1950, um romance que transcende o cunho regionalista e que atravessa fronteiras, transformando-se num fenómeno invulgar em Portugal e na Holanda , onde já vai na sétima edição.
O romance envolve um período de mais de 100 anos abrangendo três gerações de gentes da região do rio Sabor. É um livro recomendado como sugestão de leitura pelo Plano Nacional de Leitura, para a Formação de Adultos - Grau de Dificuldade III.



"Ernestina é o romance autobiográfico de Rentes de Carvalho, a estrela portuguesa da Holanda. É a biografia de milhares e milhares de famílias portuguesas. Um livro terno, mas nunca lamechas. Um livro duro, mas que nunca corta a esperança. Um livro simples e obrigatório".
Henrique Raposo , Expresso



De ascendência transmontana, J. Rentes de Carvalho nasceu em 1930, em Vila Nova de Gaia. Obrigado a abandonar o país por motivos políticos, viveu no Rio de Janeiro, em S. Paulo, Nova Iorque e Paris, trabalhando em vários jornais.
Em 1956 passou a viver em Amesterdão, onde se licenciou e foi docente de Literatura Portuguesa entre 1964 e 1988. Dedica-se, desde então, exclusivamente à escrita e a uma vasta colaboração em jornais portugueses, brasileiros, belgas e holandeses, além de várias revistas literárias. A sua extensa obra ficcional e cronística tem sido publicada na Holanda e recebida com grande reconhecimento, quer por parte da crítica, quer por parte dos leitores em geral, chegando alguns títulos a alcançar o estatuto de best-seller.

"Para a Holanda levaria o sol que aquece tanto o corpo como a alma, levaria a paisagem, a boa cozinha, a nossa maneira de conviver, de ter tempo (mesmo quando o não temos). Da Holanda traria a correção, a pontualidade, o espírito cívico, a persistência em acabar o que se começa, a capacidade de empreender e de arriscar, a convicção de que o que se rouba ao Estado é um roubo a nós próprios e ao vizinho".

Em 2012 foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura Biográfica APE/Câmara Municipal de Castelo Branco, com o livro "Tempo Contado" e, em 2013, o seu livro "Mazagran" venceu o Grande Prémio de Crónica.

***
Na nossa Biblioteca Municipal, o leitor encontrará, para além do livro da nossa sugestão de leitura de hoje, mais dois títulos do mesmo autor: A sétima onda e Os lindos braços da Júlia da farmácia.









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