novembro 20, 2020

QUEM FOI REALMENTE AMÁLIA RODRIGUES?



"Sempre aguentei as consequências de ser livre" 
                                                                                                       Amália Rodrigues

Chamaram-lhe "cantora do regime". Acusada de servir a ditadura e colaborar com a polícia política (PIDE), foi perseguida e ostracizada pós o 25 de abril de 1974, reconquistando depois a unanimidade enquanto voz de Portugal no Mundo. Esta é a história secreta da vida de Amália Rodrigues. 
Como se relacionou com o Estado Novo e sobreviveu à admiração por Salazar?
Como enfrentou a pobreza, seduziu a aristocracia e os intelectuais?
Como ajudou presos políticos, cantou poetas proibidos, colaborou com antifascistas e financiou clandestinamente a oposição e o PCP?
Como sobreviveu aos boatos, ataques e tentativas de silenciamento no pós-revolução?
Como é que os políticos, os músicos, os poetas, a ditadura e a democracia lidaram e conviveram com a maior cantora portuguesa de sempre?




O livro, que estamos a sugerir para leitura do seu fim de semana, é uma investigação jornalística que atravessa dois regimes, vários continentes e reúne perto de uma centena de entrevistas e depoimentos exclusivos. Inclui ainda gravações inéditas da fadista e de personalidades que com ela conviveram. Com recurso a milhares de páginas de documentos nunca revelados, além de cartas e fotografias desconhecidas da cantora, este é também um retrato político do século XX português, através do percurso de Amália Rodrigues.




"Amália e o seu canto não são de nenhum regime. 
São parte da cultura viva deste País. 
Tentar destruí-la é destruir uma parte dessa cultura. 
E isso também é obscurantismo. Precisamos de Amália. 
E precisamos de Amália a cantar a Liberdade."
                                                                                       Manuel Alegre, 1974


Miguel Carvalho nasceu a 25 de novembro de 1970, no Porto, e é grande repórter da revista Visão desde dezembro de 1999. Em 1989 concluiu o Curso de Radiojornalismo do centro de Formação de Jornalistas do Porto. Trabalhou no Diário de Notícias de 1989 a 1997 e no semanário O Independente de 1997 a 1999. 
Venceu o Prémio Orlando Gonçalves (jornalismo), em 2008, e o Grande Prémio Gazeta, do Clube de Jornalistas, em 2009.
Algumas reportagens suas mereceram destaque em publicações internacionais, entre elas The New York Times, El País, The Daily Telegraph, Veja, O Globo e a revista Piaui.



"É preciso que se saiba que o nosso 
Estado Democrático está grato a Amália Rodrigues."
                                                                                                    Mário Soares



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