Bélgica Adela Mirabal, (Dedé) 29/02/1925- 01/02/2014
A história das irmãs Mirabal, mortas a 25 de novembro de 1960, está na origem do dia que se assinala hoje, O Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher.
Também conhecidas como Las Mariposas (as Borboletas), as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa) foram as três jovens ativistas dominicanas, que lutaram contra a ditadura de Trujillo.
Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 25 de novembro como o Dia Internacional da Eliminação da Violência Conta a Mulher, numa homenagem ao sacrifício de "Las Mariposas".
As estimativas das Nações Unidas sugerem que uma em cada três mulheres já foi vítima de algum tipo de violência física ou sexual cometida pelos parceiros.
Em Portugal, só no primeiro trimestre de 2014, as autoridades receberam 13 mil participações, mais 2,3% do que em igual período de 2013.
Segundo dados do ano passado, 40 mulheres foram assassinadas pelos companheiros e 46 sofreram tentativas de homicídio.
"Quando era menina e ouvi falar no "acidente", não conseguia tirar as Mirabal da cabeça.
Nas minhas frequentes viagens à Republica Dominicana, procurei toda a informação que pude sobre estas corajosas e bonitas irmãs, que fizeram o que poucos homens - e apenas uma mão-cheia de mulheres - tinham estado dispostos a fazer.
Durante aquele terrível regime de trinta e um anos, qualquer sinal de desacordo resultava, em última análise, na morte do dissidente e muitas vezes de membros da sua família. Contudo, as Mirabal arriscaram as suas vidas. (...) Estas irmãs, que lutaram contra um tirano, têm servido de modelos para as mulheres que lutam contra todo os tipos de injustiça".
Nas minhas frequentes viagens à Republica Dominicana, procurei toda a informação que pude sobre estas corajosas e bonitas irmãs, que fizeram o que poucos homens - e apenas uma mão-cheia de mulheres - tinham estado dispostos a fazer.
Durante aquele terrível regime de trinta e um anos, qualquer sinal de desacordo resultava, em última análise, na morte do dissidente e muitas vezes de membros da sua família. Contudo, as Mirabal arriscaram as suas vidas. (...) Estas irmãs, que lutaram contra um tirano, têm servido de modelos para as mulheres que lutam contra todo os tipos de injustiça".
Julia Alvarez
"Todas as três soubemos no mesmo instante o que aquilo significava.
Havia uma emboscada pela frente!"
Estamos a 25 de novembro de 1960, e os corpos de três bonitas irmãs, educadas num convento, foram encontradas junto ao seu jipe acidentado no fundo de uma escarpa de 45 metros de altura, na costa norte da República Dominicana. El Caribe, o jornal oficial, anuncia as suas mortes como um acidente. Não menciona que uma quarta irmã está viva. Nem explica que as irmãs se encontram entre os líderes da oposição à ditadura do General Raphael Leonidas, Trujillo. Não precisava de o fazer. Toda a gente conhece Las Mariposas - "As Borboletas".
Minerva, uma vez objeto do desejo do ditador, ousara esbofeteá-lo publicamente. A devota Pátria encontrou o seu chamamento à revolta através da igreja. A encantadora e vaidosa Maria Teresa aderiu procurando um romance. Apenas Dedé, a prática, a mais diligente no seu dever para com a família e tradição, se manteve à parte. E apenas ela sobreviveu para fazer com que os nomes delas fossem lembrados.
E para que o Leitor fique também a conhecer Las Mariposas,
só tem de se deslocar à sua Biblioteca e requisitar este livro:
Boa Semana