novembro 27, 2024

UMA LONGA VIAGEM

 

"O desejo de retratar Maria Filomena Mónica vinha de longe, mas a demora da pandemia da covid-19 em desaparecer da vida quotidiana foi atrasando um entendimento, sendo que ao terceiro telefonema conseguiu-se marcar a primeira sessão para 20 de maio de 2022. Daí até ao fim de novembro, as várias quartas-feiras foram dias de encontro, quase metade delas com máscara. Maria Filomena Mónica foi a primeira a prescindir da máscara - a física, porque a que poderia encobrir a sua vida raramente esteve presente."
                                              João Céu e Silva,
In Uma longa viagem com Maria Filomena Mónica




Insubmissa, nunca fez o que se esperava dela: casou cedo, foi mãe cedo, separou-se cedo e, também cedo, doutorou-se em Sociologia pela Universidade de Oxford. Investigadora na área das ciências sociais e professora universitária, Maria Filomena Mónica é autora de uma longa lista de livros, sejam eles biografias (como a de Eça de Queiroz), de análise social (Os Ricos e Os Pobres), de crónicas (Os Sentimentos de Uma Ocidental), ou autobiográficos (Bilhete de Identidade, a obra em que põe a sua infância e a sua juventude a nu).
Agora, aos 80 anos, faz neste Uma Longa Viagem com Maria Filomena Mónica um balanço de vida. Nestas páginas, ficamos a conhecer a análise da socióloga, cronista e investigadora, bem como as suas visões sobre Portugal e os principais acontecimentos das últimas décadas. Mas também o lado pessoal da rapariga atrevida que nunca permitiu que a classificassem como uma "boneca bonita": desde a sua experiência em Oxford, em contraste com um país amordaçado pela ditadura, aos amores que viveu, passando pelos filhos, as netas, a relação conturbada com a mãe e o modo como encara a doença e a morte.
Sempre atenta e com opinião, revela com humor a única situação que lhe passou ao lado: "Nunca fui vítima de assédio sexual. Provavelmente, porque estava distraída..."


"Gosto de falar sobre como vejo o país, como foi o meu passado amoroso, 
o que é ser mulher em Portugal".

novembro 20, 2024

TODA A GENTE MENTE


"Nunca Mintas é o thriller perfeito!
Perturbador, absorvente e deliciosamente sinistro"
                                                                                                    Amazon




Tricia e Ethan, recém-casados, estão à procura da casa dos seus sonhos. Quando visitam a remota mansão que pertenceu à Drª Adrianne Hale, uma psiquiatra de renome que desapareceu misteriosamente sem deixar rasto, são surpreendidos por uma violenta tempestade que os prende na propriedade... sem qualquer hipótese de fuga.
À procura de um livro que a mantenha entretida enquanto ali está, Tricia encontra inesperadamente uma sala secreta - repleta de cassetes com as transcrições de todas as consultas dos pacientes da Drª Hale. Decide ouvi-las e, à medida que avança, começa a desvendar a aterradora cadeia de acontecimentos que levou ao desaparecimento da psiquiatra.
Tricia fica a ouvir as cassetes pela noite dentro e vai encaixando as peças naquele que se revela um puzzle verdadeiramente chocante, desvendando lentamente o emaranhado de mentiras de Adrienne Hale.
E é então que chega à última transcrição - à derradeira cassete que revela a terrível verdade ...


Para além deste livro que hoje divulgamos, 
fazem parte do fundo bibliográfico da Biblioteca Municipal 
os seguinte títulos da mesma autora:  
  • A criada
  • O segredo da criada
  • A porta trancada

Freida McFadden nasceu em Nova Iorque a 1 de maio de 1967.
É médica e especialista em lesões cerebrais. É autora de diversos thrillers psicológicos, todos eles bestsellers, já traduzidos para mais de 30 idiomas. As suas obras foram selecionadas para "Melhor Livro do Ano" na Amazon e também para "Melhor Thriller" dos Goodreads Choice Awards, categoria em que venceu com o Segredo da Criada.
Vive com a sua família e o gato preto numa casa de três andares com vista para o oceano, com escadas que rangem e gemem a cada passo, e onde ninguém conseguiria ouvi-la se gritasse. A menos que gritasse muito alto.


"Estava tão ansioso com a relva, que, por algum tempo, quase pensei que fosse admitir tudo. Se alguém desconfiasse e começasse a fazer perguntas, não tenho a certeza de que ele se aguentasse.
Com sorte, isso nunca acontecerá. Mas se acontecer, estou preparada para lidar com a situação.
Afinal, a minha mãe sempre disse que a única maneira de duas pessoas guardarem segredo é se uma delas estiver morta."
in, "Nunca Mintas"




novembro 15, 2024

SOMOS CAPAZES DE SAIR DESTE LABIRINTO?

 "Je suis um homme d'interrogation et non de conviction"




Amin Maalouf, escritor libano-francês, nasceu em Beirute a 25 de fevereiro de 1949.
Venceu o Prix Maison de la Press, o Prémio Goncourt, o Prémio Príncipe da Astúrias, o Prémio Calouste Gulbenkian e foi agraciado pela Ordem Nacional do Mérito francesa com o grau de Grande-Oficial. 
É membro da Academia Francesa desde 2011 e seu secretário vitalício desde 2022.
Foi chefe de redação e, mais tarde, editor de Jeune Afrique. Durante doze anos foi repórter, tendo realizado missões em mais de sessenta países.
A maior parte dos seus livros apresenta um cenário histórico e, à semelhança de Umberto Eco, Orhan Pamuk e Arturo Pérez-Reverte, Maalouf combina factos históricos fascinantes com fantasia e conceitos filosóficos.
Escritas com a habilidade de um magnífico contador de histórias, as obras de Maalouf dão-nos uma visão apurada dos valores e comportamentos de diferentes culturas do Médio Oriente, de África e do mundo mediterrâneo.


Uma guerra devastadora eclodiu no coração da Europa, reavivando dolorosos traumas históricos. Desenrola-se um confronto global, colocando o Ocidente contra a China e a Rússia. É claro para todos que está em curso uma grande transformação, visível já no nosso modo de vida, e que desafia os alicerces da civilização. Embora todos reconheçam a realidade, ainda ninguém examinou a crise atual com a profundidade que ela merece.

Como aconteceu? 




Neste livro, Amin Maalouf aborda as origens deste novo conflito entre o Ocidente e os seus adversários, traçando a história de quatro nações preeminentes.
Leitura obrigatória.


"Estava a escrever este livro quando, na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia. Vinte dias antes, com as suas tropas já posicionadas no terreno e a prepararem-se para o assalto, Vladimir Putin tinha-se deslocado a Pequim para assinar uma "Declaração Conjunta" com Xi Jinping, na qual os dois chefes de Estado delineavam a nova ordem mundial que pretendiam instaurar. (...)
Não é demasiado tarde. Somos perfeitamente capazes de sair deste "labirinto". Mas temos de começar por admitir que nos perdemos."
                                                                                                                      Amin Maalouf



"Uma meditação poderosa e angustiante sobre o futuro do mundo e, 
ao mesmo tempo, uma magistral lição de História." 
                                                                                                                                     Le Figaro

                                                                                         
 


novembro 06, 2024

PARABÉNS HUGO GONÇALVES

 

"Interessa-me ir ao fundo da existência humana.
A esta altura do campeonato, não tenho a mínima dúvida 
de que escrevo para entender o mundo". 

Nasceu a 9 de julho de 1976 em Sintra. Estudou Comunicação Social no ISCSP e estreou-se como jornalista na equipa fundadora da revista Focus. Morou e foi correspondente de várias publicações portuguesas em Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro.
Ao longo da sua carreira, escreveu reportagens e crónicas para o Jornal de Notícias, Diário Económico, Jornal i, Expresso, revista Visão e Diário de Notícias. Foi ainda guionista da série Rabo de Peixe que passou na Netflix e criador do podcast "Sem barbas na língua".
Em 2000 recebeu o Prémio Revelação do Clube Português de Imprensa, com a reportagem Esto es el fin del mundo, sobre as cheias na Venezuela que ocorreram em dezembro de 1999.

É autor de vários romances, tendo já sido finalista, em 2019, do Prémio Literário Fernando Namora com a obra "Filho da Mãe".
E no passado dia 31 de outubro, o seu romance Revolução foi o vencedor do Prémio Literário Fernando Namora.
Para os jurados este "é um livro que se aproxima do testemunho, mas onde também coexiste um grande fascínio pela riqueza da própria natureza humana."


"Com um estilo direto, fluído e comunicativo e com uma linguagem que se alia à expressão do tempo e dos seus atores sociais, Revolução é um livro que se impõe literalmente, graças ao modo como liga "pontas soltas" da história portuguesa recente, mantendo sempre, no entanto, o desenho narrativo de personagens contraditórias, heroicas ou trágicas, fortes ou fracas, e cujos perfis interpelam e comentam os leitores atuais do romance e as suas respetivas posições ideológicas."
                                                                                    Júri do Prémio Literário Fernando Namora




Um disparo perfura a noite na serra se Sintra, durante um jantar da família Storm, e a matriarca sabe que perdeu um dos três filhos. 
O epicentro do colapso tem origem muitos anos antes, entre o fim da ditadura e os primeiros tempos da revolução. Maria Luísa, a filha mais velha, opositora clandestina do regime, é perseguida pela PIDE. Frederico, o filho mais novo, está obcecado em perder a virgindade antes de ser mobilizado para a guerra colonial. E Pureza, a filha do meio, vê os seus sonhos de uma perfeita família tradicional despedaçados pelo processo revolucionário em curso.
Revolução acompanha a família Storm, do desmoronar do império ao despertar da democracia, ao longo dos recambolescos, violentos e excessivos meses do PREC, quando a esperança e o medo dividem os portugueses, separando filhos e pais, colocando irmãos em lados opostos da barricada.
Um romance, a tempos trágico, a tempos cómico, sobre a liberdade e as relações familiares, sobre as escolhas que nos definem e as omissões que nos revelam.

"O melhor romance português do ano.
É um prazer ler romances assim."
                                                                                         Miguel Real, Jornal de Letras





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