"Pura e simplesmente não conseguia encontrar a palavra. Tinha uma vaga sensação daquilo que queria dizer, mas a palavra propriamente dita escapava-lhe. Desaparecera. Não sabia com que letra começava, nem como soava, nem quantas sílabas tinha. Não a tinha debaixo da língua. (...)
- O que a traz cá hoje, Alice? - perguntou a Drª Moyer.
- Ando com muitos problemas de memória, ultimamente, que pensei serem sintomas de menopausa. O período deixou de me aparecer há cerca de seis meses, mas apareceu de novo no mês passado, portanto talvez não esteja na menopausa e depois, bom... achei que seria melhor vir cá. (...)
- Mas não pode ser, tenho apenas cinquenta anos.
- Tem Alzheimer precoce. Tem razão, normalmente pensamos na Alzheimer como uma doença que afecta os mais idosos, mas dez por cento das pessoas com Alzheimer têm esta forma precoce e menos de sessenta e cinco anos ."
In,
O Meu nome é Alice
Para o seu fim de semana a nossa sugestão de leitura é:
O Meu nome é Alice
Escrito por Lisa Genova
O mundo de Alice é quase perfeito. É professora em Harvard, vive com o marido uma relação que resiste à passagem dos anos, às exigências da carreira, à partida dos filhos. E tem também uma mente brilhante, admirada por todos, uma mente que não falha... Um dia porém, a meio da uma conferência, há uma palavra que lhe escapa. É só uma palavra, um brevíssimo lapso. Mas é também um sinal, o primeiro, de que o mundo de Alice começa a ruir.
Seguem-se as idas ao médico, as perguntas, os exames e, por fim, a certeza de diagnóstico terrível. Aos poucos, quase sem dar por isso, Alice vê a vida a fugir-lhe das mãos. Ama o marido intensamente, ama os filhos, e todos eles estão ali, à sua volta. Ela é que já não está, é ela que se afasta, suavemente embalada pelo esquecimento, levada pela doença de Alzheimer.
Lisa Genova nasceu a 22 de novembro de 1970. Formada em Psicologia e com um doutoramento em Neurociência pela Universidade de Harvard, trabalhou durante anos como investigadora em áreas como a depressão, a doença de Parkinson, a toxicodependência e a perda de memória.
Estreou-se no romance com a nossa sugestão de leitura para este fim de semana, que publicou originalmente, em 2007, em edição de autor e que se tornaria mais tarde um bestseller do New York Times.
Já este ano, a 22 de fevereiro, Julianne Moore foi a vencedora do Oscar para a melhor atriz pela sua interpretação no filme "O meu nome é Alice", uma adaptação cinematográfica do seu livro.
Seguem-se as idas ao médico, as perguntas, os exames e, por fim, a certeza de diagnóstico terrível. Aos poucos, quase sem dar por isso, Alice vê a vida a fugir-lhe das mãos. Ama o marido intensamente, ama os filhos, e todos eles estão ali, à sua volta. Ela é que já não está, é ela que se afasta, suavemente embalada pelo esquecimento, levada pela doença de Alzheimer.
Em que mês estamos?
Onde vives?
Onde é o teu escritório?
Quando é o aniversário da Anna?
Quantos filhos tens?
Estreou-se no romance com a nossa sugestão de leitura para este fim de semana, que publicou originalmente, em 2007, em edição de autor e que se tornaria mais tarde um bestseller do New York Times.
Já este ano, a 22 de fevereiro, Julianne Moore foi a vencedora do Oscar para a melhor atriz pela sua interpretação no filme "O meu nome é Alice", uma adaptação cinematográfica do seu livro.
"Os meus ontens estão a desaparecer e os meus amanhãs são incertos".
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