abril 24, 2018

A VIRAGEM DE PORTUGAL PARA O MUNDO MODERNO COMEÇOU NO DIA 25 DE ABRIL DE 1974


"Quando se deu o golpe de Estado de 25 de Abril de 1974, a população portuguesa mal ascendia aos nove milhões, e a vinda dos retornados representou um dos maiores desafios da era pós-Revolução. Lisboa não via tantos desalojados desde a vaga de refugiados que invadira a cidade durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, em 1975, as coisas eram diferentes. Ao contrário dos refugiados da guerra  de 1939-1945, que beneficiaram de residência temporária enquanto aguardavam por uma passagem para fora da Europa, a vasta maioria dos retornados chegou a Lisboa para aí permanecer".

1975, Aeroporto de Lisboa, Fotografia de Alfredo Cunha
"A Revolução aconteceu no auge da Guerra Fria,  menos de um ano após a Guerra Israel-Árabe de 1973, e ao mesmo tempo que os Estados Unidos estavam a perder gradualmente a guerra no Vietname.
Também sucedeu numa era em que os Estados Unidos e a União Soviética ocupavam o topo de um sistema internacional bipolarizado, no qual rivalizavam por parceiros e influência. Nem os Estados Unidos nem a União Soviética iam ficar sentados à espera enquanto assistiam à agitação pós-Revolução em Portugal como meros espectadores."



Neil Lochery escreveu
Editado pela Editorial Presença
Portugal saído das sombras




Tendo como início a Revolução dos Cravos, em abril de 1974, e contextualizando com o fim do Estado Novo (que vigorava desde 1933), o novo período da democracia, a presidência portuguesa da União europeia e a crise económica que atingiu o país em 2010, este livro é um contributo fascinante e profundamente envolvente para o conhecimento de Portugal nas últimas décadas do século XX e inícios do século XXI.
Com um acesso sem precedentes a fontes diplomáticas privilegiadas, incluindo altos funcionários do Departamento de Estado norte-americano, bem como diplomatas britânicos e portugueses, o autor apresenta um relato de leitura aliciante dobre um país atualmente mais conhecido como destino de férias e como um membro pobre da União Europeia.

Fotografia de Alfredo Cunha, Portugal, 1974

"(...) o país sobrevivera à crise, e a má publicidade gerada pelos casos BES e Sócrates haveria de passar e de ser dissimulada pelo talento de figuras portuguesas no palco mundial.
Desde Cristiano Ronaldo e José Mourinho no futebol até Manoel de Oliveira no cinema (que infelizmente faleceria em 2015 com uns surpreendentes 106 anos de vida), passando por Paula Rego na pintura e Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura na arquitectura, Portugal continuava a produzir histórias de sucesso individual à escala mundial".



Neill Lochery é professor catedrático de Estudos do Médio Oriente e do Mediterrâneo na University College London (UCL) e um conceituado especialista em história moderna e política de Israel, do Médio Oriente e do Mediterrâneo. É autor de vários livros aplaudidos pela crítica sobre Portugal.
"Ao escrever este livro sobre os primeiros quarenta anos de Portugal democrático pós-ditadura, tentei manter um espírito aberto em relação às dificuldades políticas e económicas que assolaram o desenvolvimento de país desde 1974"



Boa Leitura

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