agosto 09, 2017

PRECISO QUE VÁ AO ESTRANGEIRO NUMA MISSÃO



"- E para onde é que eu vou exatamente? (...)
 - Birmânia? - sussurrou. (...)
 - Sim. Mas hoje em dia chama-se Myanmar, sabe disso? (...)
A visita à Birmânia era uma viagem demasiado cara para as suas posses, mas, mais do que isso, durante muito tempo o país tinha sido uma zona interdita por motivos políticos. Eva lera sobre a agitação entre as tribos das montanhas, o governo repressivo, e a prisão domiciliária de Aung San Suu Kyi, a mulher que todos adoravam e que sacrificara a sua vida pessoal para lutar pela democracia para o seu povo."





Caro Leitor, caso não possa ir em missão ao estrangeiro,
propomos-lhe uma leitura irresistível com excelentes descrições
que servem uma história intrigante que emociona do princípio ao fim.
Com paisagens, aromas inebriantes dos mercados,
das ruas e das fragrâncias dos jardins,
somos transportados para os cenários mágicos da Terra Dourada



Rosanna Ley escreveu
Porto Editora editou
Regresso a Mandalay




Eva Gatsby interrogou-se inúmeras vezes sobre o passado do avô, Lawrence Fox, e o que teria exatamente acontecido na Birmânia, quando ele ainda jovem ali viveu. Eva dedica-se à restauração de antiguidades e os patrões propõem-lhe uma viagem de trabalho àquele país - sobre o qual a avô desde sempre lhe contara histórias fascinantes. É então que Lawrence decide quebrar o silêncio e finalmente falar-lhe do grande amor da sua vida, Maya, a mulher que nunca esqueceu. Numa tentativa de sarar as feridas do passado, confia a Eva uma missão que se revelará de contornos imprevisíveis.
Eva inicia, assim, uma jornada que irá reconstruir o mosaico da história da família e que em simultâneo a obrigará a confrontar-se com a sua capacidade de voltar a acreditar no amor.



"- Há uma coisa que deveria ter sido feita há muito , muito tempo - murmurou ele. - Eu já não posso, claro, é demasiado tarde para mim. Talvez tenha cometido um erro terrível. Não sei bem se é esse o caso. Mas se tu..."
                                                                                                                 





Rosanna Ley é professora de escrita criativa e é autora de inúmeros artigos e histórias publicados em diversas revistas no Reino Unido. Os seus romances estão editados em 15 países. 
A autora passa férias em locais que lhe servem de inspiração e quando não está a viajar, vive no West Dorset, junto ao mar.






Boa Semana e Boas Leituras




agosto 04, 2017

PASSE E ESCOLHA . . . [A]GOSTO

Faça as suas escolhas (a)gosto e leia, . . . da forma que mais gostar.


Assim, . . . no sofá:



Ou assim, . . . na praia:



Ou assim, . . . com companhia:


Ou assim, . . . de uma forma mais fresca:






Na Biblioteca Municipal pode fazer as suas escolhas.













Escolha (a)gosto . . . a melhor forma e o melhor livro.












julho 28, 2017

DESCULPE, SENHOR INSPETOR HOUVE UM CRIME.


É sexta-feira, vem aí mais um Fim de Semana que, para muitos de nós, é também o começo das tão desejadas Férias, mas . . . não se está a esquecer de nada, Caro Leitor?

Ilustração de Denis Zilber


Para que o Leitor não tenha de se preocupar com a leitura, 
aceite a nossa sugestão de leitura de fim de semana que tem como 
pano de fundo o Portugal contemporâneo, um país traído por uma elite política corrupta, 
que sofre sob o peso dos seus próprios erros históricos.



A SENTINELA
Escrito por Richard Zimler
Editado pela Porto Editora


6 de julho de 2012. Henrique Monroe, inspetor-chefe da Polícia Judiciária, é chamado a um luxuoso palacete de Lisboa para investigar o homicídio de Pedro Coutinho, um abastado construtor civil. Depois de interrogar a filha da vítima, Monroe começa a acreditar que Coutinho foi assassinado ao tentar defender a perturbada adolescente do violento assédio sexual de algum amigo da família. Ao mesmo tempo, uma pen que o inspetor descobre escondida na biblioteca da casa contém alguns ficheiros com indícios de que a vítima poderá também ter sido silenciada por um dos políticos implicados na rede de corrupção que o industrial montara para conseguir os seus contratos.


"Todo o assassinato é um sinal de fracasso - fracasso em perdoar, em compreender, em conseguir justiça de outra maneira. Em encontrar uma porta de saída.
Por isso pergunto-me que fracasso se esconderá ensopado em sangue no tapete de Coutinho.
O mais provável é que um dos seus amigos ou conhecidos, com cuja mulher ou namorada Coutinho ..."


Para chegar ao desfecho deste crime, 
só tem que vir à Biblioteca Municipal e requisitar o livro.



Richard Zimler nasceu a 1 de janeiro de 1956 em Roslyn, um subúrbio de Nova Iorque. Fez um bacharelato em Religião Comparada na Duke University e um mestrado em jornalismo na Stanford University. Trabalhou como jornalista durante oito anos, principalmente na região de São Francisco.
Em 1990 foi viver para o Porto, onde lecionou jornalismo, primeiro na Escola Superior de Jornalismo e depois na Universidade do Porto. No últimos 19 anos, publicou 10 romances, uma coletânea de contos e dois livros para crianças, que rapidamente entraram nas listas de bestsellers de vários países (Portugal, Brasil, EUA, Inglaterra, Itália, ...).
O autor tem atualmente dupla nacionalidade, americana e portuguesa.
A 9 de julho deste ano recebeu a Medalha Municipal de Honra da Cidade do Porto e confere ao agraciado o título de "Cidadão do Porto".


Richard Zimler já ganhou diversos prémios:
  • Em 1994 o National Endowment of the Arts Fellowship in Fiction (EUA)
  • Em 1998 o Prémio Herodotus (EUA) para o melhor romance histórico
  • Em 2009 o Prémio literátio Alberto Benveniste 
  • Em 2009 o seu livro Os Anagramas de Varsóvia foi nomeado o Melhor Livro de 2009 pela revista LER e pelos alunos das escolas secundárias de Portugal - Prémio Marquês de Ouro
  • Ainda em 2009, o autor escreveu o guião para a curta-metragem O Espelho Lento, baseado num dos seus contos. O filme foi realizado nesse mesmo ano pela realizadora sueco-portuguesa Solveig Nordlund e venceu o Prémio de Melhor Filme Dramático no Festival de Curtas-Metragens de Nova Iorque em maio de 2010.



" Richard Zimler é um escritor emblemático e de indispensável leitura"
                                                                   Helena Vasconcelos



Ilustração de Iban Barrenetxea


Boas Leituras





julho 12, 2017

OS NÚMEROS DO 1º SEMESTRE

Terminado o primeiro semestre de 2017, vamos apresentar alguns números, que refletem parte da atividade da Biblioteca Municipal e dos serviços por ela prestados.
Através do gráfico apresentado a seguir, podemos ver o número de livros emprestados para leitura domiciliária e a comparação com os meses análogos do ano anterior.


Comparativamente ao ano anterior, verificamos que houve uma diminuição na quantidade de livros emprestados. De 3.961 livros emprestados no 1.º semestre de 2016, passámos para 3.412 em 2017, significando uma diminuição de 549 livros requisitados. Se analisarmos mês a mês, verificamos que só nos meses de março e maio superámos os números de 2016.


Da totalidade de livros requisitados, cerca de 77% foram por leitores numa faixa etária acima dos 18 anos, 5% na faixa situada entre os 13 e os 17 anos e 18% dos livros emprestados pela Biblioteca Municipal destinaram-se a leitores até aos 12 anos.

Ao longo do 1º semestre de 2017 registamos novas adesões, com a inscrição de 83 novos leitores, distribuídos da seguinte forma: 49 inscrições de novos leitores com idade acima dos 18 anos, 5 com idade compreendida entre os 13 e os 17 anos e as restantes 29 inscrições pertencem a crianças até aos 12 anos.


TOP dos 6 mais requisitados
ao longo do 1º semestre




Infanto-juvenil












junho 28, 2017

COMO É POSSÍVEL QUE ACONTEÇA UMA BARBARIDADE DESTAS EM PLENO SÉCULO XX?!!!!!!




Jan e Antonina Zabinski eram um casal de tratadores do jardim zoológico de Varsóvia horrorizados perante o racismo nazi, que se aproveitaram da obsessão nazi por animais raros para salvar mais de trezentas vidas condenadas a desaparecer. 
Foi nesta história que a realizadora neozelandesa Niki Caro realizou o filme o homónimo O Jardim da Esperança que estreou entre nós no passado dia 20 de abril. 
Nos papeis principais encontramos a atriz norte-americana, nomeada para dois Oscares, Jessica Chastain, o ator belga Johan Heldenbergh, o alemão Daniel Brühl, o irlandês Michael McElhatton, o israelita Iddo Goldberg e o sérvio-bósnio Goran Kostic.

Jardim Zoológico de Varsóvia antes da Segunda Guerra Mundial

Quando, no inicio da Segunda Guerra Mundial, Varsóvia caiu sob o domínio nazi, orgulhava-se de ter um dos mais famosos jardins zoológicos da Europa, em Éden, exuberante, que albergava uma profusa coleção de animais exóticos. 


Jan e Antonina Zabinski, um casal de polacos cristãos que partilhavam a mesma paixão pelos animais e pelo mundo natural, são tratadores do zoo e vivem dentro do próprio parque, em estreita relação com a natureza. 
Mas o terror nazi não irá poupar a paz deste cenário quase perfeito, e no meio de toda a destruição que o atinge só a coragem e a grandeza humana dos Zabinski permitirá, através de engenhosos subterfúgios, utilizar o próprio zoo para salvar as vidas não só de animais mas também de centenas de judeus polacos que Jan traz às escondidas do gueto de Varsóvia para o parque.




Escrito pela Diane Ackerman
Editado pela Editorial Presença
O Jardim da Esperança




É o testemunho poderoso dessa coragem, uma história verídica e mágica, baseada em inúmeras fontes da época, que ilumina a relação profunda existente entre humanidade e natureza, e celebra, com rara sensibilidade, a beleza, 
o mistério e a tenacidade do espírito humano e da própria vida.



"Na Primavera de 1942, o jardim zoológico tornou a ser invadido por uma autêntica correnteza de Hóspedes, que se escondiam dentro das jaulas, dos abrigos, dos armários, onde tentavam criar rotinas diárias vivendo, em simultâneo, num estado de pânico contido."

                                                                                                     In, O Jardim da Esperança



Diane Ackerman nasceu a 7 de outubro de 1948 nos estado do Ilinois, nos Estados Unidos da América. É autora de diversas obras, quer de poesia, ficção e científicas. A sua atividade tem merecido inúmeros prémios e distinções literárias e científicas, entre as quais se destacam a Guggenheim Fellowship e os prémios John Burroughs Nature e Lavan Poetry.
Os seus ensaios sobre a natureza e a natureza humana têm sido publicados no The New York Times, o The New Yorker ou na Natrional Geographic.
"A fim de contar esta história, baseei-me em inúmeras fontes indicadas na bibliografia, bem como, acima de tudo, nas memórias da mulher do tratador do jardim zoológico, Antonina Zabinski, repletas do feitiço sensorial do jardim; nos seus livros autobiográficos para crianças; nas recordações e nos livros de Jan Zabinski.(...) Apoiei-me igualmente em fotografias de família (foi através delas que fiquei a saber que Jan usava o relógio no pulso esquerdo hirsuto e Antonina tinha uma predileção especial por vestidos às bolinhas."


Bons Filmes e Boas Leituras
Para as suas Férias.


Pintura de Karin Jurick




junho 21, 2017

Apresentação de Livro

Dia 24 de junho | 16:00 | Aqui no nosso Auditório

 Apresentação do livro  
ORLA DA MATA
  1 . Vida Rural e Povoamento  
da autoria de Luís Neto, edição da Textiverso


É uma obra de características monográficas que trata da vida rural e do povoamento por Casais e Lugares na zona territorial da atual Freguesia da Marinha Grande, tocando, por vezes, algumas zonas limítrofes. Ali se podem encontrar questões singulares e surpreendentes, como os géneros cultivados através dos tempos, a importância das ribeiras e outras linhas de água, as profissões e ocupações ligadas à terra, os proprietários, as tributações e rendas, a indústria artesanal ligada à vida do campo, enfim, todas as incidências da vida rural, desde muito cedo e até 1917, passando pela formação da Freguesia, do 1.º Concelho e da pequena administração local. O autor laborou essencialmente em fundos documentais pouco ou nada divulgados, até agora.


Luís Manuel de Oliveira Neto, nasceu na Marinha Grande, em 1953, descendendo de famílias essencialmente vidreiras. Estudou na Marinha, Leiria e Lisboa (Instituto S. Contabilidade e Administração), trabalhou na indústria vidreira alguns anos e ingressou no quadro de Oficiais de Justiça, donde se aposentou. Desde jovem, militou em organização política e colaborou na imprensa periódica local, da Marinha e das localidades onde trabalhou, morando há mais de 20 anos perto de Vila Real. Publicou três livros de poesia e três de prosa (especialmente historiografia), tendo inéditas variadas obras e ensaios de cariz literário, como novelas históricas, biografias, bibliografia e guia de fontes.  








junho 07, 2017

HÁ QUALQUER COISA DE EXTRAORDINÁRIO NA MENTALIDADE DOS PORTUGUESES

É já no próximo sábado, dia 10 de junho, que se comemora mais um Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A Biblioteca Municipal não quer deixar de assinalar a data e para isso tem uma mostra bibliográfica, no átrio de entrada, alusiva ao tema.
É dessa mostra o livro que divulgamos hoje. Lê-se como se fosse um romance, através de uma narrativa, que permite ao leitor entrar no realismo da época dos descobrimentos e conhecer de forma apaixonada homens que marcaram esse época. 
Roger Crowley acredita em duas evidências: que a história universal endeusou Cristóvão Colombo e que Vasco da Gama " era uma figura genial. O maior".


"Se há um livro bom sobre os Descobrimentos é este"
                                                                                   Pacheco Pereira



Roger Crowley nasceu em 1951. É um proeminente historiador especializado nos grandes impérios marítimos europeus. As suas obras, pelo rigor e simplicidade, foram bestsellers do New York Times. 
Foi leitor de inglês na Universidade de Cambridge e ensinou inglês em Istambul. 
É autor de diversas obras de história, algumas delas premiadas.
Viajou muito pela bacia de Mediterrâneo, tendo um profundo interesse por essa região e pela sua cultura. "Devo ter passado seis meses a pesquisar a exploração dos portugueses em África no século XV - mapeei todos os cabos e baías que eles descobriram - antes de perceber que o meu livro seria demasiado longo e decidir que tinha de me focar num período de tempo mais curto."



"Este livro mostra bem como Portugal conseguiu dominar o mundo,  economicamente e através do cristianismo. 
O principal conquistador foi 
Afonso de Albuquerque, o Terrível"
                                                                                         José Manuel Garcia



Escrito por Roger Crowley
Editado pela Editorial Presença


Este livro conta-nos como Portugal construiu um grande império marítimo europeu, dando origem à primeira economia global. Numa narrativa empolgante e solidamente documentada, que equilibra a vertente humana e as dimensões geopolítica e religiosa, o aclamado autor aborda a supremacia marítima  de Portugal, com a descoberta do caminho marítimo para a Índia no seu âmago, as vitórias sobre governantes muçulmanos e o domínio do comércio das especiarias, revelando-nos o alcance do império português e dando vida a figuras como D. Manuel I, D. João II, Afonso de Albuquerque e Vasco da Gama. O relato essencial e atualizado de como uma das nações mais pequenas e pobres da Europa pôs em movimento as forças da globalização que hoje dão forma ao mundo.
Uma obra que dará a conhecer ao leitor português a sua própria história na perspetiva de um investigador estrangeiro.




"Durante a exploração, os portugueses iniciaram infindáveis interações mundiais, tanto benignas como malignas. Trouxeram armas de fogo e pão para o Japão e astrolábios e feijão-verde para a China, escravos africanos para as Américas, chá para Inglaterra, pimenta para o Mundo Novo, seda chinesa e medicamentos indianos para todo o continente europeu e um elefante para o Papa. pela primeira vez, os povos de lados opostos do planeta puderam ver-se, tornando-se alvo de descrições e espanto. (...)
Hoje, em Belém, perto do túmulo de Vasco da Gama, (...) há uma pastelaria e café (...). As multidões acorrem aí para provar a sua especialidade, os pasteis de Belém , tartes de nata cozidas até estarem douradas. Comem-se salpicadas de canela, acompanhadas por café escuro como pez. Canela, açúcar, café: os sabores do mundo que ali chegaram em veleiros".
                                                                                                                In, Conquistadores




BOAS LEITURAS 
[de preferência acompanhadas com um café e um pastel de nata]



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