julho 12, 2017

OS NÚMEROS DO 1º SEMESTRE

Terminado o primeiro semestre de 2017, vamos apresentar alguns números, que refletem parte da atividade da Biblioteca Municipal e dos serviços por ela prestados.
Através do gráfico apresentado a seguir, podemos ver o número de livros emprestados para leitura domiciliária e a comparação com os meses análogos do ano anterior.


Comparativamente ao ano anterior, verificamos que houve uma diminuição na quantidade de livros emprestados. De 3.961 livros emprestados no 1.º semestre de 2016, passámos para 3.412 em 2017, significando uma diminuição de 549 livros requisitados. Se analisarmos mês a mês, verificamos que só nos meses de março e maio superámos os números de 2016.


Da totalidade de livros requisitados, cerca de 77% foram por leitores numa faixa etária acima dos 18 anos, 5% na faixa situada entre os 13 e os 17 anos e 18% dos livros emprestados pela Biblioteca Municipal destinaram-se a leitores até aos 12 anos.

Ao longo do 1º semestre de 2017 registamos novas adesões, com a inscrição de 83 novos leitores, distribuídos da seguinte forma: 49 inscrições de novos leitores com idade acima dos 18 anos, 5 com idade compreendida entre os 13 e os 17 anos e as restantes 29 inscrições pertencem a crianças até aos 12 anos.


TOP dos 6 mais requisitados
ao longo do 1º semestre




Infanto-juvenil












junho 28, 2017

COMO É POSSÍVEL QUE ACONTEÇA UMA BARBARIDADE DESTAS EM PLENO SÉCULO XX?!!!!!!




Jan e Antonina Zabinski eram um casal de tratadores do jardim zoológico de Varsóvia horrorizados perante o racismo nazi, que se aproveitaram da obsessão nazi por animais raros para salvar mais de trezentas vidas condenadas a desaparecer. 
Foi nesta história que a realizadora neozelandesa Niki Caro realizou o filme o homónimo O Jardim da Esperança que estreou entre nós no passado dia 20 de abril. 
Nos papeis principais encontramos a atriz norte-americana, nomeada para dois Oscares, Jessica Chastain, o ator belga Johan Heldenbergh, o alemão Daniel Brühl, o irlandês Michael McElhatton, o israelita Iddo Goldberg e o sérvio-bósnio Goran Kostic.

Jardim Zoológico de Varsóvia antes da Segunda Guerra Mundial

Quando, no inicio da Segunda Guerra Mundial, Varsóvia caiu sob o domínio nazi, orgulhava-se de ter um dos mais famosos jardins zoológicos da Europa, em Éden, exuberante, que albergava uma profusa coleção de animais exóticos. 


Jan e Antonina Zabinski, um casal de polacos cristãos que partilhavam a mesma paixão pelos animais e pelo mundo natural, são tratadores do zoo e vivem dentro do próprio parque, em estreita relação com a natureza. 
Mas o terror nazi não irá poupar a paz deste cenário quase perfeito, e no meio de toda a destruição que o atinge só a coragem e a grandeza humana dos Zabinski permitirá, através de engenhosos subterfúgios, utilizar o próprio zoo para salvar as vidas não só de animais mas também de centenas de judeus polacos que Jan traz às escondidas do gueto de Varsóvia para o parque.




Escrito pela Diane Ackerman
Editado pela Editorial Presença
O Jardim da Esperança




É o testemunho poderoso dessa coragem, uma história verídica e mágica, baseada em inúmeras fontes da época, que ilumina a relação profunda existente entre humanidade e natureza, e celebra, com rara sensibilidade, a beleza, 
o mistério e a tenacidade do espírito humano e da própria vida.



"Na Primavera de 1942, o jardim zoológico tornou a ser invadido por uma autêntica correnteza de Hóspedes, que se escondiam dentro das jaulas, dos abrigos, dos armários, onde tentavam criar rotinas diárias vivendo, em simultâneo, num estado de pânico contido."

                                                                                                     In, O Jardim da Esperança



Diane Ackerman nasceu a 7 de outubro de 1948 nos estado do Ilinois, nos Estados Unidos da América. É autora de diversas obras, quer de poesia, ficção e científicas. A sua atividade tem merecido inúmeros prémios e distinções literárias e científicas, entre as quais se destacam a Guggenheim Fellowship e os prémios John Burroughs Nature e Lavan Poetry.
Os seus ensaios sobre a natureza e a natureza humana têm sido publicados no The New York Times, o The New Yorker ou na Natrional Geographic.
"A fim de contar esta história, baseei-me em inúmeras fontes indicadas na bibliografia, bem como, acima de tudo, nas memórias da mulher do tratador do jardim zoológico, Antonina Zabinski, repletas do feitiço sensorial do jardim; nos seus livros autobiográficos para crianças; nas recordações e nos livros de Jan Zabinski.(...) Apoiei-me igualmente em fotografias de família (foi através delas que fiquei a saber que Jan usava o relógio no pulso esquerdo hirsuto e Antonina tinha uma predileção especial por vestidos às bolinhas."


Bons Filmes e Boas Leituras
Para as suas Férias.


Pintura de Karin Jurick




junho 21, 2017

Apresentação de Livro

Dia 24 de junho | 16:00 | Aqui no nosso Auditório

 Apresentação do livro  
ORLA DA MATA
  1 . Vida Rural e Povoamento  
da autoria de Luís Neto, edição da Textiverso


É uma obra de características monográficas que trata da vida rural e do povoamento por Casais e Lugares na zona territorial da atual Freguesia da Marinha Grande, tocando, por vezes, algumas zonas limítrofes. Ali se podem encontrar questões singulares e surpreendentes, como os géneros cultivados através dos tempos, a importância das ribeiras e outras linhas de água, as profissões e ocupações ligadas à terra, os proprietários, as tributações e rendas, a indústria artesanal ligada à vida do campo, enfim, todas as incidências da vida rural, desde muito cedo e até 1917, passando pela formação da Freguesia, do 1.º Concelho e da pequena administração local. O autor laborou essencialmente em fundos documentais pouco ou nada divulgados, até agora.


Luís Manuel de Oliveira Neto, nasceu na Marinha Grande, em 1953, descendendo de famílias essencialmente vidreiras. Estudou na Marinha, Leiria e Lisboa (Instituto S. Contabilidade e Administração), trabalhou na indústria vidreira alguns anos e ingressou no quadro de Oficiais de Justiça, donde se aposentou. Desde jovem, militou em organização política e colaborou na imprensa periódica local, da Marinha e das localidades onde trabalhou, morando há mais de 20 anos perto de Vila Real. Publicou três livros de poesia e três de prosa (especialmente historiografia), tendo inéditas variadas obras e ensaios de cariz literário, como novelas históricas, biografias, bibliografia e guia de fontes.  








junho 07, 2017

HÁ QUALQUER COISA DE EXTRAORDINÁRIO NA MENTALIDADE DOS PORTUGUESES

É já no próximo sábado, dia 10 de junho, que se comemora mais um Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A Biblioteca Municipal não quer deixar de assinalar a data e para isso tem uma mostra bibliográfica, no átrio de entrada, alusiva ao tema.
É dessa mostra o livro que divulgamos hoje. Lê-se como se fosse um romance, através de uma narrativa, que permite ao leitor entrar no realismo da época dos descobrimentos e conhecer de forma apaixonada homens que marcaram esse época. 
Roger Crowley acredita em duas evidências: que a história universal endeusou Cristóvão Colombo e que Vasco da Gama " era uma figura genial. O maior".


"Se há um livro bom sobre os Descobrimentos é este"
                                                                                   Pacheco Pereira



Roger Crowley nasceu em 1951. É um proeminente historiador especializado nos grandes impérios marítimos europeus. As suas obras, pelo rigor e simplicidade, foram bestsellers do New York Times. 
Foi leitor de inglês na Universidade de Cambridge e ensinou inglês em Istambul. 
É autor de diversas obras de história, algumas delas premiadas.
Viajou muito pela bacia de Mediterrâneo, tendo um profundo interesse por essa região e pela sua cultura. "Devo ter passado seis meses a pesquisar a exploração dos portugueses em África no século XV - mapeei todos os cabos e baías que eles descobriram - antes de perceber que o meu livro seria demasiado longo e decidir que tinha de me focar num período de tempo mais curto."



"Este livro mostra bem como Portugal conseguiu dominar o mundo,  economicamente e através do cristianismo. 
O principal conquistador foi 
Afonso de Albuquerque, o Terrível"
                                                                                         José Manuel Garcia



Escrito por Roger Crowley
Editado pela Editorial Presença


Este livro conta-nos como Portugal construiu um grande império marítimo europeu, dando origem à primeira economia global. Numa narrativa empolgante e solidamente documentada, que equilibra a vertente humana e as dimensões geopolítica e religiosa, o aclamado autor aborda a supremacia marítima  de Portugal, com a descoberta do caminho marítimo para a Índia no seu âmago, as vitórias sobre governantes muçulmanos e o domínio do comércio das especiarias, revelando-nos o alcance do império português e dando vida a figuras como D. Manuel I, D. João II, Afonso de Albuquerque e Vasco da Gama. O relato essencial e atualizado de como uma das nações mais pequenas e pobres da Europa pôs em movimento as forças da globalização que hoje dão forma ao mundo.
Uma obra que dará a conhecer ao leitor português a sua própria história na perspetiva de um investigador estrangeiro.




"Durante a exploração, os portugueses iniciaram infindáveis interações mundiais, tanto benignas como malignas. Trouxeram armas de fogo e pão para o Japão e astrolábios e feijão-verde para a China, escravos africanos para as Américas, chá para Inglaterra, pimenta para o Mundo Novo, seda chinesa e medicamentos indianos para todo o continente europeu e um elefante para o Papa. pela primeira vez, os povos de lados opostos do planeta puderam ver-se, tornando-se alvo de descrições e espanto. (...)
Hoje, em Belém, perto do túmulo de Vasco da Gama, (...) há uma pastelaria e café (...). As multidões acorrem aí para provar a sua especialidade, os pasteis de Belém , tartes de nata cozidas até estarem douradas. Comem-se salpicadas de canela, acompanhadas por café escuro como pez. Canela, açúcar, café: os sabores do mundo que ali chegaram em veleiros".
                                                                                                                In, Conquistadores




BOAS LEITURAS 
[de preferência acompanhadas com um café e um pastel de nata]



maio 26, 2017

ACCEPTASNE ELECTIONEM?


"Este voltou-se para a assembleia e anunciou que sua eminência, cardeal Luca Rossini, fora eleito bispo de Roma e sucessor de Pedro, Príncipe dos Apóstolos, por uma maioria de dois votos". 
In, Eminência
                                                                                                                                  
                                         

Em 1998, um ano antes de morrer, Morris West dá-nos a conhecer Luca Rossini. Um argentino que foi eleito Papa.
Será que chega a ser entronizado?
Já em 1988, a ficção de Morris West assumiu o estatuto de profecia realizada com o seu romance As Sandálias do Pescador. Este romance girava em torno da eleição de um papa eslavo. Anos mais tarde o arcebispo polaco Karol Wojtyla foi eleito papa e adotou o nome de João Paulo II.


Mas voltemos ao cardeal Luca Rossini, a personagem principal do romance de
MORRIS WEST,
A EMINÊNCIA,
editado pelas Publicações Europa América,
 e que sugerimos para leitura do seu fim de semana.




É-nos narrada a história da próxima eleição papal e de algumas personagens que talvez nela venham a participar. Entre elas, a de maior importância é a Eminência, Luca, o cardeal Rossini, um homem que conheceu a tortura e a degradação pessoal enquanto, na juventude, exercia o sacerdócio na Argentina e que, depois de se exilar em Roma, foi nomeado pelo pontífice para ocupar um cargo importante. No entanto, esta obra vai além dos meandros políticos do Vaticano. Nela vamos encontrar paixão, ternura e intriga, suspense e drama e é provável que também venha a revelar-se profética.



Morris West nasceu a 26 de abril de 1916 em Melbourne, na Austrália. Aos 14 anos entrou para a Ordem dos Irmão Cristãos, onde tomou votos, aí tendo exercido as funções de monge docente durante oito anos. Em 1941, pouco antes de professar, abandonou a Ordem. Alistou-se então no exército australiano, trabalhando para os Serviços Secretos durante a segunda guerra mundial.
Em 1985, foi correspondente do Daily Mail na cidade do Vaticano. Essa experiência permitiu-lhe recolher muitos conhecimentos sobre os meandros eclesiásticos, que utilizou na concepção de vários dos seus romances.
Após ter vivido muitos anos na Grã-Bretanha e noutros países europeus, Morris West regressou à Austrália, a Sydney, onde foi nomeado presidente do Conselho da Biblioteca Nacional do seu país.
Apesar de ter sido um católico praticante até à sua morte a 9 de outubro de 1999, Morris West não deixou de criticar as posições da Igreja das quais discordava. Muitos dos seus romances, que estão à disposição do Leitor na Sala de Leitura, tratam de Papas, intrigas internas do Vaticano e como o poder do catolicismo se alastra pela política.



Fotografia de George Marks

Bom Fim de Semana com Boas Leituras

maio 08, 2017

MELHOR LIVRO DE FICÇÃO NARRATIVA


Foi no passado dia 15 de março, no Grande Auditório de Centro Cultural de Belém, que J. Rentes de Carvalho recebeu o Prémio Autores 2017 na categoria Melhor Livro de Ficção Narrativa, com o romance O Meças.


"O melhor de um livro de Rentes de Carvalho é tudo"
                                                                                            Sara Figueiredo Costa, Time Out



Romance inédito que conta a história de António Roque, homem atormentado, possesso do demónio de funestas memórias. As imagens do passado que regularmente se apoderam dele transformam-no num monstro capaz dos piores atos. Mas a obscura história da irmã e do homem abastado que se servia dela e que, apesar de morto, continua a instigar-lhe um ódio devastador não é exatamente como ele pensa que se lembra.
Depois de anos emigrado na Alemanha, o Meças regressa à sua aldeia de origem. Com ele vivem o filho (a quem detesta) e a nora (a quem deseja, mas inferniza a vida), atemorizando de resto a todos os que com ele se cruzam.
Uma história de violência, em que a progressiva definição dos contornos da memória revelará novas e dolorosas verdades.


"Coisas do Meças". Dizem aquilo e encolhem os ombros, mas mexericam, danam-se de não saber, pois nem os segredos de confessionário costumam durar tanto.
Sempre de cara torcida, ultimamente vêem-no pouco, raro aparece nos cafés, pensaram que andasse metido nalguma e estivesse outra vez preso, como quando numa zaragata na Covilhã, com tanta porrada que lhe dera, tinha deixado um cigano às portas da morte.
Não lhe faz mossa o que pensam ou cochicham, mais o aflige sentir que, à medida que os anos passam, o casulo em que de pequeno se meteu às vezes lhe tira o ar".
                                                                                                                   In, O Meças



J. Rentes de Carvalho nasceu em 1930, em Vila Nova de Gaia. Obrigado a abandonar o país por motivos políticos, viveu no Rio de Janeiro, em São Paulo, Nova Iorque e Paris, trabalhando em vários jornais. Em 1956 passou a viver em Amesterdão, onde se licenciou e foi docente de Literatura Portuguesa entre 1964 e 1988. Dedica-se, desde então, exclusivamente à escrita e a uma vasta colaboração em jornais portugueses, brasileiros, belgas e holandeses, além de várias revistas literárias.

Para além do Prémio acima mencionado, recebeu em:
  • 2012 Grande Prémio de Literatura Biográfica APE com o livro Tempo Contado
  • 2013 Grande Prémio de Crónica APE com o livro Mazagran


O Leitor pode encontrar na nossa Biblioteca Municipal 
para empréstimo domiciliário os seguintes títulos:
  • Os Lindos Braços da Júlia da Farmácia
  • A Sétima Onda
  • Ernestina
  • O Meças
  • Portugal a Flor e a Foice









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