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outubro 27, 2016

"TODO O ESCRITOR ESCREVE SOBRE AQUILO QUE LHE DÓI"

Presidido por Manuel Alegre, o júri do Prémio Leya, que conta com a participação de José Carlos Seabra Pereira, José Castello, Lourenço do Rosário, Nuno Judice, Pepetela e Rita Chaves, decidiu por unanimidade, este ano, não atribuir o galardão literário. Entre as 449 obras apresentadas a concurso não havia nenhuma com a "qualidade exigida" pelo júri.

Não foi o que aconteceu em 2014
Também por unanimidade, o mesmo júri, decidiu premiar o romance que "trata de um tema delicado, que poderia suscitar uma visão sentimental e vulgar: a relação entre dois irmãos, um deles com síndrome de Down. A realidade é trabalhada de uma forma objetiva e com a violência que estas situações humanas podem desenvolver, dando também um retrato social que evita tomadas de decisões fáceis. Há no entanto uma tonalidade lírica na relação que se estabelece entre dois deficientes e que salva, através de apontamentos de poesia e de humor, o desconforto de quem vive este problema.

O júri em 2014 leu e gostou e,
 certamente o leitor também irá ler e gostar.

Só tem de nos visitar e requisitar o romance

Escrito por Afonso Reis Cabral
Editado pela Leya
O Meu Irmão


Com a morte dos pais, é preciso decidir com quem fica Miguel, o filho de 40 anos que nasceu com síndrome de Down. É então que o irmão - um professor universitário divorciado e misantropo - surpreende (a até certo ponto alivia) a família, chamando a si a grande responsabilidade. Tem apenas mais um ano do que Miguel, e a recordação do afeto e da cumplicidade que ambos partilharam na infância leva-o a acreditar que a nova situação acabará por resgatá-lo da aridez em que se transformou a sua vida e redimi-lo da culpa por tantos anos de afastamento. Porém, a chegada de Miguel traz problemas inesperados - e o maior de todos chama-se Luciana.
Numa casa de família, situada numa aldeia isolada do interior de Portugal, o leitor assistirá à rememoração da vida em comum destes dois irmãos, incluindo o estranho episódio que ameaçou de forma dramática o seu relacionamento.

"Tenho quatro irmãs mais velhas e um irmão mais novo, que tem síndrome de Down.
 A proximidade com o meu irmão fez-me conhecer bastante bem a doença. 
O livro não é um testemunho da minha vida, até porque é ficção.
 Mas todo o escritor escreve sobre aquilo que lhe dói."
                                                                                        Afonso Reis Cabral



Nascido em Lisboa a 31 de março de 1990, Afonso Reis Cabral cresceu no Porto. A escrita é uma paixão antiga, já que escreve desde os 9 anos. "Dizia aos meus pais que o meu sonho era escrever um livro."
Em 2005 publicou Condensação, no qual reuniu escritos até aos 15 anos. Publicou textos em diversas publicações periódicas  e em 2008 ficou em 8º lugar no 7th European Student Competition in Ancient Greek Language and Literature, entre mais de 350  concorrentes de 551 escolas europeias e mexicanas. Foi o único português a concorrer.
É licenciado em Estudos Portugueses pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, tendo recebido o Prémio Mérito e Excelência atribuído ao melhor aluno do curso. Na mesma instituição fez o mestrado em Estudos Portugueses com a dissertação A Orquestra Oculta - Os Estudos da Consciência e a Literatura.
Foi bolseiro no Centro de História da Cultura, onde desenvolveu investigação sobre a editora Romano Torres.
Trabalhou como revisor e atualmente é editor adjunto na Alêtheia.

"É uma vergonha, e é muito português: o último parágrafo do livro foi escrito
 na manhã em que o enviei por correio, apenas dois dias antes da data limite. 
Quando o telemóvel tocou, revelando a voz de Manuel Alegre, 
reagi como qualquer pessoa: Não acredito, não acredito".
                                                                                                  Afonso Reis Cabral



" No terraço em frente da entrada sobrou apenas o abandono.
 O tempo cobriu-o com uma camada de folhas."






outubro 21, 2016

A CARTA QUE MUDARIA TUDO CHEGOU NUMA TERÇA-FEIRA


"Harold pensou em todas as coisas na vida que deixara escapar. Os pequenos sorrisos. As ofertas de cerveja. As pessoas por quem passava vezes sem conta, na rua ou no parque de estacionamento da fábrica de cerveja, sem sequer erguer a cabeça. Os vizinhos cujas novas moradas nunca guardara. Pior: o filho que não lhe falava e a mulher que ele traíra. Lembrou-se do pai no lar e da mala da mãe junto à porta. E, agora, aparecia-lhe uma mulher que, vinte anos antes, demonstrara ser sua amiga. Então era assim que as coisas se passavam? No preciso momento em que queria fazer alguma coisa, era sempre demasiado tarde?"

Será demasiado tarde?

É o que o Leitor vai descobrir ao requisitar
a nossa Sugestão de Leitura de Fim de Semana

Escrito por Rachel Joyce
Editado pela Porto Editora

A Improvável Viagem de Harold Fry


Para Harold Fry os dias são todos iguais. Nada acontece na pequena aldeia onde vive com a mulher Maureen, que se irrita com quase tudo o que ele faz. Até que uma carta vem mudar tudo: Queenie Hennessy, uma amiga de longa data que não vê há vinte anos, e que está agora doente numa casa de saúde, decide dar notícias. Harold responde-lhe rapidamente e sai para colocar a carta no marco do correio. No entanto, está longe de imaginar que este curto percurso terminará mil quilómetros e 87 dias depois. 
E assim começa esta improvável viagem de Harold Fry. Uma viagem que vai alterar a sua vida, que o fará descobrir os seus verdadeiros anseios há tanto adormecidos e sobretudo vai ajudá-lo a exorcizar os seus fantasmas.



Rachel Joyce nasceu em 1962 em Londres. Atualmente vive numa quinta do Gloucestershire, em Inglaterra com o marido e os quatro filhos. Durante vinte anos escreveu argumentos para rádio, televisão e teatro. Passou também pelo palco o que lhe valeu alguns prémios.
A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana foi o seu primeiro romance. A obra recebeu o National Book Award, na categoria New Writer of the Year, e um lugar entre os finalistas do prestigiado Man Booker Prize.
A Improvável Viagem de Harold Fry tem direitos de tradução vendidos para 35 países e já se venderam mais de 2 milhões de exemplares em todo o mundo. Vários meios de comunicação consideraram-no um dos melhores livros de 2012.




"Assombroso, inesperado e inspirador, Rachel Joyce faz-nos sentir
 que devíamos sair de casa, caminhar e descobrir a vida".
                                                                               The Times 













outubro 13, 2016

AINDA NÃO FOI DESTA NGUGI WA THIONG'O

O seu nome é recorrente nas apostas para vencedor do Prémio Nobel da Literatura e este ano o seu nome encontrava-se em primeiro lugar para os apostadores da Ladbrokes, a mais popular casa de apostas do Reino Unido.
Mas ainda não foi desta. 

Bob Dylan foi o premiado deste ano com o Nobel da Literatura "por ter criado novas expressões poéticas na tradição da canção americana".


Mas voltemos ao preferido da casa de apostas mais famosa do Reino Unido.
Quem é Ngugi wa Thiong'o?



James Thiong'o Ngugi, verdadeiro nome de Ngugi wa Thiong'o, é um escritor queniano, que inicialmente começou por escrever em língua inglesa, e que passou a escrever em língua gikuyu. Tem uma vasta obra que inclui romances, peças teatrais, contos e ensaios, da critica social à literatura infantil.
Nasceu a 5 de janeiro de 1938 em Kamirithu, uma região no centro do Quénia e pertence à etnia gikuyu, a mais populosa do país. Ngugi foi criado pelas quatro esposas do seu pai, numa casa cujo ritual de contar histórias à noite à volta de uma fogueira, fazia parte da rotina diária. Os primeiros anos da sua vida foram marcados pelos conflitos históricos. Primeiro, a Segunda Guerra Mundial, na qual os quenianos foram forçados a lutar ao lado dos seus colonizadores britânicos. Mais tarde, na década de 1950, com a revolta dos Mau Mau, uma organização anticolonial clandestina que abriu caminho para a independência do Quénia, na década seguinte.
Frequentou uma escola missionária e depois estudou noutras escolas do Quénia e do Uganda, tendo ido, mais tarde, para a Universidade de Leeds em Inglaterra.
Regressou a África em 1967, passando a lecionar Inglês na Universidade de Nairobi. Demitiu-se no decurso de um greve dos estudantes, em janeiro de 1969. No ano seguinte lecionou na Universidade e Evanston, nos Estados Unidos da América.
Escrito em Inglaterra, onde estudou literatura nos anos de 1960, Um Grão de Trigo (que a Biblioteca Municipal dispõe no seu fundo documental), é um livro cuja ação decorre na época que precedeu a independência do seu país a 12 de dezembro de 1963.
Na cadeia, como preso político, escreveu no papel higiénico o romance Devil on the Cross.


Na escola foi proibido de falar o idioma da sua etnia, foi forçado à circuncisão e à conversão pelo batismo na Igreja da Escócia, onde recebeu o nome de James.
Em 1977 foi preso no seu país por escrever romances e peças de teatro no idioma gikuyu. Nesse mesmo ano renegou o catolicismo, a língua e a identidade inglesa. Defende a preservação das culturas locais como alternativa para o futuro do continente africano.
Escreveu em gikuyu o romance Pétalas de Sangue (que o Leitor pode requisitar para empréstimo domiciliário), livro que foi censurado e que o levou à prisão.

"Podemos fazer parte do mundo sem abandonar a nossa identidade. Não precisamos de renunciar aos nossos idiomas para integrar o resto do mundo. Devia ser justamente o contrário: a nossa condição para fazer parte do mundo deveria ser a fidelidade às nossas raízes, incluindo os nossos idiomas."
                                                                                                          Ngugi wa Thiog'o


Após 22 anos de ausência (tinha jurado não regressar enquanto Daniel Arap Moi estivesse no poder), regressou ao Quénia a 31 de julho de 2004. Uns dias depois, a sua casa foi invadida por homens armados, que o agrediram e estupraram a sua mulher. Os atacantes foram capturados e condenados à morte.


Presentemente é professor de Literatura Inglesa na Universidade da Califórnia e continua a dar palestras um pouco por todo o mundo.


A bibliografia de alguns dos já premiados com o Nobel da Literatura encontra-se exposta na Biblioteca Municipal e espera por si até ao próximo dia 19.




agosto 05, 2016

FOI NA PRAIA QUE VI CHLOE GRACE PELA PRIMEIRA VEZ.






"A água era perfeitamente transparente pelo que podia ver nitidamente a areia ondulada do leito do mar, pequeninas conchas e pedacinhos de tenazes partidas de caranguejos, e os meus pés, lívidos e estranhos, como espécimes exibidos em redomas de vidro. Enquanto estava ali parado, de repente, não, não foi de repente, mas antes numa espécie de encapelamento progressivo, o mar engrossou, não era bem uma vaga, mas um ondular lento e suave que parecia vir das profundezas como qualquer coisa imensa se tivesse agitado lá no fundo (...). 
Depois uma enfermeira veio chamar-me. Virei-me e segui-a e foi como se tivesse a caminhar pelo mar dentro."
John Banville, In O Mar
                                                                                                      



É só uma pequena mostra da nossa sugestão de leitura para o fim de semana.
Em 2005 venceu o Man Booker Prize
a Publishers Weekly diz que é um romance Magnífico
para a Booklist é Brilhante
 e para a crítica do jornal Público, Helena Vasconcelos, é um dos melhores livros da última década.


Tudo boas razões para levar consigo
O Mar
Escrito por John Banville
Editado pelas Edições ASA  






Quando Max Morden regressa à pequena cidade onde passou férias na infância, está a tentar escapar a uma perda recente e, inadvertidamente, a confrontar um trauma antigo. Este vai ser também um regresso ao lugar onde conheceu a família Grace, que lhe deu a conhecer o amor e a dor, o sexo e a morte, em suma, os inesperados da vida...
Nesse verão distante, os Grace apareceram na sua vida como que vindos de outro mundo. Este sofisticado casal, em nada parecido com os outros adultos que ele conhecia, fascina-o. Mas vão ser os filhos do casal, os gémeos Myles e Chloe, que mais o cativam. Ele acabou por conhecê-los de uma forma confusa e até intima, e o que aconteceu então vai ensombrá-lo para o resto da sua vida e moldar todos os passos que der. Entrelaçadas nesta história estão as memórias que Morden tem de Anna, a sua mulher - da sua vida em comum, da sua morte -, e os momentos que compõem a sua vida atual: a sua relação com Claire, a filha já adulta, os outros hóspedes do hotel, e sempre o olhar que teima em fixar-se num passado que bate como "um segundo coração".



The Sea





Em 2013 estreou na Irlanda, The Sea, O Mar
a primeira longa-metragem do realizador Stephen Brown, 
com  Ciarán Hinds e Charlolle Rampling. 
O filme foi adaptado do romance 
que lhe sugerimos como leitura para o seu fim de semana 
e com argumento do próprio autor.





John Banville, romancista, nasceu a 8 de dezembro de 1945, em Wexford, na Irlanda. Na sua já vasta e aclamada obra, destacam-se Doutor Copérnico (vencedor do Prémio James Tait Black Memorial, 1976), Kepler (vencedor do Prémio para Ficção do Jornal The Guardian, 1981), Fantasmas e O Intocável (ambos finalistas do Whitbread Fiction Prize) ou O Livro da Confissão (finalista do Booker Prize em 1989). Com o romance O Mar, venceu em 2005 o Man Booker Prize.
Em 2011 foi galardoado com o Prémio Franz Kafka e em 2013 com o Pen Award irlandês e o Prémio de Estado de Literatura Europeia austríaco.  
Em 2014 recebeu o Prémio Príncipe das Asturias







Bom Fim de Semana


julho 27, 2016

FAZ CALOR EM ISTAMBUL.




No passado dia 15 de julho decorreu uma tentativa de golpe de estado na Turquia levada a cabo por militares. Parte do exército rendeu-se e Recep Tayyip Erdogan, que se encontrava de férias, regressa ao país de urgência, garantindo que continua no poder.

Caro Leitor, não vamos fazer uma análise à situação politica que, atualmente, se vive na Turquia. Sobre a atualidade, nesse e noutros países, o Leitor poderá ficar a saber mais, ao ler os jornais que estão ao seu dispor, gratuitamente, na nossa Sala de Periódicos.

Mas para se chegar aos acontecimentos do passado dia 15 de julho, muitas ocorrências transformaram a Turquia.
Baseado numa história autêntica, propomos a leitura do romance histórico - Da Parte da Princesa Morta -   baseado em factos verídicos, com início em janeiro de 1918, em Istambul, capital do império otomano, que durante séculos fez tremer a Cristandade, terminando no final da Segunda Guerra Mundial em Paris.



Para relembrar a autora veja Aqui


Kenizé Mourad,  é filha da protagonista do livro, Selma.
"Mais tarde, muito mais tarde, quis compreender a minha mãe. Interrogando os que a tinham conhecido, consultando os livros de História, os jornais da época e os arquivos dispersos da família, demorando-me em todos os lugares onde vivera, tentei reconstruir os diversos cenários da sua existência, hoje irremediavelmente desfigurados, e tentei reviver o que ela viveu. Finalmente, para me aproximar ainda mais, para a encontrar, confiei na minha intuição e imaginação."


Da Parte da Princesa Morta
Escrito por Kenizé Mourad
Edições Asa



Selma tem sete anos quando vê desmoronar-se esse Império que fez tremer toda a Europa. Condenada ao exílio, a família imperial instala-se no Líbano. Selma, que perdeu ao mesmo tempo o seu pai e o seu país, crescerá em Beirute e aí encontrará o seu primeiro amor. Mais tarde aceitará casar com um rajá indiano que nunca vira. Levada para a Índia, conhecerá o fausto dos marajás, os últimos dias do Império Britânico e a luta pela independência travada por Gandhi.
Mas lá, como no Líbano, será sempre "a estrangeira". Rejeitada pelo povo que começara a amar, foge para Paris onde encontrará finalmente um verdadeiro amor. A guerra no entanto separa-os e Selma morrerá na miséria, com 29 anos, depois de ter dado à luz uma filha: precisamente a autora deste livro

Pintura de Jim Farrant


Boas Leituras



junho 28, 2016

TINHA DE CONTAR AS SUAS HISTÓRIAS

No próximo dia 1 de julho, Luis Sepúlveda irá receber, 
na cidade da Guarda, o Prémio Eduardo Lourenço 2016.


Instituído em 2004, o Prémio Eduardo Lourenço destina-se a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica.
O júri entendeu premiar o autor pela "sua vastíssima obra, que sendo uma obra universal, também tem dentro dela o iberismo, no fundo, que é o espírito do Prémio Eduardo Lourenço".
A sua bibliografia é bem conhecida dos portugueses, é estudada nas nossas escolas, no 2º e 3º ciclos de ensino básico, fazendo parte do Plano Nacional de Leitura.


Luis Sepúlveda nasceu a 4 de outubro de 1949 em Ovalle, Chile. Em 1970, publica uma coletânea de contos intitulada Crónicas de Pedro Nadie, vence o Prémio Casa das Américas e ganha uma bolsa de estudos de cinco anos na Universidade Lomonosov em Moscovo. No entanto só lá ficou cinco meses por ter sido expulso da universidade por "atentado à moral proletária", devido a manter contactos com alguns dissidentes soviéticos. De volta ao Chile é expulso da Juventude Comunista, adere ao Partido Socialista Chileno e torna-se membro da guarda pessoal do presidente Salvador Allende. A 11 de setembro de 1973, Luis Sepúlveda encontrava-se no Palácio de la Moneda a fazer a guarda ao presidente Allende. É preso e julgado em fevereiro de 1975, sob a acusação de traição à pátria e conspiração subversiva, e é enviado para o estabelecimento prisional de Temulo, para cumprir uma sentença de 28 anos.
Sob pressão da Amnistia Internacional, a sua sentença é atenuada para 8 anos e para um exílio na Suécia. É então, exilado na Europa, que regressa à escrita e o seu primeiro romance O Velho Que Lia Romances de Amor, publicado em 1989 é um sucesso internacional.
Vive atualmente em Gijon, Espanha.


"A escrita de Luis Sepúlveda não tem fronteiras. 
Viaja por territórios distintos, inspira-se em pequenos acontecimentos, 
descobre conexões com todo o sentido."
                                                                                               Jornal de Negócios



Veja AQUI a bibliografia do autor,
que a Biblioteca Municipal dispõe para empréstimo domiciliário.


As Histórias Esperam Por Si 




junho 22, 2016

A LITERATURA NÃO TEM FRONTEIRAS


"Sinto que isto é um engano, mas mesmo assim sinto-me muito honrado por ter sido incluído na lista, ainda que por erro. Vou continuar a fazer o que fazem os escritores. Sempre que alguém ganha um prémio prestigiante penso que é um dia bom para a literatura. Sinto-me dessa forma agora".

Foi assim que o escritor norte-americano, 
Richard Ford
reagiu ao saber que tinha sido o vencedor do 
Prémio Princesa das Astúrias de Literatura 2016.

Os elementos do júri, reunidos em Oviedo, consideraram que a obra de Richard Ford se inscreve na grande tradição da novela norte-americana do século XX e recorre a uma épica "irónica e minimalista" para definir as sua personagens, enredos e argumentos.
Refere ainda o júri que o autor é um "narrador profundamente contemporâneo" e ao mesmo tempo "o grande cronista do mosaico de histórias cruzadas que é a sociedade norte-americana".
Richard Ford é "considerado por alguns o herdeiro legítimo de Hemingway, influenciado, como ele mesmo reconheceu, por Faulkner e segundo Raymond Carver o melhor escritor em atividade nos Estados Unidos" afirmou o júri.

"If loneliness is the disease, the story is the cure."
                                                                           Richard Ford


Richard Ford nasceu a 16 de fevereiro em Jackson, Mississipi, em 1944, onde viveu até aos 18 anos. A seguir, na Universidade de Michigan, estudou Literatura e Direito e, depois, na Universidade Washington, em S. Luís, Missouri, novamente Direito, embora não chegasse a concluir nenhum dos dois cursos, dado que decidiu em 1968 dedicar-se exclusivamente à literatura.
E começou bem a sua carreira de escritor, em 1976, com a publicação do romance Um Pedaço do Meu Coração, que conseguiu o reconhecimento da sua qualidade pela crítica literária americana. Seguiu-se, em 1986, O Jornalista Desportivo (que a Biblioteca Municipal tem para empréstimo domiciliário) que o consagrou definitivamente como um dos melhores escritores norte-americanos contemporâneos. O próprio Raymond Carver, de quem foi amigo, chamou-lhe "um escritor magistral" a propósito deste romance. Nesse mesmo ano o Times considerou-o um dos cinco melhores romances do ano.
Richard Ford é o único escritor distinguido com os prémios Pulitzer e Pen/Faulkner para uma mesma obra - Dia da Independência, também disponível para empréstimo domiciliário e que foi considerado pelo Times como "nada menos que a história do século XX" é inquestionavelmente um dos livros mais inteligentes e mais expressivos das duas últimas décadas  e o seu autor uma das vozes mais eloquentes da literatura americana atual.




Duas Boas Razões Para Nos Visitar.

Esperamos Por Si.




maio 25, 2016

É QUE EU SEMPRE USEI LIVRO PRA TUDO...


É que eu sempre usei livro pra tudo...
Pra saber ler,
Pra altear pé de mesa,
Pra aprender a usar a imaginação,
Pra enfeitar sala, quarto, a casa toda,
Pra ter companhia dia e noite,
Pra aprender a escrever,
Pra sentar em cima,
Pra rir, pra gostar de pensar,
Pra ter apoio num papo,
Pra matar pernilongo,
Pra travesseiro,
Pra chorar de emoção,
Pra firmar prateleiras,
Pra jogar na cabeça do outro na hora da raiva,
Pra me-abraçar-com, pra banquinho pro pé.

Eu sempre usei livro pra tanta coisa, que a coisa que mais me espanta é
ver gente vivendo sem livro.
                                                         Lygia Bojunga


Ilustração de Karin Jurick
Foi talvez por uma ou por todas estas razões que, em 1959, Florence Green, uma mulher de meia-idade, solitária, pequena, decide contra a implacável oposição local, abrir a primeira e única livraria em Hardborough.
Florence compra um edifício abandonado há anos, gasto pela humidade e com o seu próprio fantasma. 
Como se não bastasse o mau estado da casa, ela terá de enfrentar as pessoas da vila que, de um modo cortês mas inabalável, lhe demonstram a sua insatisfação com a existência da primeira livraria local. Só a sua ajudante, uma menina de dez anos, não deseja sabotar o seu negócio. 
Quando alguém sugere que coloque à venda a primeira edição de Lolita, de Nabokov [que o leitor também pode requisitar], a vila sofre um "terramoto" subtil, mas devastador. 
E, finalmente, Florence começa a suspeitar da verdade: uma terra sem uma livraria é, muito possivelmente, uma terra que não merece qualquer livraria.



Escrito por Penelope Fitzgerald
A LIVRARIA
Editado pelo Clube de Autores



"A leitura deste livro é um verdadeiro prazer"
                                                                                              Financial Times


Penelope Fitzgeral, nasceu a 17 de dezembro de 1916 em Lincoln, Inglaterra e é uma das mais notáveis vozes da ficção britânica. Depois de se licenciar em Somerville College, oxford, trabalhou na BBC e durante a guerra foi editora de um jornal literário, geriu uma livraria e ensinou em várias escolas, incluindo uma de teatro.
Autora tardia, começou aos 61 anos, publicou nove romances, poesia, contos e ensaio. Em vinte anos de escrita, os últimos da sua vida, foi quatro vezes finalista do Booker Prize (um deles foi precisamente com o romance que estamos a divulgar, A Livraria) e foi finalmente distinguida em 1979 com Offshore.
O seu último romance, A Flor Azul, de 1995, foi repetidamente eleito pela imprensa internacional como "Livro do Ano". A autora ganhou ainda o Circle Award, atribuído pela America's National Book Critics, contribuindo para que se tornasse conhecida de um público mais vasto.
É considerada  uma das grandes escritoras de língua inglesa do século XX apesar de nunca ter sido popular.  Penelope Fitzgerald faleceu em Londres, aos 83 anos, a 28 de abril de 2000.



É que eu sempre usei livro pra tudo...




maio 20, 2016

ERA TANTA A CONFUSÃO NAQUELA CASA . . .


Ilustração de Denis Zilber
"Era tanta a confusão naquela casa que, a princípio, vi-me à rasca para saber quem lá vivia. 
O Pai, era fácil: tinha olhos azuis, rabo-de-cavalo e dentes a mais. Trabalhava nas finanças. (...)
A Mãe era um hino. Aquilo era uma assoalhada única, mas o que ela arranjava para fazer todo o dia tu não acreditas. Lavava o cimento com lixívia, dava óleo nos móveis, desencardia os colarinhos, fazia o almoço assim que se levantava e o jantar quando a malta almoçava. (...)
Ninguém encorajava os rasgos da Anã e, logo que ela se manifestou como adiantada mental, o Pai reuniu a Família no Quintal e conspirou em voz baixa:
- Não é ela que é um prodígio, percebem? Nós é que somos broncos!"
                                                                                                           In Os Filhos da Mãe

É um romance absolutamente desconcertante,  
que o vai fazer rir da primeira à última página. 
 É a nossa sugestão para leitura de fim de semana. 


OS FILHOS DA MÃE
 de Rita Ferro
 Dom Quixote

História hilariante de uma família numerosa, disfuncional, de um pai lunático à doméstica achinelada, do marialva ao filho homossexual, da fedelha sobredotada à parelha de gémeos tão bonitos como estúpidos, que partilham um espaço exíguo e que para além de um hóspede, ainda aceita a filha de uma relação anterior de pai: uma cubana de 30 anos e quatro filhos pequenos, que erotiza os homens da casa e engravida a seguir.



Rita Ferro nasceu em Lisboa a 26 de fevereiro de 1955. É filha do escritor e filósofo António Quadros e de Paulina Roquette Ferro, neta paterna de Fernanda de Castro e António Ferro. É especialista de Marketing, tendo feito estágios profissionais nos EUA, Reino Unido e Brasil. Trabalhou como copywriter e depois como promotion manager nas Selecções do Reader's Digest, durante 11 anos. Foi professora no antigo IADE  e colabora regularmente na imprensa, na rádio e na TV. 
Foi apresentadora de televisão e cronista na rádio, jurada literária e de festivais de cinema. 
Em 1994 apresentou, conjuntamente com Mário Zambujal, o programa "Quem conta um conto" na RTP 2. Iniciou a sua carreira literária em 1990, com a publicação do romance O Nó na Garganta. Seguiram-se nos anos seguintes os romances O Vestido de Lantejoulas e o Vento e a Lua.
Escreveu 22 livros em 22 anos, entre romances, cartas, biografias, crónicas, literatura infantil e uma peça de teatro. Ao seu romance autobiográfico A Menina É Filha de Quem?, publicado em 2011, foi atribuído o Prémio PEN Clube Português de Narrativa 2012.
Rita Ferro criou um estilo e um novo género literário que se distingue por uma técnica de narração mordaz e cativante, de grande versatilidade. Os seus livros estão editados em Espanha, Brasil e Croácia. Participou no programa da Antena 1 A Páginas Tantas,  conjuntamente com Inês Pedrosa, Patrícia Reis e Ana Daniela Soares. É membro do Conselho Executivo da Fundação António Quadros, que reúne o espólio do seu pai e avós.
Em setembro de 2011, a sua obra foi objeto de tese de licenciatura orientada pela professora doutora Helena Barbas: " Estratégias de representação do "eu" e do sentir feminino em narrativas de Stefan Zweig, Simone de Beauvoir e Rita Ferro", por Donzília Alagoinha Felipe.
Atualmente é convidada habitual no programa Conversa de Raparigas na Antena 3.



"- Deixas uma moça que é minha filha vir viver connooooosco?
A Venância, que não podia de maneira nenhuma largar o refogado, respondeu no mesmo tom desbragado: 
 - Como é que sabes que é tua? Cortaste-lhe o umbiiiiiiigo?
E cheirando a colher de pau:
- Pergunta-lhe ao menos tem saúde?"
                                                                                                           In Os Filhos da Mãe










maio 13, 2016

TU FALASTE COM A NOSSA SENHORA?


Fátima, 1917

"Nessa manhã, com bigode de café, Lúcia explicou aos primos, que iam levar os rebanhos a pastar mais perto, havia muita erva e pouco tempo. Os primos compreenderam bem. Tinha chegado o dia. Por fim, tinha chegado o dia."
In, 
Em Teu Ventre

13 de maio de 1917
As Aparições de Fátima são o tema do mais recente livro de José Luís Peixoto. 
Mais do que o milagre e sem tomar partido nem extremar posições, ao autor, interessa-lhe a realidade dessa época, abrir novas possibilidades de interpretação, romper com discursos simplificados e entrar dentro do tabu. De maio a outubro de 1917, vai descrever um dos acontecimentos mais marcantes da nossa história recente e que o Leitor vai poder testemunhar na nossa 
sugestão de leitura de fim de semana.


Em teu Ventre
José Luís Peixoto 
Editado pela Quetzal


"Ai, Lúcia, que eu não mereço metade das arrelias que me dás. Parece que não bastam as tantas que já tenho, a deitarem-me abaixo todos os dias, e ainda te vais lembrar de mais moléstias. Para  que é isso, filha? Não te falta pão, não te falta descanso, não te falta brincadeira. Ganha consciência. Tu não vês que isso não está bem-feito? A própria Nossa Senhora se apoquenta com estas coisas, nem é bom pensar."
In, 
Em Teu Ventre

A partir de um ponto de vista inteiramente novo, Em Teu Ventre retrata um dos episódios mais marcantes do século XX português: as aparições de Nossa Senhora a três crianças, entre maio e outubro de 1917.

"As aparições de Nossa Senhora têm uma ligação clara à maternidade, tal como o culto mariano. No livro, essa componente é dada por três figuras. A da mãe de Lúcia, que disputa com a filha o protagonismo do livro; a da mãe idealizada, que surge nos textos em versículos; e a de que parece ser a do narrador ou autor. É uma reflexão sobre a mãe que cada um carrega dentro de si e a sua importância formadora"
José Luís Peixoto, 
In Jornal de Letras



"Belíssimo romance, um dos melhores de José Luís Peixoto. 
Acabámo-lo de ler e não queríamos que tivesse acabado. 
É o melhor elogio que se pode fazer a um livro e a um autor". 
                                                                                                      Miguel Real



José Luís Peixoto nasceu a 4 de setembro de 1974, em Galveias, concelho de Ponte de Sôr. 
É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (inglês e alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Antes de se dedicar profissionalmente à escrita em 2000, foi professor. 
É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética está representada em diversas antologias, traduzida em mais de 20 idiomas e é estudada em várias universidades nacionais e estrangeiras.
Recebeu o Prémio Jovens Criadores na área da literatura, no as anos de 1997, 1998 e 2000.
Em 2001, o seu romance Nenhum Olhar recebeu o Prémio Literário José Saramago. Esse mesmo livro, publicado no Reino Unido sob o Título "Blank Gaze" fez parte da lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra em 2007.
 Em 2007, em Saragoça, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. 
Com Livro, venceu o Prémio Libro d'Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu publicado no ano anterior.
As suas obras foram ainda finalistas de prémios internacionais como o Femina (França), o Impac Dublin (Irlanda) ou o Portugal Telecom (Brasil).
Na poesia, o livro Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores.
Em 2005, escreveu as peças de teatro Anathema, estreada no Theatre de la Bastille, em Paris, e À Manhã, que estreou em Lisboa no Teatro São Luiz.
Em 2012, publicou Dentro do Segredo, Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens. Galveias, o seu mais recente romance, foi publicado em 2014.
Morreste-me, Gaveta de Papeis e Nenhum Olhar estão publicados em braille.
município de Ponte de Sôr criou, em 2007,  um prémio literário com o nome de José Luís Peixoto para  jovens autores.


"Quero que o livro exista para lá das minhas convicções. 
Não gostaria que as minhas crenças moldassem a leitura de ninguém"
                                                             José Luís Peixoto,
                                                                  In Jornal de Letras




Bom Fim de Semana


abril 13, 2016

LIQUIDEMOS OS PROBLEMAS, OU MELHOR AINDA, LANCEMO-LOS NO INCINERADOR.

  
A Queima de Livros 

Quando o regime ordenou que fossem queimados publicamente
Os livros que continham saber pernicioso, e em toda a parte
Fizeram bois arrastarem carros de livros
Para as pilhas em fogo, um poeta perseguido
Um dos melhores, estudando a lista dos livros queimados
Descobriu, horrorizado, que os seus 
Haviam sido esquecidos. A cólera o fez correr
Célere até sua mesa, e escrever uma carta aos donos do poder.
Queimem-me! Escreveu com pena veloz. Queimem-me!
Não me façam uma coisa dessas! Não me deixem de lado! Eu não 
Relatei sempre a verdade nos meus livros? E agora tratam-me
Como um mentiroso! Eu lhes ordeno:
Queimem-me!
                                                                                                Bertolt Brecht



Fahrenheit 451 - a temperatura a que um livro se inflama e consome

Numa indeterminada e super-tecnológica civilização do futuro, um regime totalitário determinado a garantir a "felicidade" dos seus súbditos proíbe severamente a posse  e a leitura de livros; quem quer que seja apanhado na sua posse é preso e os livros e a sua casa queimados pela Vigília do Fogo, que, mais do que apagar, ateia incêndios. O protagonista Montag, anteriormente um zeloso executor, começa gradualmente a nutrir dúvidas sobre o seu trabalho, também porque uma jovem, conhecida por acaso e aparentemente "louca", abala profundamente as suas convicções.
O cenário desenhado por Fahrenheit 451 é um dos mais inquietantes, jamais concebidos pela ficção científica: sem alienígenas ou naves espaciais, sem artefactos engenhosos ou armas mirabolantes (os incendiários usam querosene), aquele mundo lívido e opressivo que deveria garantir o bem-estar universal assalta-nos como se pudesse, um dia destes, olhar novamente para nós e envolver-nos numa espiral de uma perseguição da inteligência, da qual não podemos deixar de nos sentir ameaçados. À morte da cultura corresponde no romance o triunfo da destruição, primeiro das mentes e depois dos corpos, até ao apocalipse de uma guerra insensata e incompreensível que apaga todas as ações humanas. A denúncia dura de um perigo mortal que paira sobre a civilização ocidental ganha, de tal modo, contornos de uma profecia aterrorizante, que a sua tristeza é apenas mitigada pelo alento da esperança regenerativa que irrompe, muito ao de leve, no final.

"- Quero também apresentar-lhe Jonathan Swift, autor dessa perniciosa obra política: As Viagens de Gulliver. E este é Charles Darwin, aquele Schopenhauer e aquele Einstein; este aqui ao meu lado é o senhor Albert Schweitzer, na verdade um simpático filósofo. Aqui estamos todos reunidos, Montag. Aristófanes, o Mahatma Gandhi e Gautama Buda, Confucius, Thomas Love Peacock, Thomas Jefferson, Karl Marx e o senhor Lincoln. Somos igualmente Mateus, Marcos, Lucas e João."


Fahrenheit 451, do escritor norte-americano Ray Bradbury, publicado inicialmente em 1953, é um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário como sugestão de leitura, encontra-se disponível para empréstimo domiciliário e faz parte da mostra bibliográfica patente ao público no Átrio da Biblioteca Municipal intitulada - Pela Liberdade.



Ray Bradbury, nasceu a 22 de agosto de 1920, em Waukegan, Ilinois (EUA).  Em 1934, mudou-se com a família para Los Angeles, para onde o pai, operário eletricista, se tinha mudado em busca de trabalho.
Foi aí que, em 1939, fundou uma pequena revista de ficção científica, juntamente com outros apaixonados do género. Começou a escrever contos, enviando-os para revistas especializadas que, frequentemente, os publicavam. Em 1950, publicou o seu primeiro volume de contos, Crónicas Marcianas, que teve um grande sucesso, depois suplantado por Fahrenheit 451 (1953), disponíveis na nossa Biblioteca.
A partir dos anos sessenta, começa a trabalhar intensamente como encenador cinematográfico, não abandonando nunca, a literatura.
Em 2002, em sua homenagem foi colocada uma estrela no "Passeio da Fama" em Hollywood pelas suas contribuições na ficção científica na literatura, no cinema e na televisão.
Entre os inúmeros prémios que Ray Bradbury recebeu durante toda a sua carreira, destacamos os mais importantes prémios de ficção científica, os Prémios Nébula, que a partir de 1991 são conhecidos como o Prémio Bradbury. Em 2004 recebeu o Prémio Hugo, referente a 1954 e ao livro que hoje divulgamos.
A 5 de junho de 2012, Ray Bradbury morreu aos 92 anos de idade na sua casa de Los Angeles na companhia dos seus gatos.





Esperamos por si



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