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abril 07, 2017

ESTE É UM LIVRO ALTAMENTE SUBVERSIVO...EM REGIMES TOTALITÁRIOS

"Luanda, junho de 2015: um grupo de ativistas angolanos estava reunido numa livraria a discutir um trabalho de Domingos da Cruz, baseado em Da Ditadura à Democracia. Por essa razão, foram presos em "flagrante delito", alega a justiça angolana."
                                                                                                In, Da Ditadura à Democracia


Luaty Beirão no julgamento por estar a ler O Livro

- Este é um livro altamente subversivo.
(António Luvualu de Carvalho - embaixador itinerante de Angola)
- Concordo consigo. É um livro altamente subversivo, mas em regimes totalitários.
 Não é subversivo em democracias. 
Este livro não leva ao derrube de democracias.
(José Eduardo Agualusa, escritor)


Mas que Livro é este que as 
"ditaduras temem como se de uma bomba atómica se tratasse"?

É um guia prático para a luta nãoviolenta.
Originalmente publicado em 1994, Da Ditadura à Democracia
tem inspirado dissidentes políticos de todo o mundo.
Foi traduzido em mais de 30 línguas e desempenhou
um papel central na Primavera Árabe, tornando-se a principal referência 
para os revolucionários nãoviolentos do século XXI

Caro Leitor, sem medo de ser preso, 
sugerimos a leitura deste livro para o seu fim de semana



Escrito por Gene Sharp
Da Ditadura à Democracia
Editado pela Tinta da China 
(cuja receita da venda do livro reverte para os presos políticos e respetivas famílias)



Gene Sharp nasceu a 21 de janeiro de 1928. É o fundador da Albert Einstein Institution, uma ONG que se dedica a promover o estudo da ação nãoviolenta, e foi professor de Ciências Políticas na Universidade Massachusetts Dartmouth, nos Estados Unidos. Foi indicado quatro vezes para o Prémio Nobel da Paz.
É conhecido pelos seus textos sobre luta nãoviolenta e tem influenciado movimentos de resistência pacífica em todo o mundo.
Também conhecido como o "pai das revoluções pacíficas", publicou este livro em 1994, com o objetivo de ajudar a derrubar a ditadura na Birmânia, na sequência da detenção da líder da oposição Aung San Suu Kyi pelos militares. Desde então, as suas palavras já fizeram cair autocratas da Sérvia ao Egito.
Gene Sharp ficou surpreendido quando soube que um dos argumentos para a detenção dos ativistas angolanos foi estarem na posse do seu livro: "O meu livro não tem mesmo nada a ver com golpes de estado. É um livro sobre formas pacíficas de mudança. Só é subversivo para quem defende ditaduras."



Bom Fim de Semana




março 24, 2017

A VERDADE SÓ A DEVO A TI

"A verdade só a devo a ti, minha filha, ainda que porventura ela não possa proporcionar esclarecimentos. A natureza dos acontecimentos excede as simples contingências - a realidade dos nomes, dos rostos, das ações de luta e das prisões. (...) Em todo o caso, é verdade que também nevou fortemente no dia em que te deixei na União Soviética. Deveria ser temporário: ficarias no colégio seis meses; na pior das hipóteses, um ano."
                                                                                                     In, Cartas Vermelhas


Para o seu fim de semana sugerimos a leitura 
de um romance inspirado em factos reais. 

Inspirado na vida de Carolina Loff da Fonseca, uma militante do Partido Comunista que trabalhou nas mais altas esferas do Comintern, que viajou por toda a Europa, que viveu na clandestinidade, que foi presa, espia, mãe e que se apaixonou por um dos agentes da polícia política que a interrogou. 

Este romance foi selecionado como Livro do Ano pelo jornal Expresso (2012)
 e finalista do Prémio Literário Fernando Namora
É ainda recomendado pelo Plano Nacional de Leitura 
como sugestão de leitura na formação de adultos.


Editado pela Oficina do Livro
Escrito pela Ana Cristina Silva
Cartas Vermelhas


Nascida em Cabo Verde de uma família branca e abastada, Carol nunca se resignou à miséria das ilhas. E, movida pelo sonho de construir uma sociedade mais justa, ingressou ainda jovem no Partido Comunista. Não se importando de usar a beleza como arma ideológica, abraçou a luta revolucionária, apaixonou-se por um camarada e ficou grávida pouco antes de ser presa. Foi a sua mãe quem tratou de Helena nos primeiros tempos, mas, depois de libertada, Carol levou-a para Moscovo, onde trabalhou nas mais altas esferas do Comintern. Aí, o contacto com as purgas estalinistas não chegou para abalar as suas convicções, mas o clima de denúncia e traição catapultou-a para o cenário da Guerra Civil espanhola, obrigando-a a deixar Helena para trás; e, apesar de ter escapado aos fuzilamentos franquistas, a eclosão da Segunda Guerra Mundial impediu Carol de voltar à União Soviética para ir buscar a filha.
Será apenas vinte anos mais tarde que mãe e filha se reencontrarão em Berlim; a frieza e o ressentimento de Helena farão com que , na viagem de regresso a Lisboa, Carol decida escrever um romance autobiográfico com o qual filha possa, se não perdoar-lhe, pelo menos compreender as circunstâncias do abandono - a clandestinidade, a prisão, a guerra, a espionagem e o inconcebível casamento com um inspetor da polícia política.



Ana Cristina Silva nasceu a 14 de novembro de 1964 em Vila Franca de Xira, é docente universitária no ISPA-IU. Doutorada em Psicologia da Educação, especializou-se na área da aprendizagem da leitura e da escrita, desenvolvendo investigação neste domínio com obra científica publicada em Portugal e no estrangeiro.
Além do romance que hoje sugerimos, o Leitor encontra para leitura domiciliária os seguintes títulos:
  • As Fogueiras da Inquisição
  • A Segunda Morte de Anna Karénina
  • A Noite Não É Eterna.



BOM FIM DE SEMANA



fevereiro 24, 2017

IR PARA A FOLIA OU FICAR NO SOFÁ?


Carnaval de Carybé (1911-1997)

É já este fim de semana que se vai "Brincar ao Carnaval".
Para quem gostar da Folia, não vale a pena falar em leitura de fim de semana.

Mas... há sempre um ou outro Leitor
ansioso pelo fim de semana para ficar no sofá, com uma bebida quente e ... UM LIVRO;
ou, então, sentar-se no sofá e ver uma "maratona" de Séries.

A Rainha do Sul diz-lhe alguma coisa?
Teresa Mendoza, sabe quem é?
Epifanio Vargas sabe o que faz?
Joaquim de Almeida consegue apanhar a agenda de Güero?

Joaquim de Almeida, no papel de Epifanio Vargas

Na série A Rainha do Sul, que é transmitida todas as quintas-feiras no canal Fox Life, pelas 23h05, Teresa Mendoza, interpretada pela atriz Alice Braga, sobrinha da nossa conhecida Sonia Braga, contracena com Joaquim de Almeida, no papel de Epifanio Vargas.
Foi baseada no romance do escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte, editado pelas Edições ASA, e que o Leitor pode requisitar para leitura do seu fim de semana.



Teresa Mendoza é uma mulher solitária que constrói um império a partir do nada num mundo implacável inteiramente dominado por homens, o mundo do narcotráfico.
Uma história de corrupção, amor e morte que nos revela o que de melhor e de pior existe no ser humano.
Teresa vê-se forçada a fugir do México quando o namorado, que trabalhava para um cartel de droga, é assassinado. Este vai ser o momento de viragem na sua vida. Pobre e analfabeta, estava longe de imaginar que acabaria por se converter numa lenda do narcotráfico espanhol.
No final, aquela que regressa à sua terra natal para ajustar contas com o passado será uma Teresa muito diferente da que fugiu doze anos antes.
Um romance onde não há bons nem maus, mas que é o reflexo de um universo cruel onde matar, morrer, enganar, corromper, trair, subornar e traficar faz parte do quotidiano. Um mundo em que a moralidade é em absoluto impraticável e onde a chave do sucesso reside, ironicamente, na falta de esperança.

"Não escrevo para que o mundo seja melhor.
Eu escrevo romances em legítima defesa."


Arturo Pérez-Reverte, nasceu em Cartagena a 24 de novembro de 1951. Antigo repórter de guerra, dedica-se exclusivamente à escrita desde 1980. O seu grande êxito, A Tábua de Flandres, foi publicado em 1990, foi um sucesso de vendas, mereceu o Grande Prémio francês para a categoria de romance policial, faz parte do Plano Nacional de Leitura como sugestão de leitura para o ensino secundário e,  pode ser requisitado pelo Leitor.
Em 2003 foi eleito membro da Real Academia Espanhola.
Da sua vasta bibliografia, para além dos romances acima mencionados, o Leitor encontra na Biblioteca Municipal, ainda, os seguintes títulos: Território Comache, Um Dia de Cólera, A Pele do Tambor, galardoado com o Prémio Jean Monnet para a Literatura Euripeia.
Como repórter de guerra, durante mais de vinte anos, esteve no Líbano, Nicarágua, Moçambique, Eritreia, Jugoslávia, entre  outros países em conflito.

"A História permite-nos compreender melhor o presente. O novo não é mais do que o passado que já esquecemos. Tudo já aconteceu. Quem não leu a Guerra de Tróia, não compreende Sarajevo, quem não leu Xenofonte não compreende a guerra dos mercenários em Angola, em 1978."

Tem uma visão pessimista do mundo, odeia o humanismo cristão, " O problema da Europa neste momento é que não tem líderes. O melhor que conseguimos é Merkel. Rajoy é um medíocre. Portugal está como está. (..) Dentro de 20 anos chegarão os fascismos. Haverá movimentos neonazis vitoriosos por toda a Europa. (...) Mas eu já não vou cá estar, já não me importa."



Ficou indeciso entre ir para a rambóia
ou ficar quentinho no sofá com a nossa sugestão de leitura.

Qualquer que seja a sua escolha
Tenha um bom fim de semana.




fevereiro 03, 2017

FELIZ ANIVERSÁRIO PAUL AUSTER

Paul Auster por André Carrilho

"A literatura é essencialmente solidão. Escreve-se em solidão, lê-se em solidão e,
 apesar de tudo, o ato de leitura permite uma comunicação entre dois seres humanos."
                                                                                                                 Paul Auster

Nome cimeiro da literatura norte-americana dos nossos dias, Paul Auster nasceu a 3 de fevereiro de 1947 em Newark, Nova Jersey. Em 1970 licenciou-se na Universidade de Columbia e residiu durante quatro anos em França, antes de se radicar em Nova Iorque. A sua proximidade à literatura francesa haveria de marcá-lo para sempre. É admirador de André Breton, Paul Éluard, Stéphane Mallarmé, Sartre e Blanchot, alguns dos quais traduziu para a língua inglesa. Além destes consagrados autores franceses, Paul Auster refere ainda Dostoiévski, Hemingway, F. Scott Fitzgerald, Faulkner, Kafka, Holderlin, Beckett e Proust, como autores que influenciam a sua obra.
Apaixonado também pelo cinema, em 1998 realizou o seu primeiro filme, Lulu on the Bridge.
Paul Auster já foi traduzido em mais de 40 línguas e vendeu milhões de livros (ficção, poesia, ensaio) e nosso país foram mais de 220 mil exemplares vendidos.
Venceu em 2003 o Prémio Médicis e em 2006 o Prémio Princesa das Astúrias.
Hoje é editado entre nós o seu mais recente romance "4 3 2 1" e, enquanto não chega às prateleiras da Biblioteca Municipal, tem o Leitor, para leitura do seu fim de semana, a bibliografia de Paul Auster à sua disposição na nossa mostra bibliográfica no átrio de entrada.


"Escrever já não é para mim um ato de livre vontade, é uma questão de sobrevivência."


É membro da Academia norte-americana de Artes e Letras, da de Artes e Ciências e presidente do PEN América, cargo que aceitou para liderar a oposição dos escritores americanos ao novo presidente norte-americano, Donald Trump. "Vou falar tanto quanto puder, caso contrário não consigo viver comigo mesmo".
Em setembro deste ano, Paul Auster irá estar em Portugal para participar no próximo Festival Internacional de Cultura de Cascais.

John Singer Sargent

Bom Fim de Semana com Boas Leituras




janeiro 12, 2017

POIS SIM; MAS EU É QUE NÃO ESTOU PARA O ATURAR

Estreou nas salas de cinema a 5 de janeiro, o filme Zeus, realizado por Paulo Filipe Monteiro.
Não se trata do principal deus da mitologia grega, considerado na Grécia Antiga como o deus dos deuses mas, o nome de um cargueiro, que saiu de Lisboa a 17 de dezembro de 1925 e cujo rumo era a Argélia.
Nele ia, aos 65 anos de idade, Manuel Teixeira Gomes e não mais voltaria à Pátria.
Não levou consigo nem um papel, nem um livro, nada que lhe lembrasse o país. Levou apenas uma mala de roupa que usaria até ao fim da sua vida.
Durante os 15 anos seguintes viveu na cidade argelina de Bougie, no quarto nº 13, do Hotel de L'Étoile, onde retomou a sua atividade literária, desde há muito interrompida, e onde escreveu, segundo os críticos, uma das obras-primas da literatura portuguesa dos século XX, Maria Adelaide, outros outros livros de contos, memórias e cartas.

Bougie, Hotel onde faleceu Manuel Teixeira Gomes a 18/10/1941

Manuel Teixeira Gomes
, representante do Partido Democrático, foi o sétimo presidente da Primeira República Portuguesa, de 6 de outubro de 1923 a 11 de dezembro de 1925, no meio de permanentes convulsões políticas e sociais. A 11 de dezembro de 1925 enviou uma carta de renúncia ao Presidente do Congresso, alegando motivos de saúde, e dando início a um exílio voluntário de 15 anos: " Pois sim; mas eu é que não estou para o aturar", numa alusão ao presidente do Conselho.

Mamuel Teixeira Gomes no seu gabinete em Londres

Político, escritor e diplomata, Manuel Teixeira Gomes, nasceu a 27 de maio de 1862, em Portimão. Aos dez anos mudou-se para Coimbra para estudar no liceu do Seminário Diocesano, onde travou conhecimento com José Relvas. Em Lisboa frequentava regularmente a Biblioteca Nacional e conviveu com João de Deus e Fialho de Almeida. Depois de cumprir o serviço militar fixou-se na cidade do Porto, tendo colaborado com o jornal Primeiro de Janeiro e noutros jornais e revistas de menor expansão. Deixou a vida boémia do Porto e regressou a Portimão a fim de ajudar o seu pai nos negócios familiares. Aí e paralelamente à atividade comercial, continuou a escrever e interessou-se pela atividade republicana local, participando em comícios, reuniões e colaborando no jornal A Luta.
Em 1910, com a Implantação da República, foi nomeado embaixador em Londres, tornando-se assim o primeiro representante da República no Reino Unido. No exercício das suas funções evidenciou-se nas negociações anglo-germânicas, relativas às colónias portuguesas,  na cooperação com os governos portugueses na Primeira Guerra Mundial e integrou os círculos do movimento das sufragistas na capital londrina.
O facto de defender a entrada de Portugal na guerra, trouxe-lhe inimizades, levando-o a pedir a demissão do cargo, facto que só aconteceu em 1918, durante a ditadura de Sidónio Pais, que o mandou regressar a Portugal. Foi-lhe retirado o passaporte diplomático e colocado sob prisão no Hotel Avenida Palace. Depois da queda de Sidónio Pais regressou à atividade diplomática em Madrid e mais tarde em Londres. Em 1922 representou o país na Sociedade das Nações, chegando a ocupar uma das vice-presidências.
Em 6 de agosto de 1923, apoiado pelo partido republicano, vence as eleições à Presidência da República. No entanto o momento não era propício a uma presidência pacífica, dado que as lutas políticas eram intensas. Dececionado com a política, renunciou à Presidência, alegando motivos de saúde.
Parte quase em segredo na cargueiro Zeus com destino ao norte de África.

1950, aniversário da sua morte, o corpo é trasladado para a cidade de Portimão.

Morreu a 18 de outubro de 1941, sendo sepultado no cemitério cristão de Bougie, no jazigo dos proprietários do hotel onde passou os últimos anos. Por vontade da família, os seus restos mortais foram transladados para a sua cidade natal, Portimão, em 1950.

Em março de 2006, na sua última deslocação ao estrangeiro, o presidente Jorge Sampaio deslocou-se à Argélia para inaugurar um busto de homenagem a Manuel Teixeira Gomes e para participar no lançamento de uma antologia sobre o antigo Chefe de Estado Português.

"Pouca gente conhece que tivemos um Presidente da República destes, 
uma pessoa desta envergadura. Um presidente que tenha escrito livros eróticos, 
acho que é único no mundo."
                                                                                                  Paulo Filipe Monteiro


Caro Leitor
aqui fica o convite 
para se deslocar à Biblioteca Municipal
e ficar a conhecer a bibliografia
de um dos nossos Presidente da República. 




dezembro 16, 2016

EM 2017 DEIXE FLUIR O CHI

O CHI é a força da vida de todas as coisas animadas, a qualidade dos ambientes, o poder do Sol, da Lua, dos estados do tempo e da força condutora nos seres humanos.
Ao abrir uma porta, deixa-se entrar o Chi, trazendo vitalidade e vida ao lar. No entanto, o Chi capta energia residual de tudo aquilo que passa.

Caro Leitor este pequeno preâmbulo parece-lhe chinês?
Tem toda a razão.

A arte do Feng Shui, que significa literalmente "vento e água", é praticada pelos chineses há pelo menos três mil anos e é um método de disposição do nosso ambiente, de modo que possamos viver em harmonia com ele.


Os chineses têm um provérbio: primeiro, sorte; segundo, destino; terceiro Feng Shui; quarto, virtudes; quinto, educação. Embora o Feng Shui possa ser uma força poderosa na formação das nossas vidas, não é uma cura para todas as doenças. A sorte desempenha um papel importante, bem como a personalidade ou Karma, também muito importantes. O que fazemos com as nossas vidas e como nos comportamos na relação com os outros desempenhará uma parte e a educação dá-nos as ferramentas para compreender o mundo. O Feng Shui é apenas uma parte de todo este pacote.


O propósito do Feng Shui é criar ambientes nos quais o Chi corra suavemente para alcançar saúde mental e física. Quando o Chi flui suavemente através de uma casa, os seus ocupantes serão positivos e terão uma passagem fácil pela vida fora.
Se o Chi fluir suavemente no jardim, as plantas serão saudáveis e a vida animal florescerá. Num escritório onde o Chi flua livremente, os empregados sentir-se-ão felizes e participantes, os projetos serão completados a tempo e o níveis de tensão serão baixos.


As atitudes negativas são autodestruidoras e uma maneira certa de provocar reações negativas por parte dos outros.  As pessoas negativas têm menos probabilidade de concluir um contrato ou de serem promovidas do que as que estão sempre prontas a tentar qualquer coisa ou mostram entusiasmo. Sermos positivos é mais fácil quando nos sentimos bem dispostos e saudáveis e quando as nossas vidas fora de escritório são felizes e realizadas. O Feng Shui faz parte dos fatores que nos ajudam a atingir os nossos objectivos na vida.


Caro Leitor, 2017 está aí à porta. 
Deixe de lado o consumismo, próprio desta quadra. 

Visite-nos este fim de semana, 
 requisite os nossos livros sobre Feng Shui 
e aprenda a arte milenar de organizar o espaço para obter saúde,
 prosperidade, harmonia e felicidade.


Pode não ser preciso mudar a palmeira de sítio,
pode ser só necessário mudar a posição do espelho...














outubro 21, 2016

A CARTA QUE MUDARIA TUDO CHEGOU NUMA TERÇA-FEIRA


"Harold pensou em todas as coisas na vida que deixara escapar. Os pequenos sorrisos. As ofertas de cerveja. As pessoas por quem passava vezes sem conta, na rua ou no parque de estacionamento da fábrica de cerveja, sem sequer erguer a cabeça. Os vizinhos cujas novas moradas nunca guardara. Pior: o filho que não lhe falava e a mulher que ele traíra. Lembrou-se do pai no lar e da mala da mãe junto à porta. E, agora, aparecia-lhe uma mulher que, vinte anos antes, demonstrara ser sua amiga. Então era assim que as coisas se passavam? No preciso momento em que queria fazer alguma coisa, era sempre demasiado tarde?"

Será demasiado tarde?

É o que o Leitor vai descobrir ao requisitar
a nossa Sugestão de Leitura de Fim de Semana

Escrito por Rachel Joyce
Editado pela Porto Editora

A Improvável Viagem de Harold Fry


Para Harold Fry os dias são todos iguais. Nada acontece na pequena aldeia onde vive com a mulher Maureen, que se irrita com quase tudo o que ele faz. Até que uma carta vem mudar tudo: Queenie Hennessy, uma amiga de longa data que não vê há vinte anos, e que está agora doente numa casa de saúde, decide dar notícias. Harold responde-lhe rapidamente e sai para colocar a carta no marco do correio. No entanto, está longe de imaginar que este curto percurso terminará mil quilómetros e 87 dias depois. 
E assim começa esta improvável viagem de Harold Fry. Uma viagem que vai alterar a sua vida, que o fará descobrir os seus verdadeiros anseios há tanto adormecidos e sobretudo vai ajudá-lo a exorcizar os seus fantasmas.



Rachel Joyce nasceu em 1962 em Londres. Atualmente vive numa quinta do Gloucestershire, em Inglaterra com o marido e os quatro filhos. Durante vinte anos escreveu argumentos para rádio, televisão e teatro. Passou também pelo palco o que lhe valeu alguns prémios.
A nossa sugestão de leitura para o seu fim de semana foi o seu primeiro romance. A obra recebeu o National Book Award, na categoria New Writer of the Year, e um lugar entre os finalistas do prestigiado Man Booker Prize.
A Improvável Viagem de Harold Fry tem direitos de tradução vendidos para 35 países e já se venderam mais de 2 milhões de exemplares em todo o mundo. Vários meios de comunicação consideraram-no um dos melhores livros de 2012.




"Assombroso, inesperado e inspirador, Rachel Joyce faz-nos sentir
 que devíamos sair de casa, caminhar e descobrir a vida".
                                                                               The Times 













agosto 05, 2016

FOI NA PRAIA QUE VI CHLOE GRACE PELA PRIMEIRA VEZ.






"A água era perfeitamente transparente pelo que podia ver nitidamente a areia ondulada do leito do mar, pequeninas conchas e pedacinhos de tenazes partidas de caranguejos, e os meus pés, lívidos e estranhos, como espécimes exibidos em redomas de vidro. Enquanto estava ali parado, de repente, não, não foi de repente, mas antes numa espécie de encapelamento progressivo, o mar engrossou, não era bem uma vaga, mas um ondular lento e suave que parecia vir das profundezas como qualquer coisa imensa se tivesse agitado lá no fundo (...). 
Depois uma enfermeira veio chamar-me. Virei-me e segui-a e foi como se tivesse a caminhar pelo mar dentro."
John Banville, In O Mar
                                                                                                      



É só uma pequena mostra da nossa sugestão de leitura para o fim de semana.
Em 2005 venceu o Man Booker Prize
a Publishers Weekly diz que é um romance Magnífico
para a Booklist é Brilhante
 e para a crítica do jornal Público, Helena Vasconcelos, é um dos melhores livros da última década.


Tudo boas razões para levar consigo
O Mar
Escrito por John Banville
Editado pelas Edições ASA  






Quando Max Morden regressa à pequena cidade onde passou férias na infância, está a tentar escapar a uma perda recente e, inadvertidamente, a confrontar um trauma antigo. Este vai ser também um regresso ao lugar onde conheceu a família Grace, que lhe deu a conhecer o amor e a dor, o sexo e a morte, em suma, os inesperados da vida...
Nesse verão distante, os Grace apareceram na sua vida como que vindos de outro mundo. Este sofisticado casal, em nada parecido com os outros adultos que ele conhecia, fascina-o. Mas vão ser os filhos do casal, os gémeos Myles e Chloe, que mais o cativam. Ele acabou por conhecê-los de uma forma confusa e até intima, e o que aconteceu então vai ensombrá-lo para o resto da sua vida e moldar todos os passos que der. Entrelaçadas nesta história estão as memórias que Morden tem de Anna, a sua mulher - da sua vida em comum, da sua morte -, e os momentos que compõem a sua vida atual: a sua relação com Claire, a filha já adulta, os outros hóspedes do hotel, e sempre o olhar que teima em fixar-se num passado que bate como "um segundo coração".



The Sea





Em 2013 estreou na Irlanda, The Sea, O Mar
a primeira longa-metragem do realizador Stephen Brown, 
com  Ciarán Hinds e Charlolle Rampling. 
O filme foi adaptado do romance 
que lhe sugerimos como leitura para o seu fim de semana 
e com argumento do próprio autor.





John Banville, romancista, nasceu a 8 de dezembro de 1945, em Wexford, na Irlanda. Na sua já vasta e aclamada obra, destacam-se Doutor Copérnico (vencedor do Prémio James Tait Black Memorial, 1976), Kepler (vencedor do Prémio para Ficção do Jornal The Guardian, 1981), Fantasmas e O Intocável (ambos finalistas do Whitbread Fiction Prize) ou O Livro da Confissão (finalista do Booker Prize em 1989). Com o romance O Mar, venceu em 2005 o Man Booker Prize.
Em 2011 foi galardoado com o Prémio Franz Kafka e em 2013 com o Pen Award irlandês e o Prémio de Estado de Literatura Europeia austríaco.  
Em 2014 recebeu o Prémio Príncipe das Asturias







Bom Fim de Semana


julho 08, 2016

POR AMOR DA ÍNDIA

Todos sabemos, que fomos nós, portugueses, os primeiros a chegar à Índia por via marítima. É certo, que todos os dias vemos, ouvimos e lemos notícias de outras paragens, mais ou menos longínquas, cuja História e Cultura pouco conhecemos. Será que a Índia não será um destes exemplos? Será que, de imediato, quando falamos na Índia não a associamos apenas àquilo que recordamos da nossa História, às suas riquezas, às especiarias, aos tecidos, aos vice-reis e pouco mais?

1498 - A armada de Vasco da Gama chega à Índia por via marítima

Se a nossa História nos liga à Índia, 
seria interessante sabermos um pouco mais sobre ela.
Nós damos uma ajuda, 
sugerindo a leitura de um livro, 
onde o romance se cruza com a história recente deste país de contrastes.






POR AMOR DA ÍNDIA
de CATHERINE CLÉMENT
Edições ASA



1947: o último vice-rei das Índias Britânicas, Lord Mountbatten, sobe ao trono em Nova DEli; sua mulher, Lady Edwina, é uma das grandes damas da aristocracia inglesa; o pandita Nehru acaba de ser libertado da prisão - tornar-se-à em breve o primeiro-ministro da Índia independente.
Tudo parece opor Edwina e Nehru e, no entanto, entre o rebelde indiano e a lady inglesa desponta uma paixão impossível, que Lord Mountebatten, o marido, aceitará com nobreza. Decorrem os sangrentos acontecimentos que se seguiram à divisão das Índias em dois países, o Paquistão e a Índia: em poucas semanas, massacres religiosos e epidemias fazem mais de quinhentos mil mortos nas aldeias e nas estradas.
Só um velho homem de setenta e quatro anos compreende a iminência do desastre: o Mahatma Gandhi, que morrerá assassinado depois de ter apaziguado as guerras religiosas no seu país, mas sem ter podido impedir a divisão das Índias. Alguns meses mais tarde, os Mountbatten regressam a Inglaterra. Porém, o amor entre Edwina e Nehru continua: durante doze anos escrever-se-ão todas as noites e viverão juntos um mês por ano. Até à morte de Edwina.
Esta incrível história, lendária na Índia de hoje, faz entrar Nehru e Edwina — casal mítico no coração de uma epopeia contemporânea — no limbo magnífico dos amantes separados.


CATHERINE CLÉMENT, filósofa e romancista, nasceu em 1939, em Paris. Depois de ter publicado obras de filosofia, antropologia e psicanálise, converteu-se, com sucesso, à ficção. É autora de mais de trinta livros. Entre as suas obras mais populares, contam-se A Senhora, Por Amor da Índia, A Valsa Inacabada, A Rameira do Diabo, A Viagem de Théo e O Último Encontro.




Na nossa Biblioteca Municipal,

pode encontrar e requisitar estes livros da autora.














junho 17, 2016

DEVEMOS VOLTAR AO LUGAR ONDE FOMOS FELIZES?


"Penso que viajar é a única realidade e que a internet é uma distorção da realidade.
 Tem que se ver, ouvir e cheirar um sitio para o conhecer."
                                                                                                  Paul Theroux


Paul Theroux nasceu a 10 de abril de 1941 em Medford, no Massachusetts, filho de mãe italiana e pai canadiano de origem francesa. Frequentou a Universidade no Maine e no Massachusetts, mas foi o curso de escrita que fez com o poeta Joseph Langland, que o levou a descobrir que escrever era tudo o que queria fazer na vida.
Viveu em Itália, onde foi leitor, no Malawi, onde também ensinou e esteve envolvido no golpe de Estado, que tentou depor o então ditador Hastings Banda, no Uganda, onde conheceu a sua futura mulher e encontrou, pela primeira vez, V. S. Naipul, que viria a ser seu grande amigo e mentor, e, também, em Singapura e em Inglaterra. A par das colaborações regulares que manteve ao longo dos anos com as revistas Playboy, Esquire e Atlantic, escreveu dezenas de romances (alguns adaptados ao cinema por Peter Weir e Peter Bogdanovich - com atores como Harrison Ford, River Phoenix, Michael Caine, Helen Mirren, Sigourney Weaver ou Patrick Kavanagh), ensaios e alguns dos melhores livros de viagens de sempre, como, O Velho Expresso da Patagónia, O Grande Bazar Ferroviário ou Comboio-Fantasma para o OrienteO autor vive atualmente entre Cape Cod e o Havai.



Agora que o Leitor já conhece o autor 
Paul Theroux
só falta vir à Biblioteca Municipal e requisitar o seu mais recente romance, 
editado pela Quetzal, para 
leitura no seu fim de semana.


"Theroux tece uma tensa trama de ficção e um comentário
sobre a natureza humana  e sobre a forma 
- brutal- como esta lida com o que acredita ser o "outro"."
                                                                                                              The Telegrah



Ellis Hock nunca acreditou que voltaria a África, à isolada aldeia em que fora tão feliz. Enquanto gere o seu antiquado negócio de pronto-a-vestir masculino, Ellis Hock sonha ainda com o seu paraíso africano e os quatro anos que passou no Malawi com o Corpo de Paz, interrompidos quando foi obrigado a regressar a casa para tomar conta do negócio de família.
Mas quando a mulher o deixa, privando-o da casa de família e da filha, e exigindo partilhas, Ellis Hock percebe que não tem lugar para onde possa ir, a não ser a remota região de Lower River, onde poderá reencontrar momentos felizes.
Ao chegar à poeirenta aldeia, Hock descobre-a profundamente transformada: a escola que ele próprio construíra é agora uma ruína; a igreja e a clínica desapareceram; e a pobreza e apatia instalaram-se nas pessoas, que se lembram dele - do estrangeiro que tinha medo de cobras - e lhe dão as boas-vindas.
Mas esta nova vida de Ellis Hoch, este retorno, será uma evasão ou antes uma armadilha?
Alternando memória e desejo, esperança e desespero, salvação e condenação, este é um emocionante regresso a um terreno, sobre o qual ninguém escreveu com tanto brilhantismo como Theroux.


"O meu personagem quer voltar a um lugar onde foi feliz 
e poder ser feliz de novo. Mas é um erro".
                                                                                                           Paul Theroux





BOM FIM DE SEMANA



maio 20, 2016

ERA TANTA A CONFUSÃO NAQUELA CASA . . .


Ilustração de Denis Zilber
"Era tanta a confusão naquela casa que, a princípio, vi-me à rasca para saber quem lá vivia. 
O Pai, era fácil: tinha olhos azuis, rabo-de-cavalo e dentes a mais. Trabalhava nas finanças. (...)
A Mãe era um hino. Aquilo era uma assoalhada única, mas o que ela arranjava para fazer todo o dia tu não acreditas. Lavava o cimento com lixívia, dava óleo nos móveis, desencardia os colarinhos, fazia o almoço assim que se levantava e o jantar quando a malta almoçava. (...)
Ninguém encorajava os rasgos da Anã e, logo que ela se manifestou como adiantada mental, o Pai reuniu a Família no Quintal e conspirou em voz baixa:
- Não é ela que é um prodígio, percebem? Nós é que somos broncos!"
                                                                                                           In Os Filhos da Mãe

É um romance absolutamente desconcertante,  
que o vai fazer rir da primeira à última página. 
 É a nossa sugestão para leitura de fim de semana. 


OS FILHOS DA MÃE
 de Rita Ferro
 Dom Quixote

História hilariante de uma família numerosa, disfuncional, de um pai lunático à doméstica achinelada, do marialva ao filho homossexual, da fedelha sobredotada à parelha de gémeos tão bonitos como estúpidos, que partilham um espaço exíguo e que para além de um hóspede, ainda aceita a filha de uma relação anterior de pai: uma cubana de 30 anos e quatro filhos pequenos, que erotiza os homens da casa e engravida a seguir.



Rita Ferro nasceu em Lisboa a 26 de fevereiro de 1955. É filha do escritor e filósofo António Quadros e de Paulina Roquette Ferro, neta paterna de Fernanda de Castro e António Ferro. É especialista de Marketing, tendo feito estágios profissionais nos EUA, Reino Unido e Brasil. Trabalhou como copywriter e depois como promotion manager nas Selecções do Reader's Digest, durante 11 anos. Foi professora no antigo IADE  e colabora regularmente na imprensa, na rádio e na TV. 
Foi apresentadora de televisão e cronista na rádio, jurada literária e de festivais de cinema. 
Em 1994 apresentou, conjuntamente com Mário Zambujal, o programa "Quem conta um conto" na RTP 2. Iniciou a sua carreira literária em 1990, com a publicação do romance O Nó na Garganta. Seguiram-se nos anos seguintes os romances O Vestido de Lantejoulas e o Vento e a Lua.
Escreveu 22 livros em 22 anos, entre romances, cartas, biografias, crónicas, literatura infantil e uma peça de teatro. Ao seu romance autobiográfico A Menina É Filha de Quem?, publicado em 2011, foi atribuído o Prémio PEN Clube Português de Narrativa 2012.
Rita Ferro criou um estilo e um novo género literário que se distingue por uma técnica de narração mordaz e cativante, de grande versatilidade. Os seus livros estão editados em Espanha, Brasil e Croácia. Participou no programa da Antena 1 A Páginas Tantas,  conjuntamente com Inês Pedrosa, Patrícia Reis e Ana Daniela Soares. É membro do Conselho Executivo da Fundação António Quadros, que reúne o espólio do seu pai e avós.
Em setembro de 2011, a sua obra foi objeto de tese de licenciatura orientada pela professora doutora Helena Barbas: " Estratégias de representação do "eu" e do sentir feminino em narrativas de Stefan Zweig, Simone de Beauvoir e Rita Ferro", por Donzília Alagoinha Felipe.
Atualmente é convidada habitual no programa Conversa de Raparigas na Antena 3.



"- Deixas uma moça que é minha filha vir viver connooooosco?
A Venância, que não podia de maneira nenhuma largar o refogado, respondeu no mesmo tom desbragado: 
 - Como é que sabes que é tua? Cortaste-lhe o umbiiiiiiigo?
E cheirando a colher de pau:
- Pergunta-lhe ao menos tem saúde?"
                                                                                                           In Os Filhos da Mãe










maio 13, 2016

TU FALASTE COM A NOSSA SENHORA?


Fátima, 1917

"Nessa manhã, com bigode de café, Lúcia explicou aos primos, que iam levar os rebanhos a pastar mais perto, havia muita erva e pouco tempo. Os primos compreenderam bem. Tinha chegado o dia. Por fim, tinha chegado o dia."
In, 
Em Teu Ventre

13 de maio de 1917
As Aparições de Fátima são o tema do mais recente livro de José Luís Peixoto. 
Mais do que o milagre e sem tomar partido nem extremar posições, ao autor, interessa-lhe a realidade dessa época, abrir novas possibilidades de interpretação, romper com discursos simplificados e entrar dentro do tabu. De maio a outubro de 1917, vai descrever um dos acontecimentos mais marcantes da nossa história recente e que o Leitor vai poder testemunhar na nossa 
sugestão de leitura de fim de semana.


Em teu Ventre
José Luís Peixoto 
Editado pela Quetzal


"Ai, Lúcia, que eu não mereço metade das arrelias que me dás. Parece que não bastam as tantas que já tenho, a deitarem-me abaixo todos os dias, e ainda te vais lembrar de mais moléstias. Para  que é isso, filha? Não te falta pão, não te falta descanso, não te falta brincadeira. Ganha consciência. Tu não vês que isso não está bem-feito? A própria Nossa Senhora se apoquenta com estas coisas, nem é bom pensar."
In, 
Em Teu Ventre

A partir de um ponto de vista inteiramente novo, Em Teu Ventre retrata um dos episódios mais marcantes do século XX português: as aparições de Nossa Senhora a três crianças, entre maio e outubro de 1917.

"As aparições de Nossa Senhora têm uma ligação clara à maternidade, tal como o culto mariano. No livro, essa componente é dada por três figuras. A da mãe de Lúcia, que disputa com a filha o protagonismo do livro; a da mãe idealizada, que surge nos textos em versículos; e a de que parece ser a do narrador ou autor. É uma reflexão sobre a mãe que cada um carrega dentro de si e a sua importância formadora"
José Luís Peixoto, 
In Jornal de Letras



"Belíssimo romance, um dos melhores de José Luís Peixoto. 
Acabámo-lo de ler e não queríamos que tivesse acabado. 
É o melhor elogio que se pode fazer a um livro e a um autor". 
                                                                                                      Miguel Real



José Luís Peixoto nasceu a 4 de setembro de 1974, em Galveias, concelho de Ponte de Sôr. 
É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (inglês e alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Antes de se dedicar profissionalmente à escrita em 2000, foi professor. 
É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética está representada em diversas antologias, traduzida em mais de 20 idiomas e é estudada em várias universidades nacionais e estrangeiras.
Recebeu o Prémio Jovens Criadores na área da literatura, no as anos de 1997, 1998 e 2000.
Em 2001, o seu romance Nenhum Olhar recebeu o Prémio Literário José Saramago. Esse mesmo livro, publicado no Reino Unido sob o Título "Blank Gaze" fez parte da lista do Financial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra em 2007.
 Em 2007, em Saragoça, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. 
Com Livro, venceu o Prémio Libro d'Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu publicado no ano anterior.
As suas obras foram ainda finalistas de prémios internacionais como o Femina (França), o Impac Dublin (Irlanda) ou o Portugal Telecom (Brasil).
Na poesia, o livro Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores.
Em 2005, escreveu as peças de teatro Anathema, estreada no Theatre de la Bastille, em Paris, e À Manhã, que estreou em Lisboa no Teatro São Luiz.
Em 2012, publicou Dentro do Segredo, Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens. Galveias, o seu mais recente romance, foi publicado em 2014.
Morreste-me, Gaveta de Papeis e Nenhum Olhar estão publicados em braille.
município de Ponte de Sôr criou, em 2007,  um prémio literário com o nome de José Luís Peixoto para  jovens autores.


"Quero que o livro exista para lá das minhas convicções. 
Não gostaria que as minhas crenças moldassem a leitura de ninguém"
                                                             José Luís Peixoto,
                                                                  In Jornal de Letras




Bom Fim de Semana


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