setembro 28, 2018

VICIANTE, MARAVILHOSO, HIPNOTIZANTE






Para quem gosta de ler, outubro era o mês por que todos ansiávamos.
Quem é o Nobel da Literatura era a pergunta que se impunha.

Este ano a Academia Sueca anunciou que não irá atribuir o Prémio Nobel da Literatura
É o desfecho da crise provocada pela revelação, no final de 2017, de acusações de assédio sexual feitas ao marido de uma escritora que fazia parte da Academia Sueca e de ter divulgado antecipadamente alguns nomes de escritores que viriam a receber o Nobel. O seu julgamento começou no passado dia 24 de setembro. 

Não é a primeira vez que o Prémio Nobel da Literatura não é atribuído. Em 1914, 1918, 1935, 1940-1943 o galardão não foi entregue. Devido a um escândalo é a primeira vez.
No entanto em 2019 haverá dois vencedores. O prémio relativo a este ano será atribuído em paralelo com o escritor distinguido no próximo ano. 
As outras categorias do Prémio Nobel não serão afetadas por esta decisão.


A 12 de outubro, data em que seria anunciado o Nobel da Literatura deste ano, ficaremos a saber qual destes quatro autores, Neil Gaiman, Haruki Murakami, Kim Thúy e Maryse Condé, finalistas ao Prémio Alternativo ao Nobel da Literatura, será o vencedor. Estes quatro finalistas foram escolhidos por voto popular através da internet.

A Nova Academia foi fundada este ano por várias figuras da cultura sueca como forma de protesto pelo cancelamento da atribuição do Prémio Nobel da Literatura em 2018 e será dissolvida após a entrega do prémio a 9 de dezembro.




Haruki Murakami, eterno candidato a vencer o Prémio Nobel da Literatura e agora, candidato ao prémio alternativo ao Nobel da Literatura, é o autor que sugerimos para leitura no primeiro fim de semana de outono.

Nasceu em Quioto a 12 de janeiro de 1949, tendo crescido em Kobe, uma cidade portuária onde era fácil conviver com estrangeiros e ter acesso à grande literatura mundial. Foi nesse ambiente multi-cultural que viria a ser influenciado por autores de diversas origens, refletindo as suas obras um sentimento de desilusão face à moderna vida urbana e à progressiva deterioração das relações humanas.
Estudou teatro grego antes de gerir um bar de jazz em Tóquio, entre 1974 e 1981.
Em 1986 veio para a Europa seguindo-se os Estados Unidos da América, onde acabou por se fixar.
Escritor influenciado pela cultura ocidental, traduziu para japonês as obras de F. Scott Fitzgerald, Truman Capote, John Irving e Raymond Carver.



Viciante, Maravilhoso, Hipnotizante são três adjetivos 
que caracterizam um dos seus livros mais aplaudidos e que hoje sugerimos
 para leitura de fim de semana.





kafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cuja vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa - procurar gatos desaparecidos.

Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino permanecerão um mistério.



"Kafka à Beira-Mar é vivamente recomendado; 
leia-o ao seu gato."
                                                            Washington Post




setembro 19, 2018

NA IGREJA TEM DE HAVER LIBERDADE DE PENSAR E DE INTERPRETAR


Ilustração de André Carrilho



Numa altura em que a Igreja Católica está envolta em polémica, o Papa Francisco tem pela frente uma missão gigantesca.
A credibilidade da Igreja como instituição bateu no fundo. A pedofilia tem de acabar, assim como os escândalos com o Banco do Vaticano. Os Direitos Humanos têm de ter significado também dentro da Igreja: liberdade de investigação, de opinião, de expressão. As mulheres não podem ser discriminadas. A moral sexual deve ser revista, bem como a lei do celibato.


Os desafios que o Papa Francisco tem pela frente, o Leitor vai encontrá-los neste livro.
Disso nos dá conta o padre Anselmo Borges.


"Este é um livro altamente inspirador para as gerações que vivem os tempos conturbados dos nossos dias. [...] uma obra tão importante, que nos permite conhecer melhor o Papa Francisco - buscador da paz, do diálogo inter-religioso, da renovação da Igreja, da defesa da Natureza, do combate à desigualdade, da afirmação intransigente dos direitos Humanos"
                                                                                                          Artur Santos Silva




"O que é admirável em Anselmo Borges é que ele pronuncie a palavra liberdade
 na casa da Igreja, com a naturalidade e a coragem próprias
 de quem deseja defender o essencial".
                                                                                                          Lídia Jorge



Anselmo da Silva Borges, nasceu a 20 de julho de 1944, em Paus, Resende. É um padre católico, professor universitário e ensaísta. Aos 19 anos decidiu ser padre e foi ordenado pelo cardeal Cerejeira. Nunca deixou a igreja, mas escolheu a via da crítica ativa.
"Posso ser um bom católico e não acreditar em Fátima porque não é um dogma. Não me repugna, contudo, que as crianças, os chamados três pastorinhos, tenham tido uma experiência religiosa, mas à maneira das crianças e dentro dos esquemas religiosos da altura. É preciso também distinguir aparições de visões. É evidente que Nossa Senhora não apareceu em Fátima."

O padre Anselmo Borges considera que o Papa Francisco, que celebrou a 13 de março cinco anos de pontificado, foi desde a primeira hora um papa diferente e com a preocupação de tornar a Igreja próxima das pessoas.
O papa, que escolheu chamar-se Francisco inspirado em Francisco de Assis, reúne as qualidades  dos jesuítas e dos franciscanos, tem mais simpatia fora da Igreja do que na hierarquia católica.





"O que mais noto aqui é que o Papa Francisco não está vivo e operante,
 em primeiro lugar, na hierarquia católica. 
Diria até que há mais simpatia para com ele fora da Igreja"
                                                                                                                  Anselmo Borges
                                                







BOA LEITURA






setembro 13, 2018

9.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO




FRAGMENTOS é a denominação de uma nova página, que passará a encontrar nos nossos blogues. No ano em que se assinala o Ano Europeu do Património Cultural, a Biblioteca Municipal irá publicar 12 fragmentos do nosso património concelhio, um por mês. Desta forma, pretendemos dar o nosso contributo para incentivar a pesquisa e o conhecimento, dando a conhecer ou relembrando acontecimentos, lugares, memórias, daquilo que nos identifica e que, historicamente, nos une enquanto comunidade. 
O presente vive-se, o futuro há-de vir, mas o passado fica sempre: é a nossa identidade e o nosso Património.



Hoje publicámos o 
9.º FRAGMENTO DO NOSSO PATRIMÓNIO. 


Não deixe de passar todos os meses por AQUI







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