outubro 06, 2017

A MORTE NÃO O QUIS E A VIDA PARECIA TER OUTROS PLANOS PARA ELE


"Os SMS, a televisão, os computadores, a crise europeia, o desemprego, o direito ao voto dos homens, depois das mulheres, depois dos negros, o cinema, a fecundação in vitro, a Nespresso, o seio da Sabrina que se escapa do biquíni no teledisco de Boys, Boys, Boys, o crédito rotativo, o caso do sangue contaminado, o direito a uma vida digna dos homens, depois das mulheres, depois dos animais, depois dos negros, depois dos homossexuais, a construção do Muro de Berlim, a destruição do Muro de Berlim e, entre as duas coisas, o seio da Sabrina que se escapa do vestido durante uma gala de beneficência transmitida por uma grande cadeia de televisão italiana. Era incrível, a quantidade de coisas que Napoleão tinha perdido!"
                                                                                                        In, Re-Viva o Imperador



Napoleão atravessando os Alpes
Pintura de Jacques-Louis David 1748-1825


Leu bem Caro Leitor
Napoleão andou a perder isto tudo!!
E nãoele não morreu a 5 de maio de 1821 em Santa Helena!!
E se lhe dissermos que foi pescado pela traineira norueguesa Usenkbare?


Para confirmar o que acima foi dito
este fim de semana vai divertir-se com a nossa sugestão de leitura.


Escrito pelo Romain Puértolas
Editado pela Porto Editora
Re-Viva o Imperador




Mantido em perfeito estado de conservação pelas águas glaciais do mar do Norte, repescado por uma traineira e depois descongelado, Napoleão Bonaparte regressa à vida no momento dos atentados jihadistas de Paris, mesmo a tempo de salvar o mundo... Desde François Hollande até às bailarinas de cancã do Moulin Rouge, ninguém ficará indiferente!
A Europa do século XXI vive assolada pelo medo, que não conhece fronteiras e que se respira em Paris como um pouco por todo o lado. Será mais difícil ao Imperador habituar-se a este novo paradigma do que à recém-descoberta Coca-Cola Light, delicioso champanhe negro, que não só não lhe tolda o raciocínio como faz ainda maravilhas à sua célebre úlcera; mas será em direção a Raqqa, a capital do autoproclamado Estado Islâmico, que o seu Novo Grande Exército irá marchar. 




"- Para onde quer que eu olhe, vejo pessoas de todas as raças, de todos os estratos sociais. Africanos, magrebinos, asiáticos e até uns quantos raros franceses.
- São todos franceses, Sire. Só a cor é que muda.
- Ah. Então, descobristes uma maneira de os integrar, de viver em harmonia, de viver todos juntos, apesar das diferenças...Bravo!
- Não se entusiasme, tudo o que vê não passa de uma bela fachada cor-de-rosa. Lá por trás, o homem continua a ser um predador para o homem. Continua a haver injustiças, racismo, intolerância. Os povos continuam a travar guerras por causa da cor da pele ou da religião..."
                                                                                                       
In, Re-Viva o Imperador




Romain Puértolas, de origem franco-espanhola, nasceu em Montpellier, a 21 de dezembro de 1975. Levado pelas voltas do destino a Espanha e a Inglaterra, foi DJ, professor de línguas, tradutor-intérprete, comissário de bordo e mágico. De regresso a França, trabalhou durante quatro anos como inspetor da polícia numa brigada especializada no desmantelamento de redes de imigração ilegal.Viciado confesso na escrita compulsiva, o autor fez a sua estreia no universo literário com a obra A incrível viagem do faquir que ficou fechado num armário IKEA, publicado entre nós em 2014, também pela Porto Editora. O seu segundo romance, A menina que engoliu uma nuvem do tamanho da Torre Eiffel, foi publicado no ano seguinte, também pela mesma editora.
Atualmente Romain Puértolas dedica-se exclusivamente à escrita. Mas nunca foi imperador.


E para acompanhar a sua leitura nada melhor que um napoleão





Longa Vida ao Imperador




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