março 29, 2016

ENTRE E VENHA PARA FICAR

Apesar do inverno teimar em não nos deixar, a verdade é que estamos na primavera, sinónimo de dias maiores, mais alegres e que convidam a sair de casa. Foi o que fez um grupo de alunos do PROJECTOS DE VIDA SÉNIOR - Marinha Grande, que vieram à Biblioteca Municipal.
Para uns foi o dia em que ficaram a conhecer um espaço até agora desconhecido, para outros foi o retomar de hábitos há algum tempo esquecidos e para muitos foi mais uma oportunidade de virem ao espaço que lhes é familiar, onde vêm habitualmente, mas desta vez em boa companhia.

Passaram por cá e tivemos uma casa cheia.
Entraram e vieram para ficar.










Faça o mesmo.
Entre e fique connosco.


Aproveite e visite a exposição de cartazes, que se encontram espalhados pelos diversos espaços de circulação da Biblioteca Municipal, e que é o resultado de um intercâmbio entre a Escola Básica Nery Capucho, do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Nascente, e outras seis escolas parceiras, de Chipre, Espanha, Itália, Irlanda, Grécia e Polónia, no âmbito do projeto ERASMUS + "COOL GOAL" 2015-2018.    


















março 21, 2016

21 de março - Dia Internacional de Luta Contra a Discriminação Racial


"Quando alguém começa a frase com "Eu não sou racista, mas...", você pode estar certo de que o que se segue será uma declaração racista que desmentirá espetacularmente o seu preâmbulo. Ninguém é mais racista do que quem começa dizendo que não é.
                                                                          Luís Fernando Veríssimo



O Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, foi criado pela ONU em 1969 devido ao Massacre de Sharpeville, (África do Sul) ocorrido a 21 de março de 1960. Nesse dia 20.000 pessoas protestavam pacificamente contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a ser portadora de um cartão de identificação dos locais onde era permitida a sua circulação. A polícia do regime de apartheid disparou na multidão desarmada, causando 69 mortos e 186 feridos.
A mensagem, que se quer passar ao assinalar este dia, é a da igualdade e do combate à discriminação racial.

Como forma de relembrar a todos os nossos Leitores, o dia 21 de março e a sua importância,  hoje divulgamos, uma autora que foi a primeira negra a ocupar uma cátedra numa Universidade da Ivy League  e a primeira negra a receber o Prémio Nobel (1993).


Chloe Anthony Wofford, mais conhecida por Toni Morrison, nasceu a 18 de fevereiro de 1931, em Lorain, no estado do Ohaio, nos Estados Unidos da América.
Formada em inglês em 1953 pela Universidade Howard, com mestrado também em inglês pela Universidade de Cornell, em Nova Iorque. Em 1958 foi lecionar na Universidade de Howard, onde conheceu Harold Morrison, um arquiteto jamaicano com quem casou e teve dois filhos.
Já divorciada, em 1964, vai viver para Nova Iorque com os seus filhos e trabalhar para a editora Random House e, em 1970, publica o seu primeiro romance "The Bluest Eye".
Em 1987 escreveu o romance "Beloved"- "Amada", que lhe valeu o Prémio Pulitzer na categoria de ficção. Escrevendo sobre a escravatura e o infanticídio, o romance baseia-se em factos verídicos sobre a vida da escrava Margaret Garner. Foi o mesmo adaptado ao cinema em 1989, com Oprah Winfrey e Danny Glover nos papeis principais. Em 2006, The New York Times Book Review, considerou-o o melhor romance americano publicado nos últimos vinte e cinco anos e, o Leitor pode requisitá-lo na sua Biblioteca.
Em 1993 a autora ganhou o Prémio Nobel da Literatura cujos ..."romances caracterizados por uma força visionária e um influxo poético, dá vida a um aspeto essencial da realidade americana".
É membro da Academia Americana das Artes e Letras desde 1981 e intervém regularmente em debates públicos sobre questões raciais. Em 2012 recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta distinção civil dos Estados Unidos.



Outro livro de Toni Morrison ,também disponível para empréstimo domiciliário, e que The New York Times  e The Washington Post, entre outros, consideraram em 2012 um dos Melhores Livros do Ano, é "A Nossa Casa é Onde Está o Coração".



Mas hoje também é Dia
 de se comemorar o Dia Mundial da Árvore
o Dia Mundial da Poesia e o Dia Europeu da Criatividade Artística.

Nina Simone


Boa Semana com Boas Leituras






março 15, 2016

PARA MIM ÉS UMA PESSOA COMO AS OUTRAS




Colleen McCullough, de ascendência maori por parte da mãe,  nasceu a 1 de junho de 1937 em Wellington, Nova Gales do Sul, Austrália. Impedida de estudar medicina por não ter conseguido obter as bolsas de estudo que necessitava, tentou várias profissões - jornalismo, bibliotecária, ensino - até que um engenheiro seu amigo lhe falou de uma vaga de estagiária, que ia ser criada no departamento de neurofisiologia do Hospital Prince Alfred de Camperdown, S. S. W., o maior e mais antigo hospital da Austrália. Trabalhou como neurofisiologista na Austrália, em Londres, em Birmingham até ser convidada para o departamento de neurologia da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, onde investigou e ensinou durante uma década, de 1967 a 1976.
Foi em Yale que escreveu o seu primeiro livro, Tim (1974) que a Bertrand Editora, no passado dia 11 fez a sua reimpressão.

Com Tim, a autora traz-nos uma história de amor pouco convencional entre uma mulher de 43 anos, Mary Horton,  e um jovem lindíssimo de 25 anos, mas com "a cabeça de uma criança" de cinco anos, Tim Melville.
O seu romance de estreia foi, em 1979, adaptado ao cinema com Mel Gibson no papel de Tim. Mais tarde, em 1996, Glenn Jordan  realizou um telefilme, também baseado neste livro, com Candice Bergen e Thomas McCarthy nos papeis  principais.




Mary Horton, solteirona, na casa dos quarenta, rica, solitária, simples, acredita que não precisa de amor nem de amizade, satisfazendo-se com a sua confortável casa, o seu jardim, o seu Bentley,  a casa de praia, com os livros que lê e a música que ouve sozinha.
Tim Melville, vinte e cinco anos, operário, com o rosto e o corpo de um deus grego, mas a cabeça de uma criança. Quando Mary encontra Tim e o contrata como jardineiro durante os fins de semana, uma ligação muito forte vai nascer entre eles. Mary sente por Tim o mesmo tipo de amor que sentiria pelo filho que nunca teve; Tim, em contrapartida ensina-lhe a ver o mundo de uma maneira mais simples e otimista, trazendo à sua vida solitária o calor e o afeto que lhe faltavam. 

Colleen McCullough, em 2008, Sydney

Colleen McCullough publicou mais de uma dezena de títulos, entre eles, Pássaros Feridos que lhe trouxe a consagração unânime do público e da crítica, deu origem a duas mini-séries televisivas, de grande êxito, uma delas contou com a participação de Richard Chamberlain, tornou-se a segunda série mais vista nos Estados Unidos, logo a seguir a Raízes.
Foi precisamente o sucesso de Pássaros Feridos (1977) que lhe permitiu abandonar a carreira de investigadora e docente para se dedicar exclusivamente à escrita.
A 29 de janeiro de 2015, aos 77 anos de idade, Colleen McCullough morreu no hospital da ilha australiana de Norfolk. Nos últimos anos a autora sofria de graves problemas de saúde - sobreviveu a um cancro, estava quase cega, tinha osteoporose, diabetes e uma artrite incapacitante - mas não deixava de trabalhar, ditando os seus livros. 


Visite-nos
requisite o livro e fique a saber porque é que o New York Times
 diz que a sua leitura "deixa-nos o coração a bater com força"




março 04, 2016

HOJE CONSIDERA-SE CIVILIZADO PENSAR QUE HOMEM E MULHER TÊM OS MESMOS DIREITOS


Fotografia de Shirin Neshat

"As contas não são difíceis de fazer: metade da humanidade é composta por mulheres e meninas: ou seria melhor dizer por homens e meninos?
A linguagem tem dificuldade em dar expressão à igualdade entre os sexos. Falamos de camponeses e camponesas, de operários e operárias, como se o homem fosse o modelo-base do ser humano e a mulher uma variação. Em muitas línguas, usa-se a mesma palavra para designar quer o ser humano quer o indivíduo do sexo masculino. Em português, por exemplo, quando falamos dos direitos do homem, falamos do ser humano, seja homem ou mulher. As coisas talvez tivessem sido diferentes se Deus tivesse criado o homem a partir de uma costela de Eva. Mas nesse caso, também Deus deixaria de ser macho, ou não teria criado Eva à sua imagem.
Tudo isto é injusto. A própria cultura parece ser machista e sexista. No entanto, o estado evolutivo de uma civilização foi sempre avaliado pelo respeito com que as mulheres eram tratadas e pelo grau de influência que elas detinham no seio da sociedade. (...)
Hoje considera-se civilizado pensar que o homem e a mulher têm os mesmos direitos."

Irão 2013 numa conferência de imprensa

"O prólogo do movimento feminista foi pronunciado em França, concretamente durante a Revolução Francesa. À Declaração dos Direitos do Homem seguiu-se a declaração dos direitos da mulher por Olympe de Gouges, exigindo o direito de voto e o acesso das mulheres a todas as funções públicas. Até ao movimento sufragista do início de século XX, estas continuariam a ser as exigências principais do movimento das mulheres, de onde se depreende que ainda não tinham sido satisfeitas. (...) 
É indiscutível que o reforço da influência das mulheres sobre a cultura tem elevado substancialmente o nível civilizacional de qualquer sociedade."
                                                                                          Dietrich Schwanitz ,  In Cultura                                                                                                                      


Caro Leitor
as obras destas e de muitas outras escritoras estarão expostas numa mostra bibliográfica no átrio da sua Biblioteca e à sua espera.











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