novembro 09, 2016

OS ACONTECIMENTOS TIVERAM INÍCIO EM 1858, NA CIDADE DE BOLONHA



No sábado passado, 5 de novembro, celebrou-se o Dia Mundial do Cinema.

A sétima arte a a literatura sempre estiveram ligados e muitas das melhores obras cinematográficas são baseadas em livros.
Muitos dizem, que os livros são e serão sempre melhores que o filme. Literatura e cinema têm formas de comunicar diferentes, mas andam e andarão sempre juntas, até porque uma adaptação cinematográfica é uma maneira diferente de contar uma história.
Agatha Christie, autora consagrada de romances policiais, tem as suas personagens Hercule Poirot e Miss Marple adaptadas ao cinema e a séries para televisão.
Stephen King é talvez o autor com mais adaptações para cinema.


Estes são só dois autores que viram as suas obras adaptadas ao cinema. 
Mas até ao fim deste mês, na nossa mostra bibliográfica 
no Átrio de Entrada da Biblioteca Municipal,
o Leitor encontrará muitas mais e o respetivo filme,
 que pode ser visionado na Sala de Audio/Vídeo.


Mas caso o Leitor se queira antecipar ao novo filme de Steven Spielberg que irá ser filmado já no primeiro trimestre de 2017, só precisa de nos visitar e requisitar o livro, que em 1997 foi indicado para o Prémio Pulitzer.

O protagonista irá ser Mark Rylance, no papel do Papa Pio IX, que este ano ganhou o Óscar para melhor ator secundário no filme de Spielberg, A Ponte dos Espiões.


Estamos a falar do Livro escrito por 
David I. Kertzer
Editado em 2000 pela Temas e Debates
O Sequestro de Edgardo Mortara


Bolonha, 1858: A polícia, a mando de um inquisidor católico, invade a casa de um comerciante judeu, arranca-lhe o filho de seis anos dos braços e leva-o numa carruagem para Roma. A mãe fica tão destroçada que os seus gritos se ouvem do outro lado da cidade. 
À medida que os pais tentam recuperar a criança, compreendem a razão por que Edgardo foi escolhido entre os seus oito filhos. Anos antes, uma criada católica, que servia a família, temente de que o menino morresse de doença, batizara-o em segredo. Assim que esta história chegou aos ouvidos da Inquisição de Bolonha, a decisão foi, pois, enviá-lo para o mosteiro onde os judeus se convertiam em bons católicos.
O caso Edgardo Mortara tornou-se internacionalmente um paradigma. Embora estes sequestros fossem relativamente comuns em comunidades judaicas na Europa da época, o destino deste rapazinho acabou por simbolizar a campanha revolucionária de Mazzini e Garibaldi para pôr fim ao domínio da Igreja Católica e fundar em Itália um estado moderno.

Pintura de Moritz sobre o Sequestro de Edgardo Mortara


David I. Kertzer nasceu em Nova Iorque a 20 de fevereiro de 1948. É membro da Fundação Guggenheim desde 1986 e recebeu duas vezes o Prémio Marraro da Sociedade de Estudos de História da Itália. Atualmente é professor nas Universidades Paul Dupee e Brown, onde leciona as cadeiras de Ciências Sociais e Antropologia. Venceu em 2015 o Prémio Pulitzer de Biografia com o livro O Papa e Mussolini. Vive em Providence, nos Estados Unidos.



Boa Semana
Com Bons Filmes e Boas Leituras



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