novembro 13, 2015

A GRANDE DISCÓRDIA




"As pessoas que fogem de atrocidades não deixarão de vir se deixarmos de lhes atirar bóias de salvamento. Embarcar num barco frágil na Líbia vai continuar a parecer uma decisão racional se foges para salvar a vida e o teu país está em chamas. O único resultado de se retirar ajuda será testemunhar as mortes vergonhosas e desnecessárias à porta da Europa"
Maurice Wren
Conselho Britânico para os Refugiados



Todos os dias vemos imagens destas nas nossas televisões e queremos perceber 
o Como e o Porquê.


"Quem são os autores desta desalmada violência? Em que acreditam? Alguém os comanda? Quem? O que leva a esta orgia de sangue e violência, a lembrar crónicas concentracionárias, cenas da Antiguidade, limites da perversidade humana? (...)
De que fundas histórias e raízes vêm tão complexas divisões e seitas? Onde está a realidade e onde está o mito; onde está a verdade e onde está o cliché? Como é que uma religião monoteísta, que defende o Bem e a Justiça, que produziu no passado longínquo uma civilização que se estendeu em maravilhas de Bagdad a Córdova, que inventou a Álgebra e transmitiu a Filosofia grega à Europa cristã, está hoje reduzida no imaginário ocidental a este grande desatino de destruição e medo?"


Numa narrativa histórica e sintética, desde o nascimento de Maomé
até às crueldades do recém-criado Estado Islâmico,
é o que nos explica o livro de 

Jaime Nogueira Pinto
publicado em abril deste ano pelas Publicações Dom Quixote,

e que sugerimos como leitura para o seu fim de semana

 O ISLÃO E O OCIDENTE
 A Grande Discórdia


"O ataque ao semanário Charlie Hebdo, em 7 de janeiro, moveu e comoveu mais os europeus do que a chacina das crianças e jovens do Colégio Militar de Pashawar, do que as mulheres escravizadas ou massacradas pelo Boko Haram na Nigéria, do que os egipcios coptas decapitados ritualmente, do que cristãos crucificados às centenas no Iraque ou na Síria.(...)
Numa operação em que a verdade e propaganda se misturam, o ISIS recriou o clima do Grande Medo.(...)
O Estado Islâmico está apostado em reunir nas suas fileiras os muçulmanos de todo o mundo. O "belo-horrível" das execuções rituais, as paradas dos todo-o-terreno com armas e bandeiras, as declarações e proclamações inflamadas dos seus emires barbudos, a força das profecias e reencenação rigorosa dos sinais que antecedem o seu cumprimento, tudo é posto em marcha para fazer crescer a ameaça e para que se reproduza na vida real uma mítica batalha final entre o Crescente e a Cruz. (...)
Comecemos pelo princípio, pela religião do Islão e pelo seu fundador".


Jaime Nogueira Pinto nasceu no Porto a 4 de fevereiro de 1946, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa e é doutorado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Foi diretor do jornal O Século, administrador da Bertrand e é atualmente acionista e administrador de empresas na área da consultoria estratégica e da segurança privada.
Colabora regularmente na imprensa portuguesa e escreve sobre Ciência Política e História Contemporânea.

Na nossa Biblioteca e do mesmo autor, além deste livro, pode o Leitor encontrar também os seguintes títulos:
- "António de Oliveira Salazar: O outro retrato", ed. A Esfera dos Livros, 2007
- "Portugal, os anos do fim: A revolução que veio de dentro", ed. D. Quixote, 2014


Aleppo, Siria
Fotografia do ano (2014) na Suécia, tirada pelo
 fotojornalista Niclas Hammarstrom

"Jihad significa combate, mas, no Corão, o combate é sobretudo um combate individual, o esforço pessoal do crente com vista ao aperfeiçoamento ou a uma prática da fé que o leve pelo caminho certo e o aproxime de Deus: "O verdadeiro combatente é o que trava um combate consigo mesmo", diz o Profeta.





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