abril 17, 2015

CENSURA/LIBERDADE







  • O Amante de Lady Chaterley, de D. H. Lawrence
  • O Anti-Cristo, de Friedrich Nietzsche
  • Os Bichos, de Miguel Torga
  • Lolita, de Vladimir Nabokov
  • Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes
  • O Erotismo, de Georges Bataille
  • O Hóspede de Job, de José Cardoso Pires
  • Quando os Lobos Uivam, de Aquilino Ribeiro
  • Madame Bovary, de Gustave Flaubert
  • Manhã Submersa, de Virgilio Ferreira



  • Fazem parte de uma lista de 900 títulos que foram proibidos durante a ditadura, de 1933 a 1974 e que o Leitor pode consultar na sua Biblioteca.



    Este é o título da exposição constituída por 25 poemas de autores portugueses, cuja vida e obra ficaram marcadas pelo tema da Liberdade. Poderá ser vista até ao dia 30 de abril, no átrio da entrada da Biblioteca Municipal. Paralelamente, estarão também expostos alguns dos livros, que faziam parte da tal lista de 900 títulos, proibidos durante o Estado Novo e que o Leitor poderá requisitar para empréstimo domiciliário.




    Se Voltaire fosse português e tivesse vivido entre 1926 e 1974, teria tido muito trabalho!!!


    "A Censura constituiu, na verdade, uma peça central da estrutura orgânica do Estado Novo, do seu aparelho repressivo, propagandístico e de enquadramento político-ideológico da população, de tal modo relevante para a ditadura (...)."
    Cândido de Azevedo
    In, A Censura de Salazar a Marcelo Caetano






    Estes dois documentos foram alvo de censura prévia antes de serem publicados e, enquanto o poema de Mário Silva foi "aprovado", o conto de Ferreira de Castro, "A Missão" levantou muitas dúvidas ao censor, que solicitou, inclusivamente, a sua proibição.


    "Escrever assim é uma verdadeira tortura. Porque o mal não está apenas no que a censura proíbe mas também no receio do que ela pode proibir. Cada um de nós coloca, ao escrever, um censor imaginário sobre a mesa de trabalho - e essa invisível e incorpórea presença tira-nos toda a espontaneidade, corta-nos todo o élan, obriga-nos a mascarar o nosso pensamento, quando não a abandoná-lo, sempre com aquela obsessão: "eles deixarão passar isto?"

    Ferreira de Castro em 1945



    Sem Censura e em Total Liberdade










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