fevereiro 26, 2014

JARDIM STEPHENS

Aconteceu na 6.ª feira, no centro da nossa cidade.
 
O sol finalmente apareceu e deu um pouco de alegria aos dias, que já há várias semanas eram de chuva, que persistia em não nos deixar. E este sol foi o motivo suficiente para dar ao Jardim Stephens um belo enquadramento. Durante a tarde da passada 6ª feira, este foi o local de encontro de diferentes gerações.
No mesmo espaço, conviveram idosos da Associação de Casal Galego, que visitaram o Museu do Vidro, os jovens da Escola Profissional e um grupo de crianças do Jardim de Infância do Pátio da Inês, que participaram na Hora do Conto  na Biblioteca Municipal.   As fotografias não conseguem transmitir, mas o ambiente era saudável, alegre, de respeito mútuo e de convívio. 
 
Três gerações num único espaço.
 
 
 

Esta alegria existiu, também, no interior da Biblioteca Municipal e os grandes protagonistas foram as crianças da escola Pátio da Inês. Já na 5ª feira tínhamos recebido as crianças da turma do 2º ano, que vieram inscrever-se como leitores e requisitaram livros. No dia seguinte foi a vez de uma sala do pré-escolar, que vieram participar na Hora do Conto. E esta participação não podia ter sido mais ativa, uma vez que as crianças assumiram-se como personagens vivas da nossa história. Tudo se passou na quinta onde vive o espantalho Zacarias, a árvore Elvira, a vaca Maria, o porco Kiko, o galo Tiago e a flor Margarida
 
O resto da história?
 Façam como os meninos do Pátio da Inês e venham à Biblioteca Municipal conhecê-lo.
 


 
 
Ficou a promessa de voltarem em breve.
Contamos convosco!
 
 
 
 

fevereiro 21, 2014

COMO É LINDA A PUTA DA VIDA



"O que espanta num gato é a maneira como combina a neurose, a desconfiança e o medo - para não falar numa ausência total de sentido de humor - com o talento para procurar e apreciar o conforto e, sobretudo, a capacidade para dormir 20 em cada 24 horas, sem a ajuda de benzodiazepinas.
O gato é neurótico mas brinca. Brinca com seriedade em saltinhos oblíquos. Mas, acima de tudo, descobriu o sistema binário da existência.
Que é: dormir faz fome. Comer faz sono. Acordo porque tenho fome. Adormeço porque comi. Nos intervalos, faço as necessidades.
Se não tem sono, é porque tem fome. Se não tem fome, é porque tem sono. Se não tem uma coisa ou outra, é porque tem de fazer as necessidades. É ou não uma lição de vida? Sim, é."

 
"Raios partam os dias zangados. Nada há que se possa fazer para fugir deles. Esperam por nós, como credores ajudados por juros injustificáveis, para nos cortarem a fatia do nosso coração que lhes cabe.
(...) quem não tem um dia zangado, em que ninguém ou nada corresponde ao que esperávamos?
(...) Os dia zangados e as noites zangadas que apenas servem para nos lembrar que todos nós nascemos e morremos sozinhos. E que viver é um enorme entretanto, de que devemos tirar partido, sobretudo quando há a sorte de amar e ser amado ou amada.
Os dias zangados são dias de amor. Ninguém se zanga por desamor. O amor sobrevive e continua, como vingança."
 
 
Estes foram dois pequenos excertos da nossa
 sugestão de leitura de fim de semana  
E não, não é um romance de gatos em dia zangado!!
É sim, o novo livro de crónicas de ...

 
Miguel Esteves Cardoso
Como É Linda a Puta da Vida
Publicado pela Porto Editora
 
 
 
"O título deste livro de crónicas acompanha dias bons e dias maus. Mas a coisa mais importante é que, mesmo nos dias maus, havia sempre momentos bons. É à própria pessoa que cabe decidir o dia. Por isso é que o livro se chama Como É linda a Puta da Vida.
Seria ridículo se hoje tentasse imitar quem fui aos 26 anos. Sou um sobrevivente, por isso não tenho medo de ser mal entendido. Ser livre é também não ceder ao que é mais fácil e que normalmente é mentira. Hoje tenho 58 anos passei por tantas coisas, li tantos livros (cerca de mil por ano) e isso tem que se refletir no que escrevo".
Miguel Esteves Cardoso
 
 
 
 
Miguel Esteves Cardoso, escritor, crítico e jornalista, nasceu em Lisboa a 25 de julho de 1955. Licenciou-se, em 1979, em Estudos Políticos na Universidade de Manchester e prosseguiu o doutoramento em 1983, em Filosofia Política com uma tese que relacionava a Saudade e o Sebastianismo no Integralismo Lusitano. Regressa a Portugal como investigador auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Foi ainda professor auxiliar de Sociologia Política no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.
Abandonou a carreira académica em 1988 para fundar o jornal O Independente. Miguel Esteves Cardoso foi também crítico literário e de cinema no Jornal de Letras.
Na televisão colaborou com Herman José como guionista no programa Humor de Perdição, e mais tarde, na SIC, na Noite da Má-Língua, onde eram satirizadas figuras e situações da vida pública nacional e internacional. Desde 2009 escreve diariamente no Publico.


"Por amor de Deus, o tempo é seu - afeiçoe-se a ele."
Miguel Esteves Cardoso


 
Bom fim de Semana
 
 
 
 
 

fevereiro 12, 2014

2014 - ANO DE JULIO CORTÁZAR E OCTAVIO PAZ


Comemora-se este ano o centenário
de dois dos mais importantes
escritores hispânicos do século xx -
Julio Cortázar e Octavio Paz
 
 
 
 
Sobre o escritor mexicano Octavio Paz,
pode o leitor recordar AQUI, a nossa mensagem publicada a 31/03/2011.


A Casa da América Latina e a Fundação José Saramago assinalam Cem anos com Cortázar, 30 anos sem Cortázar, no âmbito do protocolo de colaboração assinado no final de 2013 pelas duas instituições.
Se o Leitor não puder deslocar-se, hoje 12 de fevereiro, ao Jardim de Inverno do Teatro S. Luiz, em Lisboa, para ouvir um concerto pelo quarteto do saxofonista Carlos Martins e a leitura de excertos de O Perseguidor, pelo ator José Rui Martins, fique connosco e fique a conhecer ou a recordar Julio Cortázar.



Julio Cortázar, escritor e intelectual argentino, nasceu a 26 de agosto de 1914, em Bruxelas, é considerado um dos autores mais inovadores e originais do seu tempo.
Com quatro anos de idade foi viver para a Argentina. Incentivado pela mãe, que lhe selecionava o que devia ler, desde muito cedo que se interessou pela leitura, ao ponto de ser aconselhado pelo médico a ler menos e a sair mais de casa para apanhar sol.
Em 1944, já colocado como professor de Literatura Francesa na Universidade de Cuyo, Mendonza, envolveu-se numa manifestação contra a política populista e sindicalista de Juan Domingo Peron e foi preso. Posto em liberdade pouco tempo depois, foi-lhe vedada a sua carreia académica.
 
 
 
  
Em 1946 desempenhou funções de diretor de uma editora em Buenos Aires, funções que desempenhou até 1948, altura em que completou a sua licenciatura em Direito e Línguas, passando a trabalhar com tradutor.
Publicou a sua primeira coletânea de contos Bestiário (que pode requisitar na Biblioteca Municipal) em 1951, por intermédio de Jorge Luis Borges.
Nesse mesmo ano, por não concordar com a ditadura e por ser vítima de perseguições, Cortázar muda para Paris e a partir de 1952 passou a trabalhar para a UNESCO como tradutor independente. Foi em Paris que aceitou traduzir toda a obra em prosa de Edgar Allan Poe, ainda hoje considerada como a melhor tradução em espanhol daquele autor.
 
 
 
  
 
Consagrou-se como romancista em 1960, tendo publicado em 1963, Rayuela, o seu romance mais conhecido, que acabou por influenciar significativamente a literatura da América Latina.
Como investigador das violações aos direitos humanos, viajou em 1973 pelo Peru, Equador, Chile e Argentina, e com o dinheiro ganho pela venda das suas obras, apoiou os Sandinistas e as famílias dos presos políticos. Em 1975 lecionou como professor convidado nas Universidades de Oklahoma e do Barnard College de Nova Iorque.
Passou a ser cidadão francês a 24 de julho 1981 e dois anos mais tarde foi autorizado a visitar de novo o seu país.
A 12 de fevereiro de 1984, morre em Paris vítima de leucemia.
 
 
 O Leitor encontra na Biblioteca Municipal as seguintes obras de Julio Cortázar:
  • Bestiário
  • BloW-up e outas histórias ( adaptado ao cinema pelo realizador italiano Michelangelo Antonioni)
  • Prosa do Observatório (com fotografias do autor)
  • Histórias de Cronópios e de Famas
  • Todos os Fogos o Fogo



Boa Semana
 

 
Esperamos Por Si


fevereiro 07, 2014

FALEMOS DE NÚMEROS

Se vamos falar de números, então vamos dar a conhecer alguns dos que refletem um pouco da atividade do serviço de empréstimo da Biblioteca Municipal. Através do gráfico que apresentamos a seguir, verificamos a quantidade de livros que se requisitaram durante o mês de janeiro e estabelecemos a habitual comparação com anos anteriores. Recorde-se, uma vez mais, que relativamente a alguns meses de 2012 não foram recolhidos dados, devido a anomalias relacionadas com a nossa aplicação informática.  
 
E os números de janeiro são estes ...
 
Em janeiro deste ano foram requisitados um total de 739 livros.
 
Deste número total de livros, cerca de 481 foram requisitados por leitores com + de 18 anos, representando 65% do total de requisições. Com percentagens menos expressivas, aparecem os livros requisitados pelas crianças com idades até aos 12 anos, logo seguidos das requisições resultantes de pedidos de renovação de prazos de empréstimo e, por fim, os livros requisitados por jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos.

 
Através deste gráfico poderemos concluir que os adultos requisitam mais livros, mas não poderemos concluir que os adultos leem mais que as crianças. Veja-se desde logo, como exemplo, o facto de haver muitos livros, que se destinam a crianças e jovens, e que são requisitados pelos pais, vindo portanto a integrar o grupo de livros requisitados por adultos com + de 18 anos. Estes números refletem a atividade do serviço de empréstimo da Biblioteca Municipal, mas não caracterizam verdadeiramente o perfil dos nossos leitores. 
  
E é neste contexto dos números,
que deixamos uma sugestão de leitura e de reflexão

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A SEGURANÇA SOCIAL É SUSTENTÁVEL
Trabalho, Estado e Segurança Social em Portugal

Coordenação de
RAQUEL VARELA 

Bertrand Editora

 
"A redistribuição dos rendimentos, os apoios sociais, as pensões, em suma, o progresso civilizacional configurado na segurança social, foram criados por decisões políticas. Procuraremos demonstrar que a sua manutenção, isto é, a sustentabilidade da segurança social, continua a depender de opções políticas, económicas e sociais, independentemente da evolução demográfica. Entre estas opções destacamos a opção pelo pleno emprego."
"O atual sistema de cálculo das contribuições das empresas com base nas remunerações era adequado quando as empresas que criavam mais riqueza eram as de trabalho intensivo (...). À medida que o desenvolvimento científico e tecnológico se processou e as empresas que criam riqueza deixaram de ser as de trabalho intensivo, passando a ser as de capital e de conhecimento intensivo, o sistema de cálculo das contribuições das empresas com base nas remunerações passou a não ser adequado. (...) É urgente, por isso, reformulá-lo (...)." 
 
 
Raquel Varela é historiadora e investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, onde coordena o Grupo de Estudos do Trabalho e dos Conflitos Sociais e investigadora do Instituto Internacional de História Social. É coordenadora do projeto História das Relações Laborais no Mundo Lusófono. É doutora em História Política e Institucional do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa. É presidente da International Association Strikes and Social Conflicts. É vice coordenadora da Rede de Estudos do Trabalho, do Movimento Operário e dos Movimentos Sociais em Portugal.
 
 
PASSE PELA BIBLIOTECA MUNICIPAL, REQUISITE O LIVRO E

TENHA UM BOM FIM DE SEMANA
 
 

fevereiro 03, 2014

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