setembro 27, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA


O verão e a praia já lá vão,
o outono já entrou pela porta que deixamos entreaberta.
E agora, Caro Leitor?
 
A Biblioteca pensa em tudo!
 
Faça como esta nossa leitora, aceitou a nossa sugestão de leitura
e passou o fim de semana assim...
 
Lá fora a chuva .... mas, que importa se tem um livro fantástico
e uma companhia mais fantástica ainda!
 
 
 
 
Que livro é aquele que nada perturba a sua leitura?
 
É um livro de contos de José Jorge Letria
Editado pela Oficina do Livro
Com o sugestivo título: Amados Gatos
 
 

 Amados Gatos é um conjunto de textos que tem como ponto de partida os gatos de figuras famosas da literatura, das artes e da  política, de Richelieu a Lenine, de Hemingway a Anne frank, passando por Churchill, Marilyn Monroe, Paul klee ou Zola, entre outros.
Construídos com base em factos e figuras reais, estes contos reiventam a vida de gatos famosos e dos seus ilustres donos, assumindo-se como uma homenagem a estes felinos que o Homem nunca conseguiu domesticar.
José Jorge Letria convive diariamente com os seus nove gatos, que partilham com ele o espaço e o imaginário da escrita.
Amados Gatos é o testemunho de uma paixão e de um pacto de cumplicidade e afeto que o tempo se encarregará de fortalecer.
 
 

É preciso ter sete vidas, ou mais, para ser o animal de estimação daqueles que nunca partem.



"Os gatos entram e saem do poema como se não houvesse território mais familiar para fazerem as suas deambulações. Uns são tigrados, outros brancos, outros negros. Pelo meio também há errantes gatas de muitos cios. Todos eles são belos como os mais belos dos versos, porque são perfeitos como o fogo da própria criação".


 

"Nessa noite, houve quem dissesse que Edith Piaf e Jean Cocteau tinham sido avistados, sobre o dorso de uma nuvem, rumando à eternidade, com um cortejo de gatos celebrando o seu último reencontro. E esse rumor nunca foi desmentido, até porque havia muitos gatos que estavam em condições de o tornar credível".




Sobre José Jorge Letria, autor deste pequeno grande livro que apetece ler, quer se goste de gatos ou não, veja AQUI


"Mulheres e gatos fazem o que querem,
enquanto que os homens e cães devem relaxar
 e acostumarem-se com esta ideia".
                                                                                                    Robert Heinlein


Bom Fim de Semana



 

setembro 25, 2013

ANTÓNIO RAMOS ROSA, 1924-2013


EM QUALQUER PARTE UM HOMEM
 
Em qualquer parte um homem
discretamente morre.
 
Ergueu uma flor.
Levantou uma cidade.
 
Enquanto o sol perdura
ou uma nuvem passa
surge uma nova imagem.
 
Em qualquer parte um homem
abre o seu punho e ri.
 
                                                                António Ramos Rosa, in "O Grito Claro", 1958
 
 
 
 
Faleceu em Lisboa, no passado dia 23 de setembro, aos 88 anos, o poeta e ensaísta António Ramos Rosa, um dos grandes nomes da literatura portuguesa contemporânea, autor de quase uma centenas de títulos.
Prémio Pessoa em 1988, recebeu ainda quase todos os mais relevantes prémios literários portugueses e vários prémios internacionais, quer como poeta, quer como tradutor.
 
Caro Leitor, veja Aqui, para recordar a vida e obra de António Ramos Rosa.
 

 
Poema dum Funcionário Cansado
 


A noite trocou-me os sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração confundido e a rua é estreita
estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num quarto só
com os sonhos trocados
com toda a vida às avessas a arder num quarto só
Sou um funcionário apagado
um funcionário triste
a minha alma não acompanha a minha mão
Débito e Crédito Débito e Crédito
a minha alma não dança com os números
tento escondê-la envergonhado
o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em frente
e debitou-me na minha conta de empregado
Sou um funcionário cansado dum dia exemplar
Por que não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
Por que me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço
Soletro velhas palavras generosas
Flor rapariga amigo menino
irmão beijo namorada 
mãe estrela música
São as palavras cruzadas do meu sonho
palavras soterradas na prisão da minha vida
isto todas as noites do mundo numa só noite comprida
num quarto só
In, O Grito Claro, 1958
 
 
Trabalhou algum tempo como empregado de escritório, experiência que o inspirou para este célebre poema, incluído no seu livro de estreia e que ainda se mantém atual.


 
 
Vivi tanto
que já não tenho outra noção
de eternidade
que não seja a duração da minha vida
 
                                                                                    In, Em Torno do Imponderável, 2012 
 
 
 
 

setembro 20, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA

 
 
 
 
 
Tu és a folha de outono
voando pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
 
                                                                Cecília Meireles
 
 
A nossa sugestão de leitura de fim de semana vai para um livro que, em 2002, foi o vencedor do Prémio Alfaguarra de Romance.
O júri, presidido por Jorge Semprún, destacou a extraordinária descrição dos mecanismos do poder político e, ao mesmo tempo, dos mistérios da obsessão sentimental e erótica, que podem ser interpretados como uma parábola sobre a realidade social em que decorre a ação.
 
 
De Tomás Eloy Martínez
O voo da Rainha
das Ediçoes ASA


"Camargo está nesta batalha [luta conta a corrupção nos altos escalões do governo], mas fá-lo para demonstrar que é mais forte que o poder. Para ele, a busca da informação é a busca do poder. Já Reina é ambiciosa e entrega-se ao chefe por curiosidade. Creio que são as personagens mais bem construídos que já fiz".
                                                                                Tomás Eloy Martínez


 

 O Voo da Rainha é uma crónica de uma paixão obsessiva, que expõe diante de nós a anatomia de um crime passional, uma vez que é contada pelo ponto de vista do criminoso, que é, também, o narrador principal.
G. M. Camargo, o todo-poderoso diretor de um jornal de Buenos Aires, fica obcecado por Reina Remis, uma jornalista de talento que tem metade da sua idade. A sua arrogância, contudo, impede-o de ver que os sentimentos alheios não estão sob o seu domínio e essa cegueira submerge-o numa avassaladora história de amor de que sairá transfigurado.
A partir desta intriga clássica, o autor constrói um romance irresistível sobre o desejo, o poder e a identidade, que pode ser lido como uma metáfora de uma Argentina destroçada pelos  implacáveis mecanismos da corrupção.
 



"A literatura forma parte da liberdade e dos sonhos.
E não podemos viver sem nenhuma destas coisas".
                                                                     Tomás Eloy Martínez


 
 

 
Tomás Eloy Martínez, escritor e jornalista argentino,  nasceu a 16 de julho de 1934, em Tucumán, Argentina, tendo falecido, aos 75 anos, vítima de cancro, a 31 de janeiro de 2010.
Formou-se em literatura espanhola e latino-americana na Universiddae Nacional de Tucumán. De 1957 a 1961 foi crítico de cinema do jornal La Nación, em Buenos Aires, e de 1962 a 1969 foi editor chefe da revista Primera Planta. De 1969 a 1970 tarbalhou como repórter em Paris.
Viveu exilado em Caracas, Venezuela, de 1975 a 1983, onde continuou a trabalhar como jornalista, fundando o jornal El Diario.
Martínez foi também professor na Universidade de Maryland.
Publicou inúmeros livros e, para além do prémio internacional do livro que hoje vos sugerimos, recebeu, em 2009, o Prémio Ortega Y Gasset de Jornalismo.
 
 
"A obra de Martínez é o
fenómeno literário latino-americano
mais importante desde Cem Anos de Solidão".
                                                                The New York Times
 
 
 
 
Bom fim de semana
e deixe a porta aberta
para o outono entrar
 
 
 
 
 


setembro 18, 2013

A MELHOR RECEITA PARA O ROMANCE POLICIAL: O DETETIVE NÃO DEVE SABER NUNCA MAIS DO QUE O LEITOR


Fez no passsado dia 15 de setembro 123 anos que nasceu Agatha Mary Clarissa Mallowan, em Torquay, Grã- Bretanha.
O mundo conhece-a como a Rainha do Crime ou, como preferia ser apelidada, a Duquesa da Morte.
 
O leitor já adivinhou que hoje vamos divulgar
a vida e obra de Agatha Christie.
 


Autora de mais de 300 obras (entre policial, poesia, peças para rádio e teatro, contos, documentários, uma autobiografia e 6 romances publicados sob o pseudónimo de Mary Wesmacott), criou os famosos personagens Hercule Poirot, Miss Marple, entre outros.
Agatha Christie foi pioneira ao fazer com que os desfechos dos seus livros fossem extremamente impressionantes e inesperados, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino.
Os seus livros são dos mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare, com mais de 4 biliões de exemplares vendidos em 103 idiomas.
O seu papel na literatura e nas artes foi oficialmente reconhecido em 1956, ano em que foi distinguida com o título de Commander of the British Empire.
 
 



Em 1914 casou com o Coronel Archibal Christie, um aviador da Força Aérea Britânica, de quem teve a sua única filha Rosalind.
Durante a I Guerra Mundial, prestou serviço voluntário num hospital, primeiro como enfermeira e depois como funcionária da farmácia e do dispensário. Esta experiência foi fundamental, não só para o conhecimento dos venenos e preparados dos seus livros, mas também para a própria conceção da sua carreira na escrita.
 

Agatha Christie em 1822 a surfar no Havai

Com o seu segundo marido, o arqueólogo Max Mallowan, Agatha viajou por todo o mundo, participando ativamente nas escavações arqueológicas, mas nunca abandonando a escrita, nem deixando passar em claro a magnífica fonte de conhecimentos e inspiração para os seus livros.
 
Em 1920, com a publicação do seu livro "O Misterioso Caso de Styles", nasceu a sua personagem mais carismática, Hercule Poirot, o detetive de 1,60 m que resolve casos usando a inteligência, muitas vezes comparado a Sherlock Holmes, e que  protagonizou mais de 33 romances e dezenas de contos.




"Porque não seria belga o meu detetive? Deixei que crescesse como personagem. (...)
E se chamasse ao meu homenzinho Hercules? Ele seria um homem baixo - Hercules seria mesmo um bom nome. O seu sobrenome era mais difícil. Não sei por que me decido por Poirot. Se fui eu própria quem o inventou, ou se o vi em algum jornal, ou escrito em algum lugar, não sei - mas decidi que seria esse o nome. Combinava bem, não com Hercules, com s, mas sim Hercule - Hercule Poirot. Estava decidido, graças a Deus!"
 
 
 


 
Em 1930 aparece a sua segunda personagem mais famosa.  Miss Marple, uma simpática e esperta velhinha, que se arma em detetive e é uma espécie de alter-ego da autora. Foi protagonista em 12 romances. 


 
 
Em 1971, a Rainha Isabel II consagrou-a com o Título de Dame of the Britsh Empire.
 




Agatha Christie está no Guinness Book of the Recordes como a autora mais vendida no mundo. Ocupa ainda um lugar no Guinness pela peça teatral com maior duração de exibição do mundo, The Mousetrap, estreou a 25 de novembro de 1952 no Ambassadors Theatre em Londres, a 25 de março de 1974 mudou-se para o St. Martin's Theatre onde continua até hoje.
O seu sucesso no teatro foi tão grande, que ela foi a única mulher em toda a história a ter 3 peças em simultaneo em cartaz no West End, em Londres.
 
Faleceu em Londres, a 12 de janeiro de 1976, aos 86 anos de idade, devido a causas naturais.
 
Em 2000, a 31st Bouchercon World Mistery Convention galardoou Agatha Christie com dois prémios:
- Melhor Autora De Livros Policiais do Século XX
- Os livros protagonizados por Hercule Poirot a Melhor Série Policial do mesmo século.
 
  

 
 
 
 
 Visite-nos e descubra o Culpado.
 
 
 

 


setembro 13, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA

 
 
A nossa sugestão de leitura de fim de semana é um thriller atual e bem documentado que incide sobre a era pós 11 de setembro.
 
O autor usou a sua experiência durante a ocupação do Iraque em 2003
para escrever este fascinante thriller de espionagem.
É um livro que retrata o mundo da guerra contra o terrorismo como nenhum outro.
  
Foi galardoado na categoria de Melhor Primeiro Livro de 2006 com um dos mais conceituados prémios americanos, o Edgar Award.
 
 
 
O Espião Fiel
de Alex Berenson
Editado pela Presença
 
 
 
 


John Wells é um agente da CIA infiltrado na Al Qaeda, combatendo ao lado dos homens de Osama Bin Laden. Converteu-se à fé islâmica, mas odeia a forma como a organização terrorista utiliza o Islão para justificar os seus ataques maciços sobre inocentes.
Mas John Wells é um homem só, suspeito de traição pelos seus superiores da CIA e de espionagem por parte dos seus irmãos muçulmanos.
Como teste decisivo à sua lealdade, Ayman al-Zawahari, o número dois da rede terrorista, ordena a Wells que parta para os EUA, onde receberá ordens para um novo atentado.
Irá ele tentar impedir ou ajudar a realizar um novo golpe terrorista em solo americano?
 
O que aconteceu a seguir o Leitor vai descobrir ao requisitar o livro na sua Biblioteca.
 
 
 
 
 


 
 Alex Berenson, nasceu em Nova Iorque a 6 de janeiro de 1973. É licenciado em História e Economia pela Universiddae de Yale e repórter do New York Times.
Como repórter cobriu importantes acontecimentos da história recente norte-americana. Esteve presente na ocupação do Iraque em 2003, assim como na tragédia de Nova Orleans.
O Espião Fiel é o seu primeiro livro e foi publicado, para além de Portugal, na Inglaterra, Holanda, Itália, Suécia e Japão.
O livro já teve os seus direitos vendidos para os estúdios da Fox, que deverá levá-lo ao grande ecran com o ator Keanu Reeves no papel do agente John Wells.
 


 
 Boa sexta-feira 13
 
 

 
 
 
 E Bom Fim de Semana
 
 


setembro 11, 2013

FOI HÁ 12 ANOS


"Osama bin Laden foi o cérebro fanático por trás dos ataques de 11 de setembro  contra as Torres Gémeas e o Pentágono, que mataram milhares de pessoas inocentes em nome de uma distorção intolerante e dogmática da fé islâmica. Promovendo uma ideologia jihadi, para a qual matar é uma honra e que defende um culto niilista do suicídio, o seu objetivo era eliminar o poder americano e ocidental, varrer Israel do mapa e restaurar um califado em todas as partes do mundo que o Islão alguma vez dominou.
Mas a sua única e verdadeira  política é, na prática, aterrorizar pessoas inocentes e destruir sociedades democráticas tolerantes, servindo-se de jovens influenciáveis como bombas vivas, contra vítimas escolhidas única e simplesmente por serem cidadãos do ocidente livre e democrático".
 
Momento em que George W. Bush foi notificado do ataque
 
"Na manhã de 11 de setembro de 2001, ainda cedo, duas equipas de jihadis embarcaram em quatro aviões de passageiros nos aeroportos de Washington D.C., Boston e Newark. As autoridades souberam pouco depois que os aviões tinham sido desviados por 19 homens provenientes do Médio Oriente.
Às 8.46h da manhã, hora local, o voo número 11 de American Airlines embateu na Torre Norte, uma das Torres Gémeas de Nova Iorque, os edifícios mais altos de Manhattan. Depois, quando as câmaras de televisão filmavam já o desastre que se desenrolara, o voo 175 da United Airlines embateu, às 9.02h da manhã, na Torre Sul".


Fotografia de Steve Ludlum,
 vencedor do Prémio Pulitzer em 2002
 
 "Trinta e cinco minutos depois soube-se que o voo 77 da American Airlines tinha-se despenhado sobre o Pentágono, na Virgínia, e às 10.03h da manhã o voo 93 da United Airlines, destinado à Casa Branca, foi abatido na Pensilvânia por passageiros heróicos, que souberam o que acontecera aos outros aviões quando tentavam freneticamente comunicar com familiares através de telefones existentes a bordo".

 

Queda do voo 93
 
"Seguiram-se cenas apocalípticas em Nova Iorque. As Torres Gémeas, que tinham ficado fatalmente debilitadas pelo impacto dos aviões, desmoronaram-se - a Torre Sul às 9.59h e a Torre Norte às 10.28h da manhã - fazendo milhares de vítimas que ainda estavam no interior e dando origem a uma nuvem de pó que engoliu a parte sul de Manhattan".

 

Fotografia de Steve McCurry

 "Excluindo os piratas do ar, nesse dia morreram cerca de 3 000 pessoas - 246 nos aviões, 125 no Pentágono e 2603 nas Torres Gémeas (incluindo 341 heroicos bombeiros e dois paramédicos)".
 

Fotos dos que perderam a vida a 11/09/2001
 

Se o Leitor pretende andar informado
do que se passa em Portugal e no mundo, visite-nos.

Na Sala de Periódicos encontrará jornais e revistas,
que o informam do que de relevante acontece.
 
E no átrio de entrada da sua Biblioteca,
pode ver cartazes e  uma mostra bibliográfica
dos acontecimentos que marcaram
para sempre o mês de setembro.
 
O texto que ilustrou as fotos foi retirado daqui e pode ser requisitado por si.
 
 
Visite-nos




setembro 06, 2013

LEITURA DE FIM DE SEMANA

 
 
 
 
 "Está fazendo um dia lindo de outono.
A praia estava cheia de um vento bom,
de uma liberdade. E eu estava só."
                                                                                                    Clarice Lispector
 
Caro Leitor, se tiver por companhia um livro não estará só.
E para que passe o fim de semana em boa companhia, aceite a nossa sugestão de leitura.

 
O Homem que queria ser Lindbergh
Do escritor e jornalista João Lopes Marques
Editado pela Oficina do Livro

 

Carlos Bernardo é um jovem da Portela de Sacavém apaixonado por aviões. Sentindo-se inadaptado na sua própria pátria pela educação na Deutsche Schule Lissabon e pelo convívio com portugueses estrangeirados, o contacto com uma certa elite pró-germânica incentiva-o a outros voos. Quando a ambiciosa transportadora aérea MagicWings decide recrutar novas tripulações para as suas rotas Lisboa-Berlim e Lisboa-Cracóvia, Carlos Bernardo, por ser um dos poucos candidatos a dominar a língua de Goethe, consegue facilmente um lugar de comissário de bordo na companhia alemã.
A bordo dos magníficos Airbus, vai então conhecer aspetos da condição masculina que julgava não existir: poligamia e homossexualidade, amizade e traição, cobardia e coragem. Mas descobrirá também que as vidas dos seus ídolos - Charles Lindberg, primeiro homem a cruzar o Atlântico, Dieter Topp, fundador da MagicWings, que vê em Carlos o delfim à frente do seu império, e o embaixador Francisco Cunha Telles, prezado sogro, para quem Carlos Bernardo é o filho que sempre sonhou ter - está muito longe de ser aquela oficialmente conhecida. Se isto se verifica com os seus heróis, porque razão não há-de Carlos Bernardo ter também uma vida dupla?
 
 
 
 
João Lopes Marques nasceu em Lisboa a 29 de agosto de 1971. Concluídos os cursos de Relações Internacionais, de Jornalismo e de Estudos Europeus, estreia-se no Diário de Notícias, a 11 de março de 1995, com uma notícia sobre a Irlanda do Norte.
No ano seguinte, ganha o Prémio de Ensaio do Clube Português de Imprensa. Desde então tem colaborado com várias publicações: Público, Semanário, Diário Económico, Invista, Grande Reportagem, Sábado e FHM.
Entre 2000 e 2002, foi diretor editorial do portal Clix. Jornalista freelancer desde 2003, acumula hoje rigorosíssimos despachos para a Agância Lusa com crónica frívolas na Volta ao Mundo e Eesti Ekspress (Estónia).
Foi guionista do programa da RTP "Cuidado com a Língua".
Vive entre Lisboa, cidade onde nasceu, e Tallin, capital da Estónia, cidade que o acolheu.
O Homem que queria ser Lindbergh é o seu primeiro romance.
 
 
 
 Bom Fim de Semana
 
 


setembro 04, 2013

OS NÚMEROS DO VERÃO

Entrámos no mês de setembro. A praia, o calor, as férias, o lazer, as despreocupações, vão ter agora de esperar por nova oportunidade. A imagem que se segue, começa, lentamente, a pertencer aos momentos das boas recordações.

Ilustração de Cassy


Mas,... não vale a pena ficarmos angustiados, porque outros momentos agradáveis virão.


Ilustração de Steve Nease


Agora, é tempo de entrar num novo ritmo, de retomar hábitos um pouco esquecidos, de fazer novos projetos e balanços.
É o que vamos fazer hoje: o balanço dos meses de julho e agosto.

 
Quantos livros se requisitaram na
Biblioteca Municipal nesses meses?
 
O gráfico que apresentamos a seguir responde a esta questão. Ora veja os números.

Os meses de julho e agosto revelam um aumento do número de livros requisitados face aos meses anteriores. Assim, requisitaram-se 964 livros no mês de julho e 1004 em agosto. Poderemos afirmar, que as férias refletem uma tendência para a leitura, não tanto de carácter escolar ou académico, mas uma tendência para leituras mais despreocupadas e de lazer.
 

 
E nos anos anteriores,
lemos mais ou menos?

 
Se tivermos como referência o mês de agosto e se considerarmos que este é o mês em que mais pessoas estão de férias, então poderemos afirmar que, nos últimos três anos, se  leu muito mais nesse mês do que em anos anteriores. Ora veja as diferenças.
 
 
 
 
 O fim das férias não significa parar de ler. 
CONTINUE A LER. 

CONTINUAMOS A CONTAR CONSIGO.
 
 
 
 
 


setembro 02, 2013

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